quinta-feira, 30 de maio de 2013

Facebook, o 'fast-food' do pensamento

Outro dia, decidi entrar no Orkut mesmo sabendo que há tempos ele não passa de um grande deserto virtual. Ao visitar comunidades e ler alguns tópicos, senti uma certa tristeza por ver que uma rede social muito mais interessante que o Facebook foi abandonada não porque se tornou obsoleta, mas porque alguns ditadores do que é moda (até na internet eles mandam), num dado momento sentenciaram que a “onda a partir dali seria migrar para o Face”.
A esta altura, os menos avisados já devem ter concluído: “Ah, isso é papo de velho que sempre diz que na sua época tudo era melhor”. Cabe, então, um esclarecimento: Facebook e Orkut foram criados exatamente no mesmo ano: 2004. Sabe-se lá por qual motivo, o Orkut logo virou febre por aqui, com direito até a dezenas de matérias que tentavam explicar seu sucesso. Enquanto isso, o Facebook era um total desconhecido para a imensa maioria dos internautas brasileiros.
Durante quatro, cinco anos, o Orkut reinou absoluto por aqui. Milhões de pessoas acessavam-no o dia todo para trocar ideias e para isso contavam com comunidades específicas para abordar o assunto que cada um queria tratar. É bem verdade que em muitas comunidades nada se aproveitava, mas em outras havia uma real troca de ideias que iam desde debates mais sérios até simplesmente o ato de jogar aquela deliciosa conversa fora sobre cinema, música etc. O grande barato é que assim que você postava uma opinião ou criava um tópico, logo vinham respostas de várias pessoas que tiveram o interesse de ler o que você escreveu, algumas concordavam outras não, mas o mais importante era que você passava o que pensava e tinha gente disposta a ler.
Para ler o texto completo de Marcelo Jorge Moraes Rio clique aqui

COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE: Quem teme a verdade sobre a ditadura?

O Brasil descobriu nos últimos dias que a tropa de elite dos altos escalões da República que combate a verdade é mais forte e abusada do que se imaginava. Cerram fileiras ali, entre outros, o ministro da Defesa, comandantes do Exército e da Marinha e até mesmo um dos sete ilustres membros da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que deve ser a primeira trincheira de seu resgate perante o país.
As fantasias foram rasgadas, de vez, com a apresentação em Brasília, na terça-feira (21/5), do balanço do primeiro ano de atividades da CNV. Ali, com gráficos e documentos inquestionáveis, a historiadora Heloísa Starling, da Universidade Federal de Minas Gerais e coordenadora da pesquisa da CNV, apresentou dados perturbadores sobre a repressão que marcou a ditadura de 1964-85. Entre eles, a grave acusação de que, em plena democracia, a Marinha mentiu para o Palácio do Planalto. Em 1993, o presidente Itamar Franco pediu dados sobre desaparecidos. A Marinha informou que os presos citados tinham fugido ou estavam sumidos. Baseada no cruzamento de 12.072 páginas do Cenimar, o serviço secreto da Marinha, a equipe de pesquisa da CNV apurou que 11 pessoas daquela lista estavam mortas até dezembro de 1972 – e a Marinha sabia disso. Um dos mortos, cujo nome a Marinha sonegou a Itamar Franco, era o ex-deputado Rubens Paiva, preso e desaparecido em janeiro de 1971.
Para ler o texto completo de Luiz Cláudio Cunha clique aqui

ZAHARA: a voz da África do Sul

Zahara, a jovem de 24 anos é o nome da hora na música sul-africana. Seu estilo é vozeirão e violão, com tempero local e toque contemporâneo. Tem uma semelhança com a desaparecida cantora Tracy Chapman, mas sem o tom melancólico da americana. Ela canta em sua língua materna, Xhosa – uma das 11 línguas oficiais da África do Sul além do inglês. Zahara já cantou para Nelson Mandela.
Pode ouvi-la cantando Loliweaqui
Cantando "Ndiza" aqui
E cantando Destinyaqui

 

terça-feira, 28 de maio de 2013

MIA COUTO - Repensar o pensamento


Mia Couto, romancista moçambicano, defende em sua conferência um pensamento que crie pontes e não fortalezas. Vivemos em um tempo de acesso a tudo, mas confundimos ideias novas e informação recente: "Cada vez mais repetimos o que já fomos." Conferencista do Fronteiras do Pensamento 2012.
Para acompanhar sua conferência clique aqui

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Esperanças no novíssimo cinema brasileiro

"Cores", de Francisco Garcia
Dois notáveis longas-metragens de estreia de jovens diretores brasileiros entraram em cartaz há duas semanas: O que se move, de Caetano Gotardo, e Cores, de Francisco Garcia. Quem gosta de cinema fará bem em vê-los antes que sejam expelidos de um mercado exibidor cada vez mais imediatista e predatório.
Para ler o artigo completo de José Geraldo Couto clique aqui


