quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris

Uma fantasia tocante sobre as transformações que o contato com o livro proporcionam tanto para leitores (quanto para os próprios livros!). Os recursos tecnológicos utilizados nesta curta metragem de 15' que nos transporta para o universo fantasioso do mundo dos livros, dos leitores e da leitura podem ser vistos aqui

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

ABORTO EM DEBATE: É preciso abortar a grande mídia

Nas últimas semanas, os jornais Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo reacenderam a polêmica discussão sobre a legalização do aborto. Segundo revela a cobertura realizada pelos representantes da mídia conservadora, é dispensável ter formação acadêmica e experiência comprovada na área para tratar do tema. Posição esta evidenciada pelo tratamento que está sendo dado à ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci de Oliveira. Sob esta práxis político-comunicacional, cria-se uma cortina de fumaça, encobrindo pontos conflituosos e assegurando o discurso único, no qual apenas os interesses da bancada evangélica e dos setores conservadores da igreja católica ganham destaque.
Não se debate seriamente a questão. O assunto se dá por encerrado antes mesmo de ter começado a ser discutido. Esta lógica é facilmente aceita pelo conjunto da população. Afinal, neste caso, o pensamento comum determina: se a pessoa é a favor da vida, é contra o aborto e, logicamente, contra a legalização desta prática. Quem ousa discordar ou não aceita esta formulação na íntegra é porque não preza o direito à vida. Sendo assim, as poucas vozes dissonantes encontram-se na marginalidade. Estando no limbo, tais opiniões pouco importam e, no mais das vezes, são apenas manipuladas para reforçar a posição dominante.
Para ler o artigo completo de Eduardo Silveira de Menezes clique aqui

Língua e sociedade

Como já disse anteriormente neste espaço, muitos pensam nas línguas tendo como pano de fundo apenas a questão da correção. Essa mentalidade alimenta os discursos da decadência, velhos como a humanidade. Desde que se tem notícia, camadas (superiores?) da sociedade afirmam que a língua está em decadência.
O que alimenta essa tese é a crença de que teria havido uma língua perfeita: a de antes de Babel, o grego antigo, o latim clássico, até mesmo o português antigo, que era, em certo sentido, o latim ‘errado’. Mas línguas nunca foram perfeitas, pelo menos não no sentido que se atribui à palavra nesses ‘centros’ de pensamento. É pura ideologia, no sentido mais banal da palavra.
Outros tantos pensam que as línguas são meios de comunicação. O que importa é a mensagem, o objetivo é ser bem-sucedido (chega-se a ouvir que o erro seria não ser entendido!). O curioso é que, às vezes, a melhor comunicação (publicitária, literária, humorística) é aquela em que a mensagem está implícita. Ora, o implícito é o que não é comunicado, por definição.
Mas uma língua é bem mais do que tudo isso. Seria o principal divisor entre humanos e não humanos. Além disso, estaria fundada em princípios universais, quiçá biológicos, alguns deles inatos, tese obviamente controversa, mas que se reforça numa época em que pesquisas genéticas ganham espaço e força.
Para ler o artigo completo de Sírio Possenti clique aqui

Alain Badiou: Vamos salvar o povo grego dos seus salvadores!

Num momento em que um em cada dois jovens gregos está desempregado, onde 25 000 sem-abrigo vagueiam pelas ruas de Atenas, onde 30% da população desceu abaixo da linha de pobreza, onde milhares de famílias são forçadas a dar os seus filhos para que estes não morram de fome e frio, onde novos pobres e refugiados disputam o lixo nos aterros sanitários, os “salvadores” da Grécia, sob o pretexto de que os “Gregos” não fazem um “esforço suficiente” impõem um novo plano de ajuda que duplica a dose letal administrada. Um plano que elimina o direito ao trabalho, e que reduz os pobres à miséria extrema, tudo isto fazendo desaparecer do cenário as classes médias. Para ler o texto completo de Alain Badiou clique aqui

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O capitalismo em crise e os meios de superá-la

Tenho uma recomendação a fazer a quem luta pelo socialismo. A todos e todas sem exceção. Este é um bom momento para estudar o capitalismo realmente existente. Abandonemos as fantasias cordatas: é mesmo útil saber em que mundo é que se tem os pés assentados, conhecer o poder e as ambições do capital, reconhecer as dificuldades e a vertigem da grande depressão. E, já agora, começar por ler o que a finança escreve sobre si própria. Não há melhor professor do que a realidade.
O artigo completo de Francisco Louçã pode ser lido aqui

O Oscar na periferia do mundo: era uma vez um Império que fazia cinema

Hollywood padece da mesma anemia de poder que foi se apoderando do império americano. Embora não tenha deixado de impor densos valores culturais ao resto do mundo, o glamour de suas estrelas já não brilha como antes e seu modelo narrativo já não produz tanto impacto. Vítima de seu próprio êxito, Hollywood se esforça a cada ano em renovar as expectativas em um mundo no qual os relatos se tornaram mais dispersos e menos hegemônicos graças à proliferação das novas tecnologias da comunicação. "And the winner is… "a periferia do mundo, que tem ainda muito para dizer e não pode nem quer dizer do jeito hollywoodiano.
O artigo completo de Oscar Guisoni pode ser lido aqui

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Escolas dos diferentes ou escolas das diferenças?

O convívio com alunos anteriormente excluídos das escolas comuns é recente e gera ainda muito preconceito, receios, insegurança. Essas reações às diferenças vêm das práticas de distanciamento dessas pessoas, como ocorre com outras minorias; alimentam o descrédito e reduzem as expectativas dos professores e continuam a manter as “escolas dos diferentes”, os alunos “diferentes”, seja porque são os melhores da classe, seja porque são os alunos nela incluídos – os chamados “alunos da inclusão”.
Para ler o texto completo de Maria Teresa Eglér Mantoan clique aqui

A Grande Depressão em imagens

No momento em que governos europeus repetem os grandes erros que levaram à crise dos anos 1930, servem de alerta cenas de uma década convulsionada e empobrecida. Veja imagens da Grande Depressão aqui 

Um controle psiquiátrico da dissidência?

