LEITURAS DE 'VEJA': O trovão que destrói o jornalismo
Na Alemanha, a negação do Holocausto dá cadeia. No Brasil, a negação da ditadura, ou o louvor à repressão, torturas e assassinatos políticos,não dá cadeia. Pelo contrário, garante espaço na revista semanal de maior tiragem do país. Rodrigo Constantino seria, em outra situação, o típico “reaça”a ser ignorado. Melhor seria deixá-lo se afogar em seu ódio enquanto fala para uma plateia de poucas centenas de pessoas em algum folheto de extrema-direita editado por viúvas da ditadura ou por grupelhos marginais ao estilo Carecas do ABC.
Mas, infelizmente, ele tem espaço garantido na Veja – não apenas ele,como outros da mesma fina estirpe – e pode destilar seu ódio sempre que quiser em busca de polêmicas fáceis na sua luta incansável contra o “politicamente correto”, muitas vezes traduzido por “direitos humanos”ou “direitos fundamentais”. É um direito fundamental não ser torturado. Mas para o nobre colunista e blogueiro liberal, as vítimas da tortura é que deviam se desculpar.
Miriam Leitão é uma jornalista que economicamente se coloca à direita do espectro político. Poderia mesmo ser chamada de liberal – em tese, a mesma ideologia professada por Constantino –, mas peca por seu passado “comunista” e por, em muitos casos, se mostrar socialmente progressista. Para a Veja, este deve ser algum tipo de crime. Após mais de 40 anos, a jornalista e economista Miriam Leitão tomou coragem e denunciou a bárbara tortura a que foi submetida pela ditadura militar. O relato é assustador, comovente e tudo que pede é solidariedade (ver “A repórter pergunta, o ministro gagueja“).
Para ler o texto completo de Raphael Tsavkko Garcia clique aqui
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