A síndrome da militância arrogante

A situação não é nada nova: mulheres reforçando o machismo. Isso sempre existiu e existirá, enquanto houver machismo. Ser mulher não torna ninguém automaticamente revolucionária, feminista. Estar na condição de oprimido não torna ninguém necessariamente contra a opressão. Aqueles que lutaram e lutam pelo socialismo no mundo todo sabem bem disso. Se essa condição fosse suficiente para derrubarmos as opressões, definitivamente não teríamos saído da guerra fria como majoritariamente capitalistas, no mundo todo. Quem eram (e quem são) os soldados estadunidenses nas guerras contra “o comunismo”? Donos de empresas? A classe que tem os meios de produção? (eu realmente preciso responder essas perguntas pra vocês?)
A lógica é relativamente simples: existe uma forma dominante de pensar, que defende sempre os interesses de quem domina. Marx chamou isso de ideologia, Gramsci foi mais longe e pensou numa hegemonia, Althusser explicou que esse negócio se difunde por “aparelhos ideológicos” responsáveis em transmitir essas maneiras de pensar e reforçá-las (e, depois, dirá Foucault, a coagir e controlar as pessoas para que as executem). Essa é, substancialmente, a maneira pela qual quem concentra poder mantém o poder concentrado e a sociedade funciona como funciona. As opressões de classe, raça e gênero têm ainda uma série de ferramentas próprias para que se mantenham.
Para ler o texto completo de Marília Moschkovich clique aqui

Por que a Suécia está em chamas

A partir do instante em que Henrik Sedin controlou o puck, ainda bem atrás no próprio meio-campo, começou uma noite terrível em Estocolmo. Faltava pouco para as 22h, domingo passado, quando o time de superstars milionários conseguiu enfiar o puck no fundo da rede vazia do adversário: 5-1. Pela primeira vez em sete anos, e em casa, frente à própria torcida, a equipe sueca era campeã mundial de hóquei sobre o gelo.
O Ericsson Dome, na parte sul da cidade, foi ao delírio. Nos pubs irlandeses, nos elegantes quarteirões de Södermalm, rolaram rios de pints de cerveja Guinness.
Mas em Husby, subúrbio no norte da cidade, distante do centro, região superpopulosa onde vivem imigrantes, começava uma conflagração, em tudo diferente do que se via entre os suecos brancos ricos. Um shopping centre foi vandalizado e uma garagem incendiada, o que causou a evacuação dos moradores de um bloco de apartamentos. Quando a polícia chegou, foi recebida a pedradas por mascarados; dois policiais foram feridos. Num vídeo que chocou o país, um terceiro policial caído aparece sendo espancado e chutado; os agressores chutaram também a pistola que se vê no coldre do policial.
Para ler o texto completo de Tom Peck clique aqui

sábado, 25 de maio de 2013

"A Voz" - Maria Teresa Horta


A Voz
 
Da tua voz
o corpo
o tempo já vencido

os dedos que me
vogam
nos cabelos

e os lábios que me
roçam pela boca
nesta mansa tontura
em nunca tê-los...
 
Meu amor
que quartos na memória
não ocupamos nós
se não partimos...
 
Mas porque assim te invento
e já te troco as horas
vou passando dos teus braços
que não sei
para o vácuo em que me deixas
se demoras
nesta mansa certeza que não vens.

Maria Teresa Horta

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Filme "O que traz boas novas" - Philippe Falardeau

A curta sinopse no site do cinema me preparou para encarar um drama ao estilo esfola-alma: um professor da Argélia cai de paraquedas em uma turma do (equivalente ao) ensino fundamental em Montreal, no Canadá, para substituir uma professora que, dias antes, morrera de forma trágica. À primeira vista, O Que Traz Boas Novas, filme de Philippe Falardeau em cartaz em São Paulo, parecia mais uma história sobre superação de primeiras impressões, preconceitos, unificação de valores e conquistas que só a escola consegue desencadear.
Era também, mas não só.
A sala de aula, como se sabe, é um laboratório de conflitos humanos que, cedo ou tarde, desembocam no que equivocadamente costumamos chamar de vida real. Em 2008, Laurent Cantet conseguiu fazer de Entre os Muros da Escola uma radiografia social a partir dos desafios de um professor diante de uma geração assentada em uma nova dinâmica de interlocução, tecnologias e valores. Surpreendentemente, O Que Traz Boas Novas fez jus à tradição sem se apresentar apenas como um drama sobre alunos e professores – nem apenas sobre um suposto choque cultural entre Ocidente e Oriente no ambiente escolar.
Para ler o texto completo de Matheus Pichonelli clique aqui

Darwin e a prática da 'Salami Science'

Em 1985, ouvi pela primeira vez no Laboratório de Biologia Molecular a expressão "Salami Science". Um de nós estava com uma pilha de trabalhos científicos quando Max Perutz se aproximou. Um jovem disse que estava lendo trabalhos de um famoso cientista dos EUA. Perutz olhou a pilha e murmurou: "Salami Science, espero que não chegue aqui". Mas a praga se espalhou pelo mundo e agora assola a comunidade científica brasileira.
"Salami Science" é a prática de fatiar uma única descoberta, como um salame, para publicá-la no maior número possível de artigos científicos. O cientista aumenta seu currículo e cria a impressão de que é muito produtivo. O leitor é forçado a juntar as fatias para entender o todo. As revistas ficam abarrotadas. E avaliar um cientista fica mais difícil. Apesar disso, a "Salami Science" se espalhou, induzido pela busca obsessiva de um método quantitativo capaz de avaliar a produção acadêmica.
Para ler o artigo completo de Fernando Reinach clique aqui