Em minha carreira como psicólogo, falei com centenas de pessoas antes diagnosticadas por outros profissionais como portadoras de Transtorno Desafiador de Oposição (TDO), Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH), Transtorno de Ansiedade e outras doenças psiquiátricas. Estou chocado por dois fatos: 1) quantos destes pacientes são, em essência, anti-autoritários; 2) como os profissionais que os diagnosticaram não o são.
Os anti-autoritários questionam se uma autoridade é legítima, antes de levá-la a sério. Sua avaliação de legitimidade inclui avaliar se as autoridades sabem de fato do que estão falando; se são honestas; e se se preocupam com aqueles que as respeitam. Quando anti-autoritários avaliam uma autoridade como ilegítima, eles desafiam e resistem a seu poder. Certas vezes, de forma agressiva; outras, de forma agressivo-passiva. Às vezes, com sabedoria; outras, não.
Alguns ativistas lamentam como parecem ser poucos os anti-autoritários nos Estados Unidos. Uma razão pode estar em que muitos anti-autoritários são psico-diagnosticados e medicados antes de formarem consciência política a respeito das autoridades sociais mais opressoras.
Para ler o texto completo de Bruce E. Levine clique aqui

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A obra em que Darcy Ribeiro desafia o Brasil


No ano de 1995, o professor Darcy Ribeiro conseguiu concluir e publicar a obra que mais desejava mostrar ao mundo: o livro O Povo Brasileiro: a Formação e o Sentido do Brasil.

Na verdade, Darcy passou a maior parte de sua vida almejando escrevê-lo. Por duas vezes na sua conturbada vida de antropólogo, indigenista, filósofo, educador, escritor e político, tentou concluí-lo, sendo sempre afastado do epílogo pelas batalhas em que sempre se envolveu. Só o fez, quando sentiu que tinha pela frente um inimigo que não podia vencer – a morte, que o rondava desde muito, mas que sempre adiava sua cartada final, pois ele a convencia de que ainda não era hora. Parece que houve um acordo final, nesse jogo de xadrez bergmaniano. Tomou a forma de uma pequena trégua. Após escapar do CTI de um hospital, de quase ninguém acreditava que saísse vivo, Darcy encontrou forças do fundo do seu ser, exilou-se em Maricá e legou à posteridade essa obra – talvez a mais magistral de todas, da robusta lista de criações originais que fez sobre o nosso Brasil.

Para ler o texto completo de Arlindenor Pedro clique aqui

Filme "Dama de Ferro", ou dócil serviçal do 'establishment' britânico?


A que se deve a atual promoção de Margaret Thatcher? Existe uma perceção bastante generalizada em círculos conservadores de que, nestes momentos difíceis de crise, do que se necessita é de um líder de um governo que se atreva a fazer as mudanças necessárias, enfrentando os grupos poderosos responsáveis pela crise. Entre estes, considera-se os sindicatos como um dos maiores culpados pelo elevado desemprego. Na sua pretensa “defesa egoísta” dos seus próprios interesses (atribuindo-lhes estreiteza de vistas por se preocuparem exclusivamente com os trabalhadores que já têm trabalho – os famosos “insiders”»), os sindicatos estão a dificultar a integração no mercado de trabalho dos jovens, das mulheres e de outros coletivos – conhecidos como “outsiders”-. Do que se precisa – dizem-nos – é de enfraquecer os sindicatos e de implementar, entre outras medidas, a facilidade de despedir os trabalhadores com contratos fixos, fazendo com que seja mais fácil os ”insiders” transformarem-se em “outsiders”, o que, paradoxalmente, facilitará – de acordo com eles – a descida do desemprego.

Para ler o texto completo de Vicenç Navarro clique aqui

"Perdendo o mundo": o declínio dos EUA em perspectiva - Noam Chomsky


O declínio dos Estados Unidos entrou, há algum tempo, em uma nova fase: a do declínio autoinfligido. Desde os anos 70 tem havido mudanças significativas na economia dos EUA, à medida que estrategistas, estatais e do setor privado, passaram a conduzi-la para a financeirização e à exportação de plantas industriais. Essas decisões deram início ao círculo vicioso no qual a riqueza e o poder político se tornaram altamente concentrados, os salários dos trabalhadores ficaram estagnados, a carga de trabalho aumentou e o endividamento das famílias também.
O artigo de Noam Chomsky pode ser lido aqui

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Brasil afasta-se dos BRICS e vota contra a Síria na ONU


Às vésperas do carnaval, a representante do Brasil na ONU votou resolução de condenação ao governo sírio, afastando-se dos BRICS, dos países da ALBA , emitindo contraditória e perigosa mensagem de aproximação com as potências que sustentam intervencionismo militar crescente em escala internacional.
Para ler o artigo completo de Beto Almeida clique aqui

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Um hino à poesia - Octavio Paz

A poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz de transformar o mundo, a atividade poética é revolucionária por natureza; exercício espiritual, é um método de libertação interior. A poesia revela este mundo; cria outro. Pão dos eleitos; alimento maldito. Isola; une. Convite à viagem; regresso à terra natal. Inspiração, respiração, exercício muscular. Súplica ao vazio, diálogo com a ausência, é alimentada pelo tédio, pela angústia e pelo desespero. Oração, litania, epifania, presença. Exorcismo, conjuro, magia. Sublimação, compensação, condensação do inconsciente. Expressão histórica de raças, nações, classes. Nega a história: em seu seio resolvem-se todos os conflitos objetivos e o homem adquire, afinal, a consciência de ser algo mais que passagem. Experiência, sentimento, emoção, intuição, pensamento não-dirigido. Filha do acaso; fruto do cálculo. Arte de falar em forma superior; linguagem primitiva. Obediência às regras; criação de outras. Imitação dos antigos, cópia do real, cópia de uma cópia da Idéia. Loucura, êxtase, logos. Regresso à infância, coito, nostalgia do paraíso, do inferno, do limbo. Jogo, trabalho, atividade ascética. Confissão. Experiência inata. Visão, música, símbolo. Analogia: o poema é um caracol onde ressoa a música do mundo, e métricas e rimas são apenas correspondências, ecos, da harmonia universal. Ensinamento, moral, exemplo, revelação, dança, diálogo, monólogo. Voz do povo, língua dos escolhidos, palavra do solitário. Pura e impura, sagrada e maldita, popular e minoritária, coletiva e pessoal, nua e vestida, falada, pintada, escrita, ostenta todas as faces, embora exista quem afirme que não tem nenhuma: o poema é uma máscara que oculta o vazio, bela prova da supérflua grandeza de toda obra humana!

PAZ, Octavio. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982, p. 15.

Maioria dos eleitores que atribuem Óscares são homens e brancos


A maioria dos membros com direito a voto ma Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood são homens e brancos, conclui uma investigação do jornal The Los Angeles Times, divulgada hoje. O grupo de 5765 votantes que decide a atribuição dos galardões máximos da sétima arte não é, segundo a investigação “Dentro da Academia”, muito diverso. A ilustrá-lo estão três dados: 94 por cento são brancos , 77 por cento são homens e a idade média situa-se nos 62 anos (as pessoas abaixo dos 50 representam apenas 14 por cento).
Para ler o artigo completo clique aqui

Nosso inimigo é a ilusão democrática - Slavoj Žižek


Anne Applebaum escreveu no Washington Post que os protestos em Wall Street e na Catedral de St Paul são parecidos, “na falta de foco, na incoerência e, sobretudo, na recusa a engajar-se nas instituições democráticas existentes”. “Diferentes dos egípcios” – prossegue ela – “com os quais os manifestantes de Londres e New York comparam-se abertamente (e ridiculamente) nós aqui temos instituições democráticas.”

Claro que, se você reduz os protestos da Praça Tahrir a simples demanda por democracia à moda ocidental, como faz Applebaum, torna-se ridícula qualquer comparação entre Occupy Wall Street e os eventos do Egito: como poderiam os que protestam em Wall Street exigir o que já têm? O que a colunista do Washington Post bloqueia e não vê é a possibilidade de haver descontentamento geral com os sistemas capitalistas globais que assumem formas diferentes aqui e lá. Para ler o artigo completo de Slavoj Žižek clique aqui

The Jive Aces interpreta "Bring Me Sunshine"

A música “Bring Me Sunshine”, apresentada pelo grupo The Jive Aces, liderada por Ian Clarkson, faz parte o album "King of the Swingers", que deve ser lançado em breve. Composta por Arthur Kent (música) e Sylvia Dee (letra), foi durante muito tempo a música que encerrava o programa da dupla Morecambe & Wise na BBC nos anos 70. Foi também sucesso na voz de Willie Nelson em 1969, atingindo a posição número 13 nas paradas americanas.
The Jive Aces acaba de ser premiado com o prestigioso Prêmio Telly de Prata para "Bring Me Sunshine", vídeo que rapidamente superou 1 milhão de visualizações no YouTube. A razão de tamanho sucesso: o ritmo dançante irresistível, a letra simples e cativante e o vídeo altamente criativo.
A seguir a letra no original e a respectiva tradução:

Bring me sunshine in your smile
Make me happy all the while
In this world where we live
There should be more happiness
So much joy we can give
To each brand new bright tomorrow
Make me happy through the years
Never bring me any tears
Let your arms be as warm
As the sun from up above
Bring me fun, bring me sunshine
Bring me Love

[Bb] Bring me sunshine in your [Cm] smileTraga-me a luz do sol em seu sorriso
Make me [F7] happy all the [Bb] whileFaça-me feliz enquanto todos  
In this [Bb7] world where we liveNeste mundo em que vivemos
There should [Eb] be more happinessDeveriam ser mais felizes
So much [C7] joy we can give to eachToda a alegria que podemos dar a cada um
[F] Brand new bright to[F7]morrowpara um amanhã mais brilhante
Make me [Bb] happy through the [Cm] yearsFaça-me feliz através dos anos  
Never [F7] bring me any [Bb] tearsNunca me traga lágrimas  
May your [Bb7] arms be as warm as the [Eb] sun from up aboveTorne seus braços tão quentes
como o sol que vem de cima
Bring me [C7] fun bring me [F7] sunshineTraga-me alegria, traga-me sol
Bring me [Bb] love [Bb] [C]Traga-me amor

Veja aqui

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carnaval: a celebração da desconstrução social

Carnaval e criança: o que há em comum? A folia profana e sagrada seria uma festa infantil? Que lugar meninos e meninas ocupam nos dias de samba? Estas foram algumas das perguntas feita ao antropólogo Roberto DaMatta. Entrevistei o professor em 2008. Sim, a entrevista tem quatro anos, mas o tema e a abordagem são atemporais, por isso o convite para a releitura. O texto foi originalmente publicado no site do Centro Internacional de Referência em Mídias para Crianças e Adolescentes – Rio Mídia.
Ao falar sobre o tema, DaMatta faz com que os leitores reflitam sobre o que é ser criança e qual é o real significado da festa popular. Para o professor, a folia, na verdade, pode ser vista de dois ângulos: “Pelo prisma moderno, é uma festa, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo, para enganar os trouxas. Mas lida pelos seus gestos, fantasias, músicas e valores centrais, ela remete a uma antiga, a uma quase soterrada, celebração do desequilíbrio, do excesso, da embriaguez e da libidinagem que os nossos esforços burgueses (de direita e esquerda) não conseguiram apagar”.
Considerado o quarto autor mais citado em trabalhos acadêmicos em Ciências Sociais, no Brasil, atrás apenas de Karl Marx, Max Weber e Pierre Bourdieu, DaMatta traz um olhar antropológico sobre um tema instigante.
Para ler a entrevista concedida a Marcus Tavares clique aqui

