domingo, 28 de fevereiro de 2016

Tolerância de ficção. A alarmante hipocrisia do Oscar


Negro dá prêmio a branco, falsa transexual é indicada... Oscar e a falsa tolerância de Hollywood. 

Para ler o texto completo de Henrique Alpañés clique aqui

Design, ciência e metodologia - Breve explanação de suas possíveis faces em comum

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O que é design? o que é ciência? o que é metodologia? Teriam eles algo em comum? Seria possível estabelecer relações cabíveis entre os mesmos?
O artigo a seguir, é um convite ao leitor a realizar uma breve explanação de suas possíveis faces em comum, salientando que a abrangência do tema é profunda e por vezes complexa, não querendo isso dizer, que o tema encontra-se esgotado e fechado em um consenso, e que, tão pouco é o objetivo do mesmo.
Para ler o texto completo clique aqui

A Billie Holiday carioca que quer cantar em português


Dedicada ao jazz, Leila Maria vive os obstáculos de uma negra que não canta samba.

Para ler o texto completo de María Martín e escutar a canção "Good Morning Heartache" na voz de Leila Maria clique aqui

O Poder em Angola, entrevista a Paulo Inglês

Paulo Inglês em Madrid, 2007

Paulo Inglês é natural do Lobito, saiu de Angola em 1992 e começou a sua vida acadêmica itinerante passando por Moçambique, Portugal, depois Inglaterra, Madrid, até se fixar na Alemanha. Estudou Filosofia, Sociologia e Ciências Políticas e escreveu uma tese de doutoramento sobre a transformação social pós-conflito em Angola. Nesta longa conversa, falamos sobre o poder em Angola, os problemas na economia, o tempo colonial, a composição do MPLA, a difícil construção da democracia e a aprendizagem de uma cultura contestatária.
Para ler a entrevista de Paulo Inglês clique aqui

