A esquerda, o sionismo e a tragédia do povo palestino
Em Durban, por ocasião da Conferência internacional sobre
racismo promovida pela ONU, três mil organizações não governamentais provenientes de todo o mundo
condenaram com palavras candentes Israel por causa da opressão nacional e da
discriminação infligidas aos palestinos, da ferocidade de uma repressão militar
que não se detém nem mesmo diante de “atos de genocídio”.
Mais timidamente agiram as delegações oficiais. A perseverante
cumplicidade da União Européia para com Israel privou o documento final de
muito de sua força. E, contudo, talvez pela primeira vez na história, o
Ocidente capitalista e imperialista foi obrigado de modo tão solene a sentar-se
no banco dos acusados, foi posto com força diante de algumas páginas de sua
história, constantemente recalcadas, que vão do tráfico dos escravos negros ao
martírio do povo palestino. A fuga indecorosa das delegações norte-americana e
israelense selou o ulterior isolamento daqueles que hoje são os responsáveis de
crimes horríveis contra a humanidade e os piores inimigos dos direitos do
homem. Trata-se de um resultado de importância extraordinária. E, contudo, até
mesmo à esquerda não faltaram aqueles que torceram o nariz. Dando-se ares
professorais em relação aos palestinos, convidaram-nos a moderar o tom: sim, a
crítica a Israel pode ser justa, mas por que trazer à discussão o sionismo e
por que acusá-lo até de racismo?
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