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Richard Dawkins - A raiz de todo o mal? (Parte 1) & O vírus da fé (Parte 2)


Feito pela BBC e apresentado pelo biólogo e escritor Richard Dawkins, este documentário explora as influências negativas das religiões na sociedade moderna. Está dividido em duas partes: “A Ilusão de Deus” e “O Vírus da Fé”.
A primeira parte aborda as questões por trás da crença irracional e sem evidências de que há um ser superior, onipotente e onipresente, criador de todas as coisas. Entrevistando autoridades de diversas religiões Dawkins explora a história, conceitos e razões por trás das grandes religiões e a forma (desde sua opinião) como elas são completamente nocivas a ciência e a humanidade como um todo.
Para ver a 1ª parte do documentário clique aqui
A segunda parte “O Vírus da Fé” analisa como as religiões exploram a fragilidade intelectual das crianças visando perpetuar as suas crenças, costumes, etc. Richard Dawkins mostra, também, como algumas igrejas utilizam do medo como ferramenta de controle e persuasão de seus seguidores. Termina mostrando que os conceitos de moral e bem comum são inerentes ao ser humano, quebrando o paradigma de que a as igrejas afloram o lado bom do ser humano.
Para ver a 2ª parte do documentário clique aqui

Desencanto ou nova democracia?

O blecaute das grandes corporações funcionou por enquanto. Os projetos Sopa e Pipa [1] foram retirados da pauta do Congresso norte-americano. Mas ainda paira a ameaça de regulação da internet com a justificativa do combate à pirataria e a proporção que o debate alcançou resulta em oposição, mas também em pressão para que outros países avaliem uma conduta parecida.
O jogo de forças põe na corda bamba a previsão do filósofo da cibercultura Pierre Lévy de que, condicionado pela mídia digital, o espaço público do século XXI será caracterizado por maior liberdade de expressão, oportunidade de escolha das fontes de informação, além da livre associação em comunidades, grafos de relações pessoais ou conversas criativas que florescem na rede (acesse aqui). Mas a aflição pode arrefecer – não sumir –, se considera- da a essência hacker: caminhar pelas brechas. Para ler o artigo completo de Ana Cristina D’Angelo clique aqui

Um silêncio colado à língua - 'imigrantes' afro-moçambicanos em Portugal


Quantas vezes pensamos no retorno, no passado, e permanecemos quietos, mudos, perante um silêncio colado aos dias que passam, quotidianamente, pelo calendário das nossas vidas e afectos? Quantos rostos e vozes serão necessários para construirmos uma imagem possível e verdadeira deste Portugal pós-colonial?
Percorro exaustivamente estas últimas questões, no percurso do meu trabalho de investigação, que desenvolvo no âmbito do meu pós-doutoramento, sob o título “African Mozambican Immigrants in the former ‘motherland’: The portrait of a postcolonial Portugal”1. Indubitavelmente, os estudos pós-coloniais de expressão/língua portuguesa têm auferido de uma enorme riqueza e profundidade através das análises críticas da literatura pós-descolonização. Olhar a sociedade pós-25 de Abril pela lente literária tem sido para muitos estudiosos e pensadores o quanto basta para um entendimento, supostamente justo e equilibrado sobre o que é hoje o Portugal que surge após a guerra colonial, a derrocada do Estado Novo e a emergência da democracia. Contudo, a resposta não reside, somente, penso eu, nos registos literários, ficcionais e poéticos dos sujeitos, alguns deles observadores-participantes, que estiveram, viveram e experienciaram o modo de ser português em África. A observação humana dos outros, não na sua formulação e conceptualização estereotipada ou mesmo estigmatizada, necessita de uma descida aos universos do íntimo, do subjectivo, das memórias, das narrativas de vida e de identidade, e das trajectórias vivenciais de cada um. Não quero, aqui, ignorar os estudos já realizados por Miguel Vale de Almeida, Boaventura Sousa Santos, Cláudia Castelo, Manuela Ribeiro Sanches, entre outros. Mas falta esta outra óptica mais quotidiana, discreta mas sôfrega das vozes do dia-a-dia.
Como pensar este pós-colonialismo, que chamarei, do quotidiano2? O que é que este nos diz daqueles que oriundos das antigas colónias portuguesas, criaram como faróis das suas vidas a integração social, profissional e familiar? O que é que estas pessoas sentem, e que percepções nos oferecem sobre si e sobre o retrato da pós-colonialidade portuguesa? Para ler o texto completo de Sheila Khan clique aqui

Um sistema em transição - Entrevista / Immanuel Wallerstein

Immanuel Wallerstein continua vaticinando, como faz há décadas, o fim do sistema capitalista e o ingresso da humanidade num período de caos e trevas que poderá durar décadas até a emergência de um novo sistema – que poderá ser bem pior que o atual. Mas isso, para ele, não é motivo de pessimismo, porque num momento de crise sistêmica como o atual ele vê a possibilidade de pequenas ações individuais produzirem efeitos imensos. Cada um de nós tem a chance, sem precedentes há muitos séculos, de influenciar o novo sistema que está por vir. Daí o otimismo.
Não pode deixar de ser otimista um pensador de 82 anos que tem pela frente a tarefa árdua de escrever os dois ultimos dois volumes dos seis de sua obra monumental, O Sistema Mundial Moderno (que no Brasil traduzem como Sistema-Mundo). Vamos torcer para que ele consiga.
Para ver a entrevista concedida a Jorge Pontual clique aqui