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Muito mais que Indignados

“As velhas manifestações, tão cinzentas e limitadas, tornaram-se obsoletas e inúteis, o que abriu caminho para um infinito de possibilidades. Repensamos a ação, a queixa, as relações, o público, o comum”. No texto coletivo Isso não é uma manifestação, aparecem detalhes que os meios de comunicação de massas ignoram. Isso não é uma manifestação não é um exercício de nostalgia. Não é um anseio daquela vibrante Multidão Que Ocupava as Praças que conformou aquele imprevisível corpo coletivo, aquela trama de afetos a que alguns chamam de “movimento 15M”.
Isso não é uma manifestação é um inventário de detalhes mínimos / máximos, de ações, processos, projetos para os quais servem mal as velhas palavras. Isso não é uma manifestação, dizíamos: “E nossa imaginação transbordou por completo o espaço do possível, construindo já novos mundos dentro da velha carcaça deste em que vivemos”. Isso não é uma manifestação. Isso não é uma soma quantitativa. Isso é mais que uma enumeração de conquistas. Isso é algo mais que um eco daquele “vamos devagar, porque vamos longe”.
Para ler o texto completo de Bernardo Gutierrez clique aqui

Laranja Mecânica, a liberdade assistida da imaginação

O clássico ‘Laranja Mecânica’ (1971), dirigido por Stanley Kubrick, desvela desde o princípio um cenário escatológico. Em um bar alucinógeno, em meio ao qual simulacros de mulheres nuas fazem as vezes de mesas, o protagonista Alex – interpretado magistralmente por Malcolm McDowell – e seus três comparsas tomam leite mesclado a uma série de drogas sintéticas como preparação para a descarga de ultraviolência.
Londres fica premida entre as duas superpotências que regem o mundo durante a Guerra Fria. Não à toa, então, o inglês articulado pelas personagens recebe o aporte de palavras oriundas do russo. “Moloko” (leite), “devotchka” (garota), “glaz” (olho), “govorit’” (falar), “noje” (faca). A língua híbrida modula a atmosfera fílmica, como se a contraditória democracia dos Estados Unidos, democracia que faz os vietnamitas votar à base de napalm e bombas incendiárias, e a ditadura soviética, que convence os tchecos e húngaros sobre as vantagens do socialismo com tanques e AK-47, estivessem (oni)presentes entre os escombros da outrora capital da Revolução Industrial.
Para ler o texto completo de Flávio Ricardo Vassoler clique aqui

ENTREVISTA / SEBASTIÃO SALGADO: Fascínio da imagem

Sebastião Salgado construiu sua carreira como um dos mais aclamados fotógrafos da história registrando o homem, as questões sociais, a industrialização, a economia, a imigração, a vida e a morte das guerras. Um desses projetos, Êxodos, lançado em 2000, é o best-seller que encarna seu fascínio pelo humano ordinário em fuga – o trânsito dos refugiados. Ao término desse projeto, que marcou sua biografia, o fotógrafo brasileiro radicado em Paris estava morrendo.
Como as populações que viu agonizarem em Ruanda, como os milhares de cadáveres que viu serem empilhados por retroescavadeiras, seu corpo também se deteriorava. Mergulhado na depressão e na descrença profunda na humanidade, Salgado decidiu parar de fotografar.
Para curar sua alma, refugiou-se no Brasil. Lá, junto do pai e da mulher, a designer Lélia Wanick Salgado, descobriu que a degradação não era apenas do ser humano, mas também do ambiente. O paraíso no qual tinha passado a infância estava sendo arrasado. Diante do desafio de reconstruir o ecossistema que trazia na memória, lançou-se a um projeto de reflorestamento e preservação ambiental.
Para ler a entrevista de Sebastião Salgado clique aqui
O contato com a terra, então, lhe devolveu o contato com a Terra. E daí nasceu Genesis, um projeto fotográfico ambicioso e milionário (de € 8 milhões), dividido em oito anos e em 32 reportagens, verdadeiras expedições a ecossistemas, paisagens e povos intocados pelo progresso.

terça-feira, 21 de maio de 2013

"O Capital" - O novo filme de Costa-Gravas

Constantin Costa-Gavras descarta a bandeira de "cineasta político". "Faço filmes sobre o que vejo", diz. "Mas todos os filmes são políticos. Não há nada mais político do que um filme de super-herói."
Com 80 anos de idade e 55 de cinema, ele se tornou conhecido ao filmar o caso real do assassinato de um político grego em "Z" (1969), longa que lhe rendeu o Oscar de filme estrangeiro.
Sua vasta filmografia inclui ainda críticas a regimes militares -- "Estado de Sítio" (1972) e "Desaparecido - Um Grande Mistério" (1982)--, mas seu inimigo parece ter trocado as armas pelos labirintos do sistema financeiro.
Em 2012, Gavras adaptou o romance "Le Capital", do francês Stéphane Osmont. O resultado, "O Capital", retrata a sobreposição dos bancos à democracia pela perspectiva de um ambicioso executivo e tem previsão de estrear no Brasil no próximo dia 31 (Folha de S. Paulo, 21/05/2013).
Para ver a entrevista de Costa-Gravas clique aqui
Para ver o trailer do filme clique aqui

segunda-feira, 20 de maio de 2013

A fala ambígua, sofisticada e conservadora de Lula

O ex-presidente da República criou um discurso e um comportamento político capaz de, mesmo em situações polarizadas, contentar lados opostos, sem se vincular claramente a nenhum deles. Diante de opções difíceis a saída é não optar. Não se trata de hesitação. É tática pensada e sofisticada.
Para ler o texto completo de Gilberto Maringoni clique aqui