"Produzir Corpos" - Vladimir Safatle


Produzir corpos

Vladimir Safatle

27.02.2016

O impasse profundo no qual se encontram a política e a vida nacional expressa, à sua maneira, uma certa limitação do que poderíamos chamar de nossa "imaginação social". Crises, como a que vivemos hoje, ligadas não apenas ao esgotamento de um modelo de desenvolvimento chamado de "lulismo", mas também ao esgotamento dos atores políticos da Nova República, são também crises das formas de se pensar o país.
Boa parte de nossos principais esquemas de compreensão do Brasil foram criados nos anos 1950 e 1960. Eles se demonstraram frutíferos para mobilizar demandas de transformações durante décadas. Foram, à sua maneira, respostas à paralisia que aprisionou o país em vários momentos de sua história. No entanto, há momentos em que você só consegue continuar a agir se aprender a descrever de outra forma a situação na qual está inserido. Longe de ser um mero exercício de redescrição esta é uma estratégia da ação para transformar situações.
Nesse sentido, gostaria de insistir que poucos países como o Brasil demonstram, de forma tão clara, a necessidade e a dificuldade de se criar o que poderíamos chamar de um "corpo político", ou seja, de um sistema de implicação genérica capaz de produzir um espaço comum no qual demandas sociais podem circular e se realizar.
Espaço comum que não é apenas um sistema de regras, mas um campo de afetos. Em um corpo, as afecções de cada parte circulam por todos os lados, criando uma situação na qual a indiferença é impossível. Diria que essa dificuldade de construir corpos políticos é um sintoma importante de um certo bloqueio de nossa imaginação social.
De certa forma, o Brasil passou sua história moderna em luta para tentar criar um corpo político que lhe falta, mas mais de uma vez descobriu que só sabe criá-lo de uma forma. Uma forma frágil, cujos efeitos são profundamente ambíguos e acabam sempre por levar a sociedade à paralisia.
Quando se fala atualmente de corpo político, lembra-se normalmente da figura do Leviatã, de Thomas Hobbes.Hobbes insistia que nenhum valor é mais importante para uma nação que a unidade, a organicidade e a regulação dos conflitos no interior de um sistema capaz de assegurar a estabilidade. Para isso, a sociedade deveria ser compreendida como um corpo no qual todas as partes respondem a um centro funcional, sua cabeça, onde se encontra o poder soberano. O uso da imagem do corpo não era uma mera metáfora. Era um conceito de forte valor de mobilização. Mudamos nosso comportamento quando nos compreendemos como partes de um corpo que nos engloba.
Conhecemos o uso dessa ideia de corpo político uno e orgânico na justificativa de sociedades autoritárias. Alguém como o filósofo Claude Lefort chegou mesmo a afirmar que a democracia deveria ser, necessariamente, um poder sem corpo. Mas poderíamos nos perguntar se todos os corpos são necessariamente modelos de unidade, se não conhecemos corpos que produzem formas de implicação genérica que não poderiam ser compreendidos exatamente como unidade. Às vezes, para pensar política, nossa lógica é demasiado representativa.
Ernesto Laclau, em um impressionante livro sobre o populismo, chamado "A Razão Populista", propõe, entre outras coisas, uma maneira de pensar o populismo como a construção de um corpo a partir de uma multiplicidade contraditória. Longe de desqualificar o populismo como alguma forma de regressão política baseada no culto à personalidade, ele procura compreender sua maneira de criar um campo hegemônico através da convergência de demandas sociais contraditórias.
Lembrem de Getúlio Vargas dizendo: "Meu maior problema não são meus inimigos, mas meus aliados". Sua estrutura de poder era baseada na convergência entre demandas sociais vindas de grupos em posição contraditória, daí a dificuldade de gerir a disputa entre aliados. Algo muito parecido com o que vimos na era LulaVargas só podia sobreviver enquanto fosse um "significante vazio", ou seja, alguém que podia levar todos a crer que, no fundo, estava ao seu lado, um pouco como Lula. Foi através deste arranjo frágil que Vargas criou, pela primeira vez, um corpo político no Brasil.
Do ponto de vista estrutural, esse foi o modelo que Lula repetiu e que chegou à exaustão quando as demandas sociais distintas começaram a se anular de forma cada vez mais forte. Contra esse corpo político paralisado, precisamos aprender a criar novos corpos, de maneiras novas. Pois é isso que, de certa forma, falta ao Brasil atual: um corpo.

FONTE: Aqui

"A depressão mata tanto como o câncer"


Quem o afirma é Andrew Solomon, autor de "O Demônio da Depressão", um ensaio ambicioso sobre esta doença que é "epidêmica" nas sociedades ocidentais, mata silenciosamente mas tem sintomas concretos. 
Para ler o texto completo de Joana Emídio Marques clique aqui

Memórias do Chumbo - O Futebol nos Tempos do Condor

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Documentário feito pelo jornalista e historiador Lúcio de Castro, exibido no canal ESPN-BRASIL. A série contém quatro episódios: Brasil, Argentina, Uruguai e Chile.
Para ler o texto de Geraldo Costa e assistir aos 4 vídeos clique aqui 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

O novo álbum de Chico César: uma inebriante entrega ao Estado de Poesia


O novo álbum de Chico César, "Estado de Poesia", carrega um belo contraste entre a leveza do amor poético e a densidade das necessárias críticas políticas e sociais. Um irrecusável convite à entrega, à inquietação e à reflexão.
Para ler o texto completo de Bruna Testi clique aqui

Pode ouvir as 14 músicas do último álbum de Chico César clicando aqui

Do mesmo álbum leia abaixo a letra da música “Reis do agronegócio” uma das mais explosivas canções brasileiras:

Reis do Agronegócio


Ó donos do agrobiz, ó reis do agronegócio
Ó produtores de alimento com veneno
Vocês que aumentam todo ano sua posse
E que poluem cada palmo de terreno
E que possuem cada qual um latifúndio
E que destratam e destroem o ambiente
De cada mente de vocês olhei no fundo
E vi o quanto cada um, no fundo, mente


Vocês desterram povaréus ao léu que erram
E não empregam tanta gente como pregam
Vocês não matam nem a fome que há na terra
Nem alimentam tanto a gente como alegam
É o pequeno produtor que nos provê e os
Seus deputados não protegem, como dizem
Outra mentira de vocês, pinóquios véios
Vocês já viram como tá o seu nariz, hem?