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mídia & Sociedade: a moderna tragédia brasileira

Para o crítico literário inglês Raymond Williams, autor de Tragédia Moderna (2002), as guerras, os acidentes de trânsito, os sequestros, a especulação imobiliária, a mercantilização da vida, a fome; violências urbanas como o roubo, sequestro, assassinatos, estupros; o abandono à própria sorte da maior parte da população do planeta, sem eira nem beira; sem trabalho, moradia, sem acesso a saneamento básico, água potável, enfim, as mais diversas formas de violência econômica, de gênero, étnica, simbólica; de violação de direitos básicos, de humilhação, indiferenças, vividas passiva e ativamente no coração de nosso cotidiano, são, na maior parte das vezes, o resultado quase que previsível da concepção/prática liberal que domina todo o planeta, estando na base das relações de produção material e simbólica do mundo desde, pelo menos, a emergência da sociedade burguesa, como consequência da Primeira Revolução Industrial.
A essa concepção e prática liberais Raymond Williams deu o nome de tragédia moderna, a qual está estruturalmente relacionada com o modo como a modernidade burguesa se organizou, razão pela qual a Tragédia, com T maiúsculo, diz respeito à organização mesma da sociedade burguesa, que é produzida através de duas irreconciliáveis formas trágicas de ação, a saber: de um lado a ação naturalista, apresentada e realizada como racional, objetiva, determinista, impessoal, impositiva, total; de outro a ação romântica, concebida e vivida como irracional, subjetiva, criativa, pessoal, plural, democrática. Para ler o texto completo de Luís Eustáquio Soares clique aqui

Meu nome é medo - Frei Beto

Meu propósito é dominar corações e mentes. Incutir em cada um o medo do outro. Medo de estender a mão, tocar em cumprimento a pele impregnada de bactérias nocivas.
Medo de abrir a porta e receber um intruso ansioso por solidariedade e apoio. Com certeza ele quer arrancar-lhe algum dinheiro ou bem. Pior: quer o seu afeto. Melhor não ceder ao apelo sedutor. Evite o sofrimento, tenha medo de amar.
Quero todos com medo da comunidade, do vizinho, do colega de trabalho. Medo do trânsito caótico, das rodovias assassinas, dos guardas que intimidam e achacam. Medo da rua e do mundo.
Convém trancar-se em casa, fazer-se prisioneiro da fragilidade e da desconfiança. Reforce a segurança das portas com chaves e ferrolhos; cubra as janelas de grades; espalhe alarmes e eletrônicos por todos os cantos.
Para ler o artigo completo de Frei Beto clique aqui

FACEBOOK: Como lucrar com uma máquina de espionagem

Na última semana, o Facebook oficializou sua intenção de ir a público ao entregar à Comissão de Valores Imobiliários (Securities and Exchange Commission) dos Estados Unidos seu pedido para oferta pública inicial. De acordo com texto publicado pela NewScientist, a expectativa é que a empresa de Mark Zuckerberg fature, a curto prazo, a bagatela de US$ 5 bilhões. No entanto, calcula-se que quando o processo tiver sido concluído o Facebook valha até US$ 100 bilhões (R$ 172 bilhões).
Junto ao pedido também foi enviado um documento (disponível aqui), o qual me chamou a atenção por divulgar algumas das marcas alcançadas pela rede social nos últimos anos, a saber: o Facebook possuía até dezembro do ano passado 845 milhões de usuários, sendo que 483 milhões, isto é, mais da metade, o acessavam todos os dias, gerando, com isso, 2,7 bilhões de “likes” e comentários – provavelmente sobre as cerca de 250 milhões de fotos que, diariamente, são enviadas ao site de relacionamento.
Segundo o jornalista Jacob Aron, tais números (e outros também) fizeram com que o Facebook tivesse lucro de US$ 1 bilhão em 2011 e uma receita de US$ 3,7 bilhões, tornando-se, assim, mais rentável que o Google quando, em 2004, foi a público com sua oferta pública inicial (Initial Public Offering). Agora, mais importante do que discutir o futuro da rede social é discutir o que faz do Facebook algo tão valioso e rentável a ponto de permitir que seu fundador receba um salário de quase US$ 500 mil, como atesta texto publicado esta semana pelo Observatório da Imprensa.
Em entrevista ao Russia Today em maio de 2011, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, já afirmava ser o Facebook a “mais espantosa máquina de espionagem já inventada”. Isso porque, para Assange, as redes sociais são capazes de fornecer aos serviços de inteligência estadunidenses amplas bases de dados sobre os cidadãos que delas fazem uso, o que inclui suas relações, nomes de seus contatos, seus endereços etc.
Para ler o texto completo de Rodrigo de Oliveira Andrade clique aqui

A gramática do português brasileiro - Entrevista / Marcos Bagno

Em Gramática Pedagógica do Português Brasileiro, o pesquisador em linguística Marcos Bagno compila o que os leitores de Caros Amigos conhecem de seu trabalho através da coluna que mantém na revista. Bagno defende a libertação da língua praticada no Brasil das regras seculares do português de Portugal e uma gramática que contemple os modos do falar brasileiro.
O livro, publicado pela editora Parábola, já está nas livrarias. Na entrevista abaixo, Bagno descreve um pouco o que está na obra. Leia a entrevista aqui

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

'Sociedade quer ver presa mulher que aborta?'