sábado, 18 de maio de 2013

Legado de René Armand Dreifuss se mantém atual 10 anos após sua morte

Há 10 anos, com o falecimento de René Armand Dreifuss, a comunidade de cientistas sociais perdia um de seus membros mais laboriosos e criativos. René Dreifuss era um acadêmico de elevada qualificação intelectual, com uma visão abrangente da realidade política, que era o seu foco principal de atenção. Espírito cosmopolita, conhecedor de várias culturas e tradições, sua singular história pessoal serviu bem aos propósitos científicos que traçou e procurou alcançar com êxito. De fato, embora radicado no Brasil e profundamente envolvido com os problemas brasileiros, ele era uma espécie de cidadão do mundo.
Nasceu em Montevidéu, em 1945, filho único de um casal de judeus alemães expatriados às vésperas da Segunda Guerra. Bem jovem, viveu alguns anos no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, que era sua cidade preferida. Depois transferiu-se para Israel, onde se graduou em ciência política e história na Universidade de Haifa. Os estudos de pós-graduação foram realizados na Grã-Bretanha – o mestrado em Leeds e o doutorado em Glasgow. Foi em Glasgow que o conheci em 1977. Logo ficamos grandes amigos, tanto mais que nossos temas de pesquisa eram convergentes.
Concluída esta etapa, integrou-se em 1980 ao Departamento de Ciência Política da UFMG, onde permaneceu por cinco anos. De início como membro do Programa de Estudos Comparativos Latino-Americanos (Pecla), núcleo de pesquisa e ensino que havia na época; depois, prestou concurso, incorporando-se então ao quadro efetivo da universidade. Fez boas amizades em Belo Horizonte, não apenas entre seus colegas professores e os estudantes que orientou, mas também nos meios políticos e jornalísticos.
Para ler o texto completo de Otavio Dulci clique aqui

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Documentário - Raça Humana

O país do orgulho da miscigenação, apregoado por Gilberto Freire e Darcy Ribeiro, se deparou há alguns anos com uma questão espinhosa: a adoção de cotas raciais nas universidades.
Se falar de racismo no Brasil já era tabu, falar de cotas, então, se transformou num daqueles temas sobre os quais é melhor nem iniciar conversa. A menos que estejamos em um grupo onde todos são favoráveis ou todos contrários. Aí, sim, dá para desabafar os inconformismos, de um lado e de outro.
No documentário, questões seculares e mal-resolvidas da história do Brasil vão ressurgindo, tendo como pano de fundo a discussão das cotas raciais. Ao refletir sobre a reserva de vagas para negros no ensino superior, os entrevistados revelam que a discussão vai muito além: envolve o papel das universidades brasileiras; as falhas do sistema educacional; a questão da meritocracia nos vestibulares; o racismo e, principalmente, o papel do negro na estrutura sócio-educativa do país.
"Raça Humana" foi vencedor da categoria Documentário, na 32ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anisitia e Direitos Humanos, em 2010.

FICHA TÉCNICA
Direção e Roteiro: Dulce Queiroz
Edição e Finalização: Joelson Maia
Imagens: Claudio Adriano; Edson Cordeiro; André Benigno
Videografismo: Ernani Pelúcio
Produção: Pedro Henrique Sassi e Pedro Caetano
Trilha Original: Alberto Valerio
Coordenação Geral: Dulcídio Siqueira

Para ver o documentário clique aqui

Não existe amor no Brasil Maior

Depois do estouro da crise do capitalismo global, em 2007-2008, a mobilização das redes sociais em torno da primeira eleição de Obama parecia ter constituído as bases para uma resposta política adequada. Agora sabemos que o mandato do primeiro presidente negro da maior potência mundial foi logo homologado nos tradicionais jogos e compromissos da representação. As redes sociais irromperam novamente na cena global com a insurreição da multidão na Tunísia e junto a ela o soviete da Praça Tahrir, no Egito. A Primavera Árabe também conheceu seu “termidor”. O islamismo conservador ganhou as eleições, e o Império impôs sua lógica de guerra: na Líbia, na Síria e no Mali. A insurgência das redes e das ruas atravessou o Mediterrâneo com o mesmo ímpeto de quando os mouros levaram para a Europa as inovações filosóficas e científicas que proporcionaram a revolução do Renascimento. Foi emblematicamente na Espanha que os protestos repetiram, amplificaram e desdobraram as lutas árabes em um sem número de acampamentos. Hoje, o 15M espanhol está vivo, mas, apesar de sua potência atravessar toda a sociedade, as políticas de austeridade continuam destruindo as bases biopolíticas da democracia. Nos Estados Unidos, o movimento Ocupar não conseguiu alcançar o nível de massificação e força necessário para colocar o “Yes, we can” no terreno da ação direta. À insurgência das redes e das ruas seguem-se as tentativas de inovar no próprio terreno da representação, com o lançamento de “novos” partidos: depois do Pirate Party (na Suécia e na Alemanha), segmentos do 15M lançaram o Partido do Futuro. Manuel Castells disse que o objetivo é construir uma democracia “sem intermediários.1 No Brasil também, a ex-senadora Marina Silva lançou o Partido-Rede. Mas é na Itália, com o M5s,2 que a inovação faz tremer as bases do sistema: “É a primeira vez”, diz o Nobel de Literatura Dario Fo, “que um partido sem recursos, autônomo, contra todos e esnobado por todos consegue chegar à frente nas eleições”. Tudo isso acontece num contexto de destruição geral do sistema de proteção social, aumento do desemprego e da pobreza, fechamentos em série de empresas e multiplicação dos suicídios de empreendedores falidos, trabalhadores desempregados e moradores despejados.
Para ler o texto completo de Giuseppe Cocco clique aqui

