NOTÍCIAS SOBRE SUICÍDIOS: É o fim do tabu
Robin Williams é o exemplo mais recente do velho tabu que parece estar chegando ao fim. A polícia americana confirmou, ontem, que o ator se matou, na última segunda-feira. O intérprete do inesquecível professor John “O captain! My captain!” Keating, de “Sociedade dos poetas mortos”, filme de 1989 que marcou uma geração, tirou a própria vida, dentro de casa, em San Francisco (EUA). A informação ganhou, de imediato, páginas de jornais, telas de TVs e sites de todo o mundo. Na era das coberturas jornalísticas em tempo real, a regra é destacar, com pressa, sujeito e verbo. Construídas ao vivo, as reportagens são disparadas com o “quem morreu”. Só na sequência, ganham onde, quando, como, por quê. Assim, vai-se desmontando a blindagem que cerca o suicídio, pacto de épocas menos urgentes e de intimidade pouco compartilhada.
Notícias de suicídio multiplicam-se na imprensa e tomam as redes sociais. Sem muito esforço de memória, é possível lembrar que, no último par de anos, desistiram da vida o grande ator brasileiro, a estilista famosa, o jovem hacker, o diretor de cinema, o estudante ainda menino, o baixista da banda de rock nacional, o humorista, a talentosa jornalista de política, a vizinha de prédio, o paciente do hospital. Tantos casos sugerem que as ocorrências estão aumentando. E estão. Não é de hoje.
0 comentários:
Postar um comentário