Para o acadêmico Maurílio Castro de Matos, autor do livro 'A criminalização do aborto em questão', debate no Brasil está equivocado. Lei atual torna passível de punição quem passa por cirurgia, mas será que a população deseja mesmo que a mulher vá parar na cadeia? 'Todo mundo conhece ou sabe de alguma mulher que fez aborto', afirma.
Leia a entrevista de Maurílio Castro de Matos aqui

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Os três Cabrais de hoje em Cabo Verde: uma leitura necessária


Comemoramos hoje, a 20 de Janeiro, mais um aniversário do assassinato do líder da independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, aquele que Challiand considerara um “revolucionário par excellance.” Importa, por isso, fazer uma leitura sobre a interpretação do homem que foi Amílcar Cabral na actualidade sócio-político ilhéu. Em função das minhas observações participantes, das várias e longas conversas e diálogos com pessoas de diferentes backgrounds sociais, e dos comentários que abundam na esfera virtual, julgo ser possível falar de três Amílcares Cabrais em Cabo Verde: enquanto fraude, ícone e teórico-ideólogo.
Para ler o texto completo de Abel Djassi Amado clique aqui

E se os tubarões fossem homens? - Bertolt Brecht


Num 10 de fevereiro, há 114 anos, nascia em Berlim, Bertolt Brecht, o maior dramaturgo do século 20. Com influencia proletária, colocando os dramas urbanos nas suas peças, se tornou um dos maiores do século passado. Para uma pequena comemoração segue embaixo um poema do Bertolt declamado por Antonio Abujamra: Se os tubarões fossem homens.
Para ver o vídeo clique aqui

Por que Deus nunca chegaria a professor titular ou pesquisador da CAPES ou CNPQ

Aviso aos estressadinhos: o conteúdo deste post é de caráter irônico-sarcástico-humorístico. Releve.
Quer saber as razões? Clique aqui

Do discurso à educação: reflexões sobre comunicação e cultura contemporâneas


Este texto resulta de discussões na disciplina “Linguagens, Tecnologias e Cultura”, do Mestrado em Semiótica, Tecnologia da Informação e Educação. Da semiótica aos estudos contemporâneos, trata de observar o processo de ensino e aprendizagem em comunicação, em que diferentes discursos são produzidos e fazem parte de uma rede de significações desenvolvidas pelos sujeitos, em determinado contexto cultural, de espaço e tempo. Apresenta-se, portanto, um estudo das relações interdisciplinares entre mídia e mercado. Também salienta alguns vínculos na sociedade de consumo, a partir das tensões e dos valores socioculturais diante de suas manifestações no sujeito contemporâneo. As discussões centram-se na perspectiva dos estudos dos discursos, da comunicação, da contemporaneidade, da hipermídia e de práticas pedagógicas.

Para ler o texto completo de Wilton Garcia e Rosália Maria Netto Prados clique aqui

A era dos extremos climáticos começou




A temperatura média global em 2011 foi de 14,52ºC. Segundo cientistas da Nasa, foi o nono ano mais quente desde que os dados passaram a ser coletados, há 132 anos – a despeito da influência resfriadora do fenômeno atmosférico e oceânico La Niña, e de irradiação solar relativamente baixa. Desde os anos 1970, cada nova década foi mais quente que a anterior – e nove dos dez anos mais quentes de todos os tempos estão no século 21.
Para ler o artigo completo de Janet Larsen e Sara Rasmussen clique aqui

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sobre literaturas africanas - Entrevista a Anita Martins Rodrigues

A teórica literária brasileira Anita Martins Rodrigues afirma na entrevista que:
Os que se viram implicados nas lutas pelas independências, mesmo os que não se integraram aos movimentos de luta armada, têm que lidar com as relações entre literatura e política, inevitavelmente, como também com uma idéia de nação, que podem querer formar ou questionar. Nesse sentido, a relação com as sociedades tradicionais e suas produções culturais se torna decisiva. As gerações que se viram, como no caso de Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, assoladas por guerras civis se vêem demandadas a lidar com seus escombros. Bem, posso dizer que, pelo que tenho lido, a denúncia da desigualdade social e da corrupção dos governos tem se tornado muito presente nessas literaturas africanas, desde os finais dos anos 1980.
Para ler a entrevista completa clique aqui

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Europa: o jornalismo construindo a história



Um fato excepcional, que acaba de ocorrer na área do jornalismo, poderá ser um evento histórico de excepcional importância, podendo concretizar-se como uma contribuição de grande relevância para a construção efetiva de uma União Europeia. A busca deste objetivo tem apresentado avanços e retrocessos, como ocorreu com a tentativa de aprovação do projeto de uma Constituição da Europa que, por não refletir as aspirações populares, não sensibilizou a maioria dos europeus e acabou sendo rejeitado em consulta formal aos povos interessados.
Outra iniciativa buscando a unificação europeia foi a criação da moeda única, o euro, que, sem dúvida, facilitou enormemente o intercâmbio entre os europeus, assim como entre estes e os demais povos do mundo, mas que ainda sofre restrições muito sérias, como a recusa da Inglaterra em adotar o euro como substituto de sua moeda tradicional. A par disso, os fatos mais recentes demonstraram que a busca de integração a partir do fator econômico é extremamente difícil, por vários motivos, entre os quais estão os desníveis econômicos e a poderosa, e praticamente inevitável, influência de fatores políticos e sociais internos de cada país nas atividades econômico-financeiras e, por decorrência, no curso da moeda circulante.
Uma nova tentativa de busca da unificação europeia acaba de ser posta em prática por intermédio do jornalismo. No dia 26 de janeiro último, foi publicado em seis países europeus, anexado a jornais de grande circulação em cada um desses países, um suplemento denominado Europa. Um dado inovador e surpreendente é que, embora publicado no idioma local de cada um, em todos eles o conteúdo do suplemento, incluindo informações, comentários, entrevistas e depoimentos, era exatamente o mesmo.
O objetivo é buscar a integração a partir do conhecimento generalizado e simultâneo do que vem ocorrendo nas diferentes regiões e em diversas áreas de atividade, por todos os europeus. Desse modo, todos poderão conhecer e formar opinião sobre temas básicos que afetam a vida dos povos, esperando-se que, a partir daí, se desenvolva uma cultura comum a todos.
Para ler o artigo completo de Dalmo de Abreu Dallari clique aqui