MÍDIA & RELIGIÃO: Nova seita

Atenção: submeter-se sem pensar causa dependência crônica.
Se persistirem os sintomas: ACORDE!
Por TT Catalão

CINEMA: A evolução da animação

O movimento sempre exerceu grande atração visual para os seres humanos. A criação do artifício, chamado de cinema, permitiu um novo olhar para a imagem estática, a qual era apenas a unidade de uma sequência. E foi utilizando desse mesmo conhecimento que chegamos à descoberta de outros meios que marcam profundamente a sociedade como um todo.
Apesar de apresentarmos um breve histórico da imagem associada ao movimento, o presente trabalho visa discutir como a animação é observada diante dos novos veículos de comunicação e, consequentemente, o que podemos esperar para o futuro. Tal análise se torna importante diante da pouca oferta de referências bibliográficas, ao que se refere ao cenário brasileiro, quanto ao assunto abordado.
Para ler o texto completo de Monalisa Arikawa clique aqui

segunda-feira, 13 de maio de 2013

2º ANIVERSÁRIO DO BLOG “NAVEGAÇÕES NAS FRONTEIRAS DO PENSAMENTO”

Para comemorar os dois anos de existência do blog faremos uma homenagem à Arte, no que ela tem de mais sublime, selecionando, apenas três, entre as inúmeras postagens do blog.
A 1ª a Arte, mais concretamente, a literatura em seu diálogo com a política; a 2ª a Arte no seu diálogo com o cinema e a 3ª a Arte no seu diálogo com a poesia.

A literatura em seu diálogo com a política
Nessa homenagem à política José Jorge Letria elabora um hino à dignidade, essa que por...não ter preço, não se rende nem desiste”. Essa que “Quando o tiro ecoou na praça de todas as revoltas, Dimitris Christoulas deixou voar uma pomba, uma borboleta, uma gaivota triste do Pireu e disse, com um aceno: “Eu continuo aqui, de pé firme, porque nada tem a força de um homem quando chega a hora de mostrar que tem razão”. Depois vieram nuvens, flores e lágrimas, súplicas, gritos e preces, e o mártir da Syntagma, tão terreno e finito como qualquer homem com fome, ergueu-se nos ares e abraçou a multidão com ternura”.
Leiam, ou se for o caso, releiam, o texto MORRER DE PÉ NA PRAÇA SYNTAGMA de José Jorge Letria, que além prestar uma bela homenagem à dignidade humana, é ainda um texto literáriamente irrepreensivel

A Arte no seu diálogo com o cinema

O escritor e roteirista Jean-Claude Carrière, num pequeno fragmento literário, fala-nos da obra sublime de um dos maiores gênios do cinema: Michelangelo Antonioni. Diz ele que “O Olhar de Michelangelo” é um dos filmes mais lindos do mundo! Antonioni realizou em 2000 esse filme, que não dura mais de 15 minutos, sem uma palavra, onde ele dirige ele mesmo, pela única vez em sua vida. Ele entra na igreja de São Pedro dos Leões, em Roma, sozinho. Aproxima-se lentamente do túmulo de Júlio II, e o filme inteiro é um diálogo, sem uma palavra pronunciada, um vaivém de olhares entre Antonioni e o Moisés de Michelangelo. Tudo o que dizemos aqui, esse frenesi de aparecer e falar que marca nossa época, essa agitação sem objeto, é questionado pelo próprio silêncio e o olhar do cineasta. Ele veio dizer adeus. Não voltará mais e sabe disso. Veio fazer uma última visita, ele que está de partida, á obra-prima incompreensível, que restará. Como para interrogá-la uma última vez. Como para tentar desvendar um mistério ao qual as palavras não têm acesso. O olhar que Antonioni lança para ela, antes de sair, é patético”.
Leiam a postagem "O Olhar de Michelangelo" - A derradeira obra-prima de Antonioni (2004)

A Arte no seu diálogo com a poesia

Trazemos o poema mais acessado do blog. É um poema do moçambicano José António Pastor Duarte Silva (1954-1993) que foi professor, ativista cultural, encenador de teatro, poeta e contista. Pode ler o poema aqui
http://navegacoesnasfronteirasdopensamento.blogspot.com.br/search/label/Jos%C3%A9%20Pastor%20Duarte%20Silva

sábado, 11 de maio de 2013

BO BRUCE: Save me


Ouça "Save Me" a música interpretada por Bo Bruce, a nova revelação da música britânica, clicando aqui

sexta-feira, 10 de maio de 2013

JORNALISMO & IDEOLOGIA: Réquiem para a informação

As recentes mortes de Hugo Chávez e Margaret Thatcher são bastante ilustrativas da maneira pela qual os meios de comunicação de massa elegem os seus “representantes”. Assim, se o presidente venezuelano merecera maus agouros desde o dia em que se tomou conhecimento acerca do câncer que o acometera, a ex-primeira-ministra britânica, a despeito da alcunha de “Dama de Ferro”, recebeu sinceros pêsames e muitas coroas de flores. Obviamente, não se acredita, tampouco se deseja, que os veículos de informação sejam desprovidos de posições e tendências. Afirmações nesse sentido são ingênuas, pois é sabido que, originária e essencialmente, os mass media são sociedades empresariais cujo principal objetivo é a maximização dos lucros, sendo a informação, pois, secundária. Os mitos da imparcialidade e da objetividade jazem a sete palmos da terra.
O problema, de fato, consiste no caráter ideológico dos veículos de informação. Em um primeiro momento, ideologia, grosso modo entendida enquanto conjunto de ideias. Aquilo que é posto em pauta, o “faro jornalístico”, o tratamento dispensando a certos temas – incluindo tanto a estrutura textual quanto a imagem – estão certamente norteados pelas “ideias” que percorrem as redações e emissoras. Ainda que estas sejam compostas por um grupo relativamente heterogêneo de pessoas, não se pode perder de vista que, assim como um maestro ou um magistrado, é antes o patrão quem imprime a sua subjetividade à informação a ser veiculada. Levando-se em consideração, não obstante, que atrás de grandes jornais, emissoras de rádio e TV e portais da internet há sempre oligopólios e oligarquias.
Para ler o texto completo de Gabriel Tardelli clique aqui