Vocês me dizem que o brasil não desenvolve
Sem o agrebiz feroz, desenvolvimentista
Mas até hoje na verdade nunca houve
Um desenvolvimento tão destrutivista
É o que diz aquele que vocês não ouvem
O cientista, essa voz, a da ciência
Tampouco a voz da consciência os comove
Vocês só ouvem algo por conveniência


Para vocês, que emitem montes de dióxido
Para vocês, que têm um gênio neurastênico
Pobre tem mais é que comer com agrotóxico
Povo tem mais é que comer se tem transgênico
É o que acha, é o que disse um certo dia
Miss motosserrainha do desmatamento
Já o que acho é que vocês é que deviam
Diariamente só comer seu "alimento"


Vocês se elegem e legislam, feito cínicos
Em causa própria ou de empresa coligada
O frigo, a múlti de transgene e agentes químicos
Que bancam cada deputado da bancada
Té comunista cai no lobby antiecológico
Do ruralista cujo clã é um grande clube
Inclui até quem é racista e homofóbico
Vocês abafam, mas tá tudo no youtube


Vocês que enxotam o que luta por justiça
Vocês que oprimem quem produz e que preserva
Vocês que pilham, assediam e cobiçam
A terra indígena, o quilombo e a reserva
Vocês que podam e que fodem e que ferram
Quem represente pela frente uma barreira
Seja o posseiro, o seringueiro ou o sem-terra
O extrativista, o ambientalista ou a freira


Vocês que criam, matam cruelmente bois
Cujas carcaças formam um enorme lixo
Vocês que exterminam peixes, caracóis
Sapos e pássaros e abelhas do seu nicho
E que rebaixam planta, bicho e outros entes
E acham pobre, preto e índio "tudo" chucro
Por que dispensam tal desprezo a um vivente?
Por que só prezam e só pensam no seu lucro?


Eu vejo a liberdade dada aos que se põem
Além da lei, na lista do trabalho escravo
E a anistia concedida aos que destroem
O verde, a vida, sem morrer com um centavo
Com dor eu vejo cenas de horror tão fortes
Tal como eu vejo com amor a fonte linda
E além do monte o pôr-do-sol porque por sorte
Vocês não destruíram o horizonte... Ainda


Seu avião derrama a chuva de veneno
Na plantação e causa a náusea violenta
E a intoxicação "né" adultos e pequenos
Na mãe que contamina o filho que amamenta
Provoca aborto e suicídio o inseticida
Mas na mansão o fato não sensibiliza
Vocês já não tão nem aí co'aquelas vidas
Vejam como é que o ogrobiz desumaniza


Desmata minas, a amazônia, mato grosso
Infecta solo, rio, ar, lençol freático
Consome, mais do que qualquer outro negócio
Um quatrilhão de litros d'água, o que é dramático
Por tanto mal, do qual vocês não se redimem
Por tal excesso que só leva à escassez
Por essa seca, essa crise, esse crime
Não há maiores responsáveis que vocês


Eu vejo o campo de vocês ficar infértil
Num tempo um tanto longe ainda, mas não muito
E eu vejo a terra de vocês restar estéril
Num tempo cada vez mais perto, e lhes pergunto
O que será que os seus filhos acharão de
Vocês diante de um legado tão nefasto
Vocês que fazem das fazendas hoje um grande
Deserto verde só de soja, cana ou pasto?