O jornalismo e seus filtros

O mundo se encontra em um impasse, mas não percebe nem sua natureza e nem suas consequências. Qualquer observador minimamente informado da cena internacional nota sinais evidentes de que existe uma ruptura profunda na vida organizada das nações. E isso é muito bem retratado nos meios de comunicação.
A matéria-prima por excelência de todo o aparato midiático (rádio, jornal, TV, internet) é o irromper de crises políticas (queda de presidentes, primeiros-ministros, ministros, impeachment, golpes de Estado, corrupção, eleições fraudadas), crises econômicas (países decretando moratória, quebra de bancos e de grandes empresas, desemprego em alta, corrupção), crises climáticas (superaquecimento, inundações, secas), crises morais (Big Brothers, invasão de privacidade, apologia da prostituição e libertinagem em programas da tevê aberta), crises religiosas (fundamentalismo religioso, pedofilia praticada por clérigos, escândalos financeiros, sectarismo e dissidência, corrupção), crises da imprensa (partidarização política, notícias plantadas, grampos telefônicos, concentração de propriedade dos meios).
Existem também aquelas crises pontuais, como a compra (e venda) de monografias e teses de graduação, mestrado e doutorado na área acadêmica; a corrupção no Judiciário em seu flanco mais evidente, que é venda de sentenças proferidas por “Suas Excelências” togadas; a manipulação da compra de passes de jogadores e de resultados de jogos de futebol e a corrupção para a manutenção de presidentes de clubes, federações e confederações dos esportes.
Para ler o texto completo de Washington Araújo clique aqui

Educação abandonada: os tablets e a educação

A mídia vem divulgando de forma acentuada o uso de tablets nas salas de aula e afirma que o Ministério da Educação vai distribuir estas maravilhas tecnológicas para professores do ensino médio. Em seu artigo na Folha On Line, Gilberto Dimenstein fica com um pé atrás em relação a esta tecnologia e sua contribuição real para o ensino em nosso país. No sentido real da educação, isso tem repercussão apenas midiática quando sabemos que, como diz o grande educador Rubem Alves, não se faz comida de qualidade apenas com boas panelas, pois o cozinheiro é mais importante.
É incrível como a educação é sempre desvirtuada em seu real sentido. Por que será que o Ministério da Educação não conversa a sério com os governadores e prefeitos no sentido de que haja o cumprimento da Lei do Piso? Por que não há investimentos maiores na formação dos professores em nossas Universidades, onde a formação de guetos ideológicos e de grupelhos acabam expulsando quem muitas vezes quer realmente trabalhar? Todos sabem que as seleções de professores nas Universidades geralmente estão sob suspeita, pois impera o subjetivismo e os interesses dos grupos de poder em nossas instituições de ensino superior.
Para ler o texto completo de Francisco Djacyr Silva de Souza clique aqui

Redes sociais: chegou a hora de dar um tempo?


Há dois meses, falando a estudantes em Stanford, Mark Zuckerberg desabafou que, se voltasse no tempo para recomeçar o Facebook, ficaria em Boston, longe do Vale do Silício, dos fundos de “venture capital” e da “cultura de curto prazo”. Ele tem um problema: a abertura de capital do Facebook se aproxima e a rede social dá sinais de, nos EUA, ter batido no teto. As visitas cresceram 10% de outubro de 2010 ao mesmo mês de 2011, segundo a comScore, contra 56% de aumento no ano anterior.
Já se fala em “saturação social”, como publicou o “New York Times”. Segundo depoimento de David Carr, repórter e colunista da área cultural do “NYT”, 2011 foi o primeiro ano em que ele viu sua produtividade cair por causa de seu consumo de mídia. E, para 2012, Carr diz estar diante da escolha entre cortar passeios de bicicleta ou “alguns desses hábitos digitais que estão me comendo vivo”.
Nas três primeiras semanas, nada. “Meu Twitter ainda está me comendo vivo, embora eu tenha tido certo sucesso em desligá-lo por um tempo”, diz ele à Folha. “Na maior parte do tempo, porém, é como ter um cão amigável que quer ser sempre acariciado, levado para passear. Em outras palavras, continua me deixando louco.” Para ler o artigo completo de Nelson de Sá clique aqui

Drogas: incompreensão e moralismo também na esquerda

O conceito de fetiche é comum aos principais pensadores nascidos do século XIX, Karl Marx e Sigmund Freud. Se em Marx o fetichismo (da mercadoria) é utilizado como ferramenta descritiva de obscurecimento das relações sociais, que passam a ser encaradas como relações entre coisas por conta da dinâmica imposta pelo Capital, em Freud o fetichismo é também ocultamento, mas da falta que nasce com a recusa em se admitir a diferença sexual entre homem e mulher. Em ambos os casos, o conceito é utilizado para descrever mecanismos de ocultamento de um problema, processo que leva a atenção a deslocar-se do central e focar-se em algum aspecto aparente e superficial.
 Na atual conjuntura de uma suposta “sociedade do consumo”, a autonomia do indivíduo é apregoada e induzida no âmbito do consumo mas freada no que diz respeito à livre gestão dos corpos, na medida em que se busca interditar o acesso a algumas substâncias psicoativas – agrupadas sobre o generalizante guarda-chuva do termo “drogas” - tornadas ilícitas com a justificativa de se garantir a saúde pública. Sob uma razão entorpecida, como bem define a ex-juíza Maria Lúcia Karam, tais substâncias são eleitas como responsáveis por mazelas sociais de causas múltiplas e complexas, e o combate à produção e ao consumo destas traz em si uma série de outros sérios efeitos nefastos e evitáveis.
Para ler o artigo completo de Júlio Delmanto clique aqui