quinta-feira, 9 de maio de 2013

CRIME & RELIGIÃO: Sexo em nome da fé


O deputado e pastor Marco Feliciano, que se tornou uma celebridade ao levar para o Conselho de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados suas ideias arcaicas sobre direitos de minorias, volta ao noticiário por conta de suas relações com outro religioso, Marcos Pereira da Silva, que acaba de ir para a cadeia.
O pastor Marcos Pereira da Silva é presidente da igreja denominada Assembleia de Deus dos Últimos Dias, com sede no Rio de Janeiro. Pesam contra ele denúncias de associação com traficantes de drogas, homicídios e violência sexual contra seguidoras de sua organização. Os jornais divergem quanto ao número de mulheres que teriam sido estupradas pelo sacerdote. Segundo o Estado de S.Paulo, ele teria abusado de seis fiéis, usando a alegação de que elas estariam possuídas pelo diabo e que o ato sexual as libertaria. Na versão da Folha de S. Paulo, foram quatro as vítimas e, segundo o Globo, os depoimentos colhidos em um ano de investigações identificam pelo menos 26 casos.
Para ler o texto completo de Luciano Martins Costa clique aqui

MÍDIA & PRECONCEITO: Imprensa e escola omissas

Deu no jornal, nos dias 30 de abril e 1º de maio: uma aluna dá uma facada em colega em escola de ensino médio na periferia de São Paulo. Só que não deu bem assim. Na Globo, pernambucanaesfaqueia colega em São Paulo. “Atingido pela menor, o aluno de 16 anos sofreu...” Ela é menor, ele é aluno. O Diário do Grande ABC deu a manchete “Adolescente vítima de Bulling (sic) esfaqueia colega na escola”, informando que ela havia chegado há pouco tempo de Pernambuco e que “o adolescente tirava sarro dela por conta do sotaque”. O Jornal do Brasil também sugere o motivo do crime na manchete: “Alegando bullying, aluna esfaqueia colega dentro de escola em SP”. Também foi um dos únicos a anunciar que a escola programou “uma reunião na unidade de ensino para alertar aos pais sobre casos de violência e bullying”. Infelizmente, nenhum dos dois veículos menciona que ela é negra, um dos dois motivos do bullying.
A Folha de S.Paulo repete a manchete, “Adolescente esfaqueia colega dentro de escola em Ribeirão Pires (SP)”, sem usar o “bullying”, indicando que o motivo seria apenas ela se sentir “ofendida” pela perseguição dele “por ter sotaque nordestino”. O Diário de Pernambuco, naturalmente, deu manchetes de “aluna pernambucana”. O Diário foi o único veículo para quem a mãe da vítima/ agressora, residente em Ribeirão Pires, concordou em dar informações [áudio disponível aqui]. A família viera para a região metropolitana de São Paulo há apenas três meses. A mãe se surpreendera com a facilidade com que a jovem fez amizade, várias colegas vinham regularmente à casa: “Eu fazia bolinho pra elas”. E conta que o rapaz vinha há tempos perseguindo ela, chamava-a constantemente de “nega recalcada”, escondia apostila e trabalhos da jovem, além de um álbum de fotos que ela levara para a escola. E, cada vez que ela falava algo, “tirava sarro” do sotaque “de nordestina”.
Ela é “menor”, “pernambucana”, “jovem negra” ou, na melhor das hipóteses, “adolescente”. Ele é “a vítima”, “o colega”, “menino (!) [que] leva facada no peito”. Nada ficamos sabendo sobre o rapaz: por que não o “jovem paulista branco”?
Para ler o texto completo de Tina Amado clique aqui

Que ameaça a liberdade de expressão no Brasil

As notícias sobre a estranha condenação do jornalista Lúcio Flávio Pinto, os dados acerca do aumento chocante do número de jornalistas assassinados em 2012 e a constatação da quase completa impunidade em crimes desse gênero indicam um cenário de alto risco para a prática do jornalismo investigativo e crítico — leia-se: para o exercício do jornalismo democrático — no Brasil atual. Entre as diversas fontes que podem ser citadas para sustentar essa constatação, escolhemos uma matéria da agência EFE, de outubro de 2012, publicado no G1 com o título “Brasil é o quarto país mais perigoso do mundo para jornalistas“. Relata a matéria:

“O Brasil é o quarto país mais perigoso para os jornalistas, informou nesta terça-feira (2) a Press Emblem Campaign (PEC), uma organização civil que busca a proteção dos comunicadores espalhados pelo mundo. Sete jornalistas foram assassinados no Brasil neste ano, o que deixa o país atrás apenas de Síria (32), Somália (16) e México (10). Ao todo, 110 profissionais foram assassinados em 25 países nos primeiros nove meses do ano, um número ‘jamais registrado em um período similar’, disse o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen, em Genebra, onde funciona a entidade.”