Pelos milhares que ontem foram e amanhã serão
Mortos pelo grão-negócio de vocês
Pelos milhares dessas vítimas de câncer
De fome e sede, e fogo e bala, e de avcs
Saibam vocês, que ganham "cum" negócio desse
Muitos milhões, enquanto perdem sua alma
Que a mim não faria falta se vocês morressem
Saibam que não me causaria nenhum trauma

Que a mim não faria falta se vocês morressem
Talvez enfim a terra assim encontrasse calma

Que a mim não faria falta se vocês morressem
Saibam vocês que não me causaria nenhum trauma

Que a mim não faria falta se vocês morressem
Talvez assim a terra enfim encontrasse calma

Ó donos do agrobiz, ó reis do agronegócio
Ó produtores de alimento com veneno

Chico César

"saudade..." - Alice Ruiz


saudade
de ver salinas
sentir de novo
o cheiro do sol
nas retinas
tocar você
e ver você sentir
o que tem de sal
no meu gosto de menina

Alice Ruiz

O bom samaritano é ateu

Os menos religiosos parecem mais propensos a ajudar por empatia.

Se alguma vez – Deus queira que não – apanhar de assaltantes enquanto vai de Jerusalém a Jericó, é melhor que depois passe por ali um samaritano pouco religioso. Porque ser religioso ou ateu não deixa as pessoas melhores, mas parece condicionar a forma de entender a generosidade e o altruísmo com desconhecidos. E as pessoas menos religiosas têm uma tendência mais espontânea a ajudar o próximo, segundo os últimos estudos.
Para ler o texto completo de Javier Salas clique aqui

"É como se a cada dois dias derrubássemos um avião lotado de jovens"

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Para o diretor-executivo da Anistia Internacional no Brasil, Átila Roque, o Estado brasileiro não está conseguindo focar e dar prioridade ao enfrentamento dos altos índices de homicídio, que é a maior emergência humanitária que o Brasil vive. A Anistia lançou nesta quarta-feira (24/2), no Rio de Janeiro, o relatório completo com um debate.
Para ler a entrevista de Átila Roque clique aqui

Estamos todos conectados


Este vídeo da série "Symphony of Science", do músico estadunidense John Boswell, aborda de uma forma musical aspectos da Ciência, na voz de cientistas renomados.
Para ver o vídeo clique aqui

Os sentidos do fenômeno Sanders

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Exame do cenário norte-americano revela: quando partidos hegemônicos degradam-se, surge espaço para a alternativa.
Para ler o texto completo de Mayra Cotta clique aqui

Papéis da prisão - Entrevista a Margarida Calafate Ribeiro

Luandino Vieira e Margarida Calafate Ribeiro
Luandino Vieira e Margarida Calafate Ribeiro

Margarida Calafate Ribeiro é investigadora no Centro de Estudos Sociais (CES), da Universidade de Coimbra. É docente do doutoramento Patrimônios de Influência Portuguesa e tem sob sua responsabilidade a Cátedra Eduardo Lourenço, na Universidade de Bolonha. Doutorou-se em Estudos Portugueses em Londres, e tem-se dedicado a questões pós-coloniais, estudos da memória e literatura. Coordenou a publicação dos Papéis da Prisão de Luandino Vieira, a partir dos 17 cadernos com anotações feitas pelo autor entre 1961 a 1972, anos passados no Tarrafal como preso político. A publicação deste importante documento foi o mote para esta conversa.
Para ler a entrevista de Margarida Calafate Ribeiro clique aqui

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Precisamos falar sobre a vaidade na vida acadêmica


Combater o mito da genialidade, a perversidade dos pequenos poderes e os "donos de Foucault" é fundamental para termos uma universidade melhor.
Para ler o texto completo de Rosana Pinheiro-Machado clique aqui