Uma nova educação - As ideias polêmicas de Sugata Mitra


Estudantes vêem a educação dividindo conteúdos entre interessantes e não interessantes, relevantes e irrelevantes, dividindo-os em compartimentos separados, esse é um dos grandes problemas educacionais que deve ser contornado. // Sim, os professores podem ser substituídos por uma máquina. E o que pode ser substituído por uma máquina deve ser substituído. // O futuro da educação está na auto-educação. // O papel do professor do futuro seria o de apresentar questões que instigam a curiosidade das crianças, principalmente crianças com menos de 13 anos, mais abertas ao conhecimento e menos ligadas a questões como classes sociais. A reação de crianças abaixo dos treze anos é exatamente igual em qualquer lugar do mundo. O emprego dos professores não seria ameaçado. Seria diferente.// Se tiver que projetar os próximos cinco anos, eu diria que o celular vai desaparecer. A tecnologia do celular poderá ser transferida para o cérebro humano.

As ideias polêmicas – acima – são de Sugata Mitra, indiano, radicado na Inglaterra, especialista em tecnologia educacional, que foi convidado para participar da Campus Party deste ano, em São Paulo. Ele falou para o público nesta terça-feira, dia 7 de fevereiro.
Professor de Tecnologia Educacional da Newcastle University, na Inglaterra, e professor visitante do Massachusetts Institute of Technology, o prestigiado MIT, no Estados Unidos, Sugata é idealizador do projeto Hole in the Wall (o buraco na parde), desenvolvido na ìndia, pelo qual crianças de uma comunidade carente passaram a contar com acesso à internet, disponibilizada por meio de um computador, colocado em uma das paredes da comunidade.
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Para reencontrar "O país da delicadeza perdida"

O país da delicadeza perdida é nome do documentário dirigido por Walter Salles e Nelson Mota sobre a carreira de Chico Buarque, feito especialmente para a televisão francesa FR3 e lançado em 1990, há 22 anos. O tema e a performance do compositor e cantor convidam a revê-lo, à luz da atualidade. Na época, Walter Sales ainda não era o premiado diretor internacional de Terra Estrangeira (1995), Central do Brasil (1998), Abril Despedaçado, ou mesmo do internacional Diários de Motocicleta, sobre a odisseia do jovem Che Guevara nos confins da América Latina. Mas já demonstrava seu talento, trazendo para as telas a contradições dos Brasis de Chico Buarque, que se expressavam através do seu repertório e sua visão sobre um novo país, que ali despontava. Produzido para dialogar com um público internacional, O país da delicadeza perdida procura explicar quem somos e o que desejamos nesse mundo globalizado. O compositor segue certamente as premissas que um dia eu vi expostas por Caetano Veloso: um país não existe meramente por existir; tem um sentido intrínseco, de trazer algo original para o conjunto da humanidade. Por isso, paira no ar a pergunta: qual é realmente o sentido da nossa existência? Que trazemos de novo, para o conjunto da humanidade?
Para ler o texto completo de Arlindenor Pedro clique aqui

Território mental: a chave do ser humano


Para o professor Evandro Vieira Ouriques, os estados mentais dos indivíduos – o fluxo de pensamentos, afetos e percepções – estão atravessados cada vez mais pelo discurso da mídia. Portanto, repetir inconscientemente os valores dominantes da e na mídia em nada contribui para o bem-estar da sociedade. O ser humano, destacou o professor, precisa, mudar de atitude. De lá para cá, Evandro intensificou e divulgou seus estudos. Criou, inclusive, um novo campo de conhecimento, intitulado “Economia psicopolítica da comunicação e da cultura”, cuja metodologia operacional é o que ele chama de Gestão da Mente, centrada no conceito de território mental (criado em 2009), lugar onde ocorrem os estados mentais.
Em entrevista à revistapontocom, o professor explica detalhadamente o que é território mental e como a sociedade deveria repensar suas práticas e ações. Evandro avisa: “o território mental é a chave do ser humano, pois somos ‘apenas’ o que pensamos. Portanto, o controle do fluxo dos estados mentais é vital para a democracia, para a felicidade, para a vida em paz. Basta lembrar que os padrões de comportamento, como os padrões de produção e consumo, são determinados apenas pela vontade de cada pessoa em rede”.
Neste ano, além de continuar na coordenação do Netccon, o professor, que recebeu no ano passado o Prêmio de Melhor Acadêmico do Mundo, o Best Scholar 2010, do Reputation Institute, de Nova Iorque, e o título de Zulu, da Universal Zulu Nation, que criou no início da decado dos 70 a Cultura Hip Hop, vai começar a supervisionar pesquisas de Pós-doutorado em Estudos Culturais no PACC e ministrar aulas sobre Psicopolítica e Gestão da Mente no Doutorado em Comunicação em Contextos interculturais, da Universidad de La Frontera, no Chile.
Acompanhe a entrevista feita por Marcus Tavares aqui

Para acabar com a mutilação genital das meninas

Para marcar o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, a Anistia Internacional (AI) lançou um dado assustador: a cada quatro minutos, uma menina tem o clitóris e, em alguns casos, os lábios vaginais, retirados como parte de ritual religioso ou pressão social. De acordo com a ONG, a mutilação ainda acontece em 28 países.
A Anistia Internacional calcula que 135 milhões de mulheres foram mutiladas até hoje e a cifra aumenta em dois milhões a cada ano, conforme seus informes. A OMS (Organização Mundial de Saúde), por sua vez, fala em três milhões de mutilações anuais.
A mutilação genital feminina compreende todas as intervenções que envolvam a remoção parcial ou total dos órgãos genitais femininos externos ou que provoquem sequelas nos órgãos genitais femininos, por motivos não relacionados com a saúde, segundo a AI.
Para ler o artigo completo de Marina Terra, clique aqui

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