O Brasil aparece em quarto lugar no momento em que o número de jornalistas assassinados no mundo chega a um montante “jamais registrado em um período similar”. Seria preciso mais que isso para nos deixar bastante alarmados? Dificilmente. No entanto, por mais eloquentes que sejam os números, a situação é ainda mais grave quando refletimos sobre eles. Um mínimo de consideração qualitativa dos países que disputam os primeiros lugares com o Brasil dissipa qualquer dúvida. Vejamos: a Síria vive uma guerra civil de extrema violência, agravada pela ajuda em armamentos e recursos da parte da OTAN aos rebeldes. Já o México, engolfado pela corrupção e pelo narcotráfico, atravessa uma espécie de “guerra do fim do mundo” enquanto a Somália, por sua vez, depois de vitimada por tantas tragédias, já é o próprio fim do mundo.
Para ler o texto completo de Bajonas Teixeira de Brito Junior clique aqui

Potentia, para mulheres que não se auto-sabotam

Foi quando uma amiga argentina me trouxe o problema que prestei, pela primeira vez, alguma atenção nele. Angustiada, ela vivia um conflito entre, ao fim da graduação, optar pela carreira acadêmica ou não. Admirava a orientadora e queria ser como ela. Ao mesmo tempo, percebia que a orientadora não tinha filhos e nem era casada, coisa que ela também desejava viver nos anos seguintes. Eu nunca havia pensado no assunto. Tanto minha orientadora, quanto minha mãe, tinham carreiras brilhantes e, ainda por cima, filhos (no caso de minha mãe, três, inclusive).
Uma vez atenta para a questão, porém, foi fácil – facílimo – ser tomada por ela. Eu, que não tinha motivo algum pra me angustiar com o assunto (em termos dos exemplos de mulheres que eu conhecia e admirava), passei a perder o sono. Transformei a pergunta em pesquisa de mestrado e me dediquei ao tema por três anos, refletindo sobre desigualdades de gênero na carreira acadêmica brasileira.
Para ler o artigo completo de Marília Moschkovich clique aqui

“Austeridade”: história de uma fraude teórica

Há anos não se via economistas heterodoxos rindo tão desbragadamente. O motivo é a descoberta de uma falha em uma planilha Excel. Tudo começou quando Thomas Herndon um estudante de pós graduação da University of Massachusetts-Amherst, resolveu apresentar um trabalho de final de semestre criticando o estudo de dois influentes economistas de Harvard, Carmen M. Reinhart and Kenneth S. Rogoff, publicado em 2010 na prestigiada e centenária The American Economic Review. A pesquisa de Reinhart e Rogoff estabelecia uma correlação negativa entre aumento do débito público e o crescimento econômico e conspirava contra o aumento dos investimentos estatais. O jovem Herndon, de 28 anos, não estava satisfeito com os resultados da pesquisa e resolveu trabalhar com os dados dos economistas de Harvard, replicando o estudo. Seus professores consideraram sua proposta típica da arrogância juvenil mas não apresentaram obstáculos, pensando que ao menos ele poderia treinar suas habilidades na tabulação e apresentação de dados econômicos.
Para ler o texto completo de Alvaro Bianchi clique aqui

domingo, 5 de maio de 2013

África: Um Continente sem História?

 
Os atravessamentos políticos e sociais na África, que levam ao apagamento histórico da produção de conflitos no continente, deixando como marca visível uma tendência à naturalização da miséria e violência.
Palestrante: Emir Sader (UERJ)
Debatedores: José Moura Gonçalves Filho (USP e Instituto AMMA Psique e Negritude) e Caterina Koltai (PUC-SP).
Para ouvir a palestra de Emir Sader clique aqui

sábado, 4 de maio de 2013

Documentário "Falando Naquilo: Um estudo sobre TV, Sexualidade e Adolescência"

Partindo do pressuposto de que existe uma banalização do sexo na televisão brasileira, o documentário Falando naquilo: Um estudo sobre TV, Sexualidade e Adolescência, bem como o projeto que lhe deu origem procuram promover uma reflexão sobre as relações entre a programação da televisão, o estímulo precoce à sexualidade e a adolescência. Ou seja, investiga-se como a TV estimula a sexualidade em indivíduos que ainda não estão maduros o suficiente para ter uma vida sexual e nem estão prontos para assumir as consequências que podem resultar do exercício da sexualidade.
Nesse sentido, o documentário procura estabelecer as relações da programação da televisão (em canais abertos e pagos) e seu poder de influência para a construção da sexualidade de crianças e, em especial, de adolescentes. O propósito do vídeo é promover uma discussão sobre como a televisão aborda temas relativos à sexualidade e como especialistas e adolescentes compreendem essa programação e a influência da TV.
Essa discussão tem como objetivo provocar a reflexão a respeito de como o sexo é tratado pela televisão e como esses conteúdos são absorvidos, discutidos pela sociedade e de que modo afetam diretamente a socialização de crianças e adolescentes.
A 1ª Parte do documentário pode ser visto clicando aqui
A 2ª Parte aqui
A 3ª Parte aqui
A 4ª Parte aqui
A 5ª Parte aqui
 
 

 

EUA: O fascismo cristão está cada vez mais forte

Eles estão a criar um Estado teocrático, baseado na lei bíblica, e buscam aniquilar a todos aqueles que definem como inimigos. Esse movimento, que vai cada vez mais se aproximando ao fascismo tradicional, procura forçar um mundo recalcitrante à submissão ante uma América imperial. Ele defende a erradicação dos “desviantes sociais”, a começar pelos homossexuais, e avança sobre os imigrantes, os humanistas seculares, feministas, judeus, muçulmanos e aqueles que rejeitam como "cristãos nominais", como são denominados os fiéis que não aceitam a sua interpretação pervertida e herética da Bíblia. Os que se opõem a este movimento de massas são condenados por constituírem uma ameaça à saúde e higiene do país e da família. Todos devem ser expurgados.
Para ler o texto completo de Chris Hedges clique aqui

Pequeno Almanaque do Reacionário de Sofá

Se não há como discordar do fato de que ninguém é obrigado a conhecer razoavelmente um assunto qualquer, acho especialmente alarmante o número de pessoas que, sem se debruçarem um segundo sequer sobre temas polêmicos e delicadíssimos, expressam suas opiniões pré-moldadas com a desenvoltura de quem sabe realmente do que está falando. Pois bem: opiniões pré-moldadas existem em todos os espectros ideológicos e, para além do campo político propriamente dito, atingem inclusive campos do conhecimento técnico, como o direito, a medicina e a economia. Vou abordar, porém, durante esta coluna, apenas uma classe de comentários: os dos reacionários de sofá.
Os reacionários de sofá são aqueles que, preguiçosamente, no conforto de suas residências, absorvem passivamente as opiniões vociferadas pela grande mídia contra toda e qualquer posição política que possa implicar uma mudança positiva para um grupo com o qual ele não se identifica. Outras vezes, eles não precisam nem mesmo recorrer à mídia para terem uma opinião qualquer sobre um assunto com o qual ele não tem o mínimo de contato: basta recorrer aos preconceitos que lhe foram incutidos na infância.
São quase sempre individualistas, pois não conseguem cogitar a defesa de um interesse qualquer que não seja o seu próprio. Também gostam de pautar os seus discursos por alarmismos apocalípticos, derivando conseqüências genéricas gravíssimas de medidas que muitas vezes têm um escopo bastante restrito. Ressentem-se ferozmente de terem nascido no Brasil e odeiam os brasileiros, a quem, do sofá de suas casas ou da cadeira de suas escrivaninhas, taxam de passivos, indolentes, comodistas e estúpidos.
Pois bem: essa é uma pequena coletânea de conceitos caros a esse tipo de usuário das redes sociais que pretende ser uma modesta contribuição para estudos posteriores dessas mentalidades tão peculiares. Separei alguns verbetes sobre os quais nossos reacionários adoram opinar. Estou aberto a contribuições.
Para ler o texto completo de Pedro Munhoz clique aqui

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Um ancestral direto do ser humano?

Em Agosto de 2008, Dirks foi, juntamente com seu cachorro, visitar um dos lugares mais promissores e deu de cara com uma caverna, cujo nome era Malapa, que parecia ser muito rica em fósseis. Duas semanas depois, Berger,o filho Matthew de 9 anos e um ajudante e foram explorar o lugar, o menino, já entediado de ficar na caverna, se distanciou cerca de 15 metros e logo gritou “Papai, encontrei um fóssil”. Berger foi verificar, sem apresentar muito interesse, mas quando se aproximou do filho percebeu que era o osso fóssil de um hominídeo preso na rocha.
Dois anos depois, em 2010, foi anunciada uma nova espécie de hominídeos para a comunidade cientifica, foi nomeado Australopithecus sediba. A primeira parte, que seria o sobrenome ou gênero em latim significa macaco do sul, já o nome da espécie sediba, quer dizer fluxo natural, em sotho, um dos onze idiomas oficiais da África do Sul. Lee Berger escolheu esse nome para a espécie, pois estava convencido que era o mais apropriado para os que poderiam ser os ancestrais diretos de nosso gênero Homo.
Para ler o texto completo de Martin Caglaini clique aqui

Sociedade de consumo banaliza conceito de felicidade

A tendência à simplificação do que é a felicidade e do que pode tornar as pessoas felizes, própria da necessidade de criar demandas de consumo da sociedade atual, pode produzir uma redução dos diferentes sentidos e interpretações que a felicidade pode ter. “Tanto será menor a qualidade da felicidade, quanto mais se fala dela, neste caso”, diz o psicólogo Luciano Espósito Sewaybricker, autor da pesquisa realizada no Instituto de Psicologia (IP) da USP.
A definição variada do que é felicidade e a tendência à banalização que a sociedade impõe ao desejo de satisfação, ideia compartilhada pelo conceito de Modernidade Líquida, de Zygmunt Bauman, permitiram à Sewaybricker concluir que satisfação “em massa” e imediata não garantirá felicidade. Para a pesquisa, o psicólogo buscou conceituações da felicidade feita por alguns pensadores de variadas épocas para aproximar da Modernidade Líquida. A pesquisa, que começou em 2010 e foi finalizada em 2012, teve a orientação do professor Sigmar Malvezzi.
Para ler o texto completo de Mariana Melo clique aqui

quarta-feira, 1 de maio de 2013

As escolas do futuro já existem

O uso dos computadores e da internet revolucionou a maneira como as pessoas compram, trabalham e se comunicam. Depois de muitas tentativas e muitos erros, os educadores começam a perceber o que funciona na sala de aula.
Para ler o texto completo publicado na Exame clique aqui
Para ler a entrevista "Nós paramos no século 19" de Ken Robinson clique aqui

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