Desvalorizar o OSCAR

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O status alcançado pelo OSCAR levou grande parte do mundo à imposição de um modelo criterioso na escolha das premiações do que é um bom filme, uma boa direção, um bom roteiro, uma boa atuação. O que não é legal se estamos falando de algo de infinitas facetas que é a Arte. Assim, precisamos que, por aqui em diante - através de algumas perguntas como o que é o OSCAR, na realidade?" "Quem o idealizou? Por quê? Qual a sua função hoje? Seus compromissos? Suas ideias? Suas preocupações? E o Brasil nisso? - desvalorizar o OSCAR.
Para ler o texto completo de Roberto clique aqui

Os TPC já passaram à história no Agrupamento de Escolas de Carcavelos


No agrupamento do concelho de Cascais têm sido várias as medidas adotadas contra a corrente e os resultados no ensino básico estão a melhorar.
Para ler o texto completo de Clara Viana clique aqui

"Hoje eu ultrapassei ..." - Lou Witt


Hoje eu ultrapassei o tênue fio da realidade
e escondi minhas dores na gaveta.
E na ponta da caneta derramei amores só porque hoje o dia acordou 
com cara de felicidade

Lou Witt

Modernidade da Autoajuda

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Galileu Galilei diz uma verdade que podemos demorar a entender, mas a experiência irá insistir em nos mostrar: “Não se pode ensinar nada a um homem, somente se pode ajudá-lo a encontrar a resposta dentro de si mesmo”. O típico caso do amigo que está sendo feito de trouxa em um relacionamento mas se nega a ver isso. Somos assim, acreditamos naquilo que queremos, por mais absurda que seja essa crença.
Para ler o texto completo de AHAS clique aqui

Entrevista com Faustin Linyekula, bailarino, coreógrafo e encenador da República Democrática do Congo

Faustin Linyekula, foto de Ana Brígida

Foi clandestino no Quénia onde ajudou a fundar a primeira companhia de dança contemporânea do país, tentou levar à cena um Hamlet no Rwanda com membros do tribunal internacional de justiça mas foi expulso e, em 2001, criou em Kinshasa os Studios Kabako, que no princípio eram apenas uma ideia sem lugar. Kabako era o nome de um amigo que morreu no século XX de uma doença de outros séculos: a peste bubónica.
Faustin Linyekula haveria em 2006 de fazer o percurso contrário ao desejo de muitos congoleses democráticos, completou o círculo e regressou a casa, a Kisangani, capital da Província Oriental (onde fica a cidade onde nasceu, Ubundu) da República Democrática do Congo, terra de Patrice Lumumba, o primeiro chefe de governo do Congo independente que Mobutu Sese Seseko conseguiu que os separatistas do Katanga mandassem fuzilar.
Para ler a entrevista de Faustin Linyekula clique aqui

"O Brasil é um país racista envergonhado"


“Não que a pessoa seja racista 24 horas, ela não é de um grupo de intolerância, que perpetua e divulga sua ideologia para angariar outras pessoas no mesmo sentido. A coisa do racismo está embutida na cabeça do brasileiro. O Brasil é um país racista envergonhado.''
Não, as declarações não vêm de nenhum sociólogo maluco, historiador comunista ou jornalista destemperado que tem um blog sobre direitos humanos. Elas vêm de Nelson Collino Júnior, chefe dos investigadores da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Fazem parte de boa reportagem de Guilherme Azevedo, aqui do UOL, que mostra que negros e nordestinos são as principais vítimas de discriminação em São Paulo segundo a polícia.
Para ler o texto completo de Leonardo Sakamoto clique aqui

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Equilíbrio ou caos?

EBC

Quais são os nódulos-chave que ajudam a destrinchar o aparente caos conjuntural da economia mundial?

Para ler o texto completo de Fernando Nogueira da Costa clique aqui 

"Apelo" - Viviane Barroso


Apelo

Que a Poesia chegue às minhas mãos
E eu não queira arrancar-lhe as roupas
Antes de beijá-la.
E, que ao beijá-la, 
Eu não invada em sua boca 
O espaço reservado ao seu silêncio. 
E, havendo silêncio, 
Que ele parta antes de mim.
Deixando-me a saliva da Palavra 
Ainda quente. 

Viviane Barroso

(Do livro DIVINOS CONFLITOS, Editora PENALUX,
lançamento em breve)

O violoncelista Yo Yo Ma & o dançarino Lil' Buck interpretam 'The Swan' em Beijing


Para assistir o violoncelista Yo Yo Ma & o dançarino Lil' Buck interpretarem 'The Swan' em Beijing clique no vídeo aqui 

América Latina: as bases sociais da nova direita

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Para explicar contra-ataque conservador, não basta culpar a mídia. É hora de examinar transformações da classe média e desarticulação dos setores populares.
Para ler o texto completo de Raúl Zibechi clique aqui

Cultura cidadã, agora projeto mundial


Imagine.
E se, para além de jovens recrutas em formação militar, o mundo também oferecesse formação civil, cidadã? Imagine jovens de todo o mundo, durante um ano, se exercitando em um serviço-aprendizagem nos campos da cultura, artes, comunicação, educação popular, ambiente, lazer, cidadania; 24 horas de atividade por semana (12 em formação específica e 12 em trabalho comunitário), durante 12 meses, recebendo o mesmo soldo de um recruta militar e trabalhando para suas próprias comunidades.
Para ler o texto completo de Celio Turino clique aqui 

O uso das redes sociais na divulgação científica

Fucking love science

Não basta fazer a coisa certa; é preciso dizer a todos que você está fazendo a coisa certa. O pensamento, originado na mente do magnata empresarial John Rockfeller, foi um dos grandes responsáveis por revolucionar sua imagem perante a sociedade americana: de empresário com punhos de ferro a um benfeitor respeitável. Tudo através das relações públicas. Mas, em que lugar esse pensamento se encaixaria na ciência, ou, melhor dizendo, na divulgação sobre ciência?
Para ler o texto completo de Cleyton Carlos Torres clique aqui

Ao Flaubert, o romance Moderno

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O escritor francês Gustave Flaubert foi um dos maiores nomes da história da literatura. Sua obra prima, Madame Bovary, foi considerada pioneira no modo de destrinchar a sociedade da época. Madame Bovary foi o primeiro romance moderno!
Para ler o texto completo de Danilo Brandão clique aqui

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Marilena Chauí / Entrevista: Sociedade brasileira: violência e autoritarismo por todos os lados

A filósofa Marilena Chaui prefere apostar na possibilidade de mudanças, sobretudo quando observa acontecimentos como o da ocupação das escolas públicas em 2015 / Foto Bob Sousa

Desde o início dos anos 1980, Marilena Chaui tem proposto como chave de leitura de nosso país a ideia de que a sociedade brasileira é autoritária e violenta. Em obras como Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas, de 1981 (que será reeditado em seus Escritos, publicados pela Editora Autêntica), a filósofa contraria a imagem de uma cultura nacional pretensamente formada pelo acolhimento recíproco e pela cordialidade, revelando estruturas enraizadas de hierarquização e de sedução pela autoridade.
Não se trata, porém, de considerar os brasileiros como individualmente violentos. Trata-se de esclarecer as estruturas históricas que produzem uma vida social em que o espaço público e republicano é minguado, transferindo-se ao Estado o papel de sujeito da cidadania e reproduzindo-se, no cotidiano, relações de poder.
Para ler a entrevista de Marilena Chauí clique aqui

Cuba: você tem perguntas ou está borbulhando de respostas?


queridas pessoas que me leem,
estou em cuba para lançar um livro. para saber mais, leia o primeiro texto da série. abaixo, a continuação das minhas aventuras cubanas.
as pessoas norte-americanas têm uma expressão chamada "first world problem", ou "problema de primeiro mundo": quando o maior problema da pessoa é que o seu iphone caiu no chão, etc, ao invés de problemas de "verdade". (esse site aqui, só sobre isso, é hilário.)
mas é engraçado.
eu morei por seis anos em nova orleans, uma cidade majoritariamente negra, a mais violenta e a mais desigual dos eua, virtualmente abandonada pelo seu governo durante a maior catástrofe natural do país. (eu estava lá, e esse aqui é o meu depoimento sobre o katrina.)
grande parte das pessoas norte-americanas hoje não sabem como vão pagar suas contas médicas se ficarem doentes, como vão manter os planos de saúde se perderem os empregos, como vão mandar os filhos para as caríssimas universidades, e, por isso, passam a vida estressadas, preocupadas, nervosas com essas questões básicas e vitais.
estou em cuba para lançar um livro. para saber mais, leia o primeiro texto da série. abaixo, a continuação das minhas aventuras cubanas.
as pessoas norte-americanas têm uma expressão chamada "first world problem", ou "problema de primeiro mundo": quando o maior problema da pessoa é que o seu iphone caiu no chão, etc, ao invés de problemas de "verdade". (esse site aqui, só sobre isso, é hilário.)
mas é engraçado.
eu morei por seis anos em nova orleans, uma cidade majoritariamente negra, a mais violenta e a mais desigual dos eua, virtualmente abandonada pelo seu governo durante a maior catástrofe natural do país. (eu estava lá, e esse aqui é o meu depoimento sobre o katrina.)
grande parte das pessoas norte-americanas hoje não sabem como vão pagar suas contas médicas se ficarem doentes, como vão manter os planos de saúde se perderem os empregos, como vão mandar os filhos para as caríssimas universidades, e, por isso, passam a vida estressadas, preocupadas, nervosas com essas questões básicas e vitais.
Para ler o texto completo de Alex Castro clique aqui

Daniel Dennett: Fé na Verdade


É a matemática realmente uma religião? E a ciência? Hoje em dia ouve-se muitas vezes dizer que a ciência é “apenas” mais uma religião. Há algumas semelhanças interessantes. A ciência oficial, tal como a religião oficial, tem as suas burocracias e hierarquias entre funcionários, as suas instalações grandiosas e esotéricas sem qualquer utilidade aparente para os leigos, as suas cerimônias de iniciação. Tal como uma religião decidida a alargar a sua congregação, a ciência tem uma enorme falange de missionários — que não se chamam a si mesmos missionários, mas professores.
Para ler o texto completo de Daniel Denett clique aqui


Somos novos planetas em órbita à volta da internet

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Minúsculos aparelhos tecnológicos, tão úteis quanto nefastos, sequestram-nos do mundo real e geram um novo sistema planetário, com vida mas dominado por inexistência, com inverdades e pretensões de um perfeccionismo que banaliza o real. Será que as redes sociais realmente socializam?
Para ler o texto completo de Zeiss Lacerda clique aqui

Sexo + Política = folhetim picante

Miriam Dutra reportagem

“Perguntar não ofende” saiu na Carta Capital (24/02), coluna Andante Mosso. “Por que Miriam Dutra falou após 30 anos de silêncio?” Boa pergunta a procura de uma boa resposta que Ruth de Aquino tentou buscar na Época (22/02). Concluiu que os políticos fiéis seriam uma exceção se alguém escrevesse o livro “Todas as Mulheres do Presidente” – incluindo as oficiais e as extraconjugais. Monogamia não combina com poder. E para tornar ainda mais picante esse folhetim, acrescenta-se o ingrediente vingança , imaginado por Lupicínio Rodrigues e vocalizado por Ângela Maria. “Você há de rolar como as pedras que rolam na estrada/ sem ter nunca um cantinho de seu prá poder descansar”
Para ler o texto completo de Norma Couri clique aqui

UMBERTO ECO 1932-2016: O homem que sabia de tudo

Umberto Eco ficite.blogspot.com

Ao anunciar a morte de Umberto Eco, na última sexta-feira (19/2), o jornal italiano La Reppublica publicou  um título que resume bem a importância.do escritor e sua influência futura nas mais diversas áreas do conhecimento : “Morreu Umberto Eco, o homem que sabia de tudo”.
Para ler o texto completo de Felipe Tessