Mudança climática: o que o Brasil pode fazer já
Mar de coletores solares na China. Em 2010, graças a subsídios públicos, 120 milhões de famílias já usavam tais painéis, produzidos por cinco mil empresas, por cerca de R$ 450
Desde o início da hegemonia neoliberal, tornou-se um hábito justificar a continuidade da situação existente ou das políticas em curso pela ideia de que “não há alternativa”. É uma ideia que não precisa de provas: é afirmada como um dogma de fé. No entanto, em nenhum período da história este fenômeno – a falta de alternativas – aconteceu. O Império Romano caiu, a Idade Média acabou, o III Reich – “de mil anos” – foi derrotado, as próprias teses neoliberais ruíram com a crise mundial de 2008.
Todos se lembram da famosa afirmação, repetida por todos os governos e ideólogos até a eclosão da crise, de que o Estado não tinha mais recursos para os gastos com saúde, educação, aposentadoria, etc. No entanto, quando os grandes bancos e multinacionais quebraram, foi o Estado que os salvou, com os recursos que, supostamente, não existiam. Descobrimos, na ocasião, que estes recursos eram muito maiores do que qualquer um de nós, leigo, poderia imaginar: trilhões de dólares públicos foram usados para salvar instituições privadas, as mesmas que haviam causado a crise.
Traduzindo: há sempre alternativas. Os que negam sua possibilidade são aqueles que ganham com a continuidade do que já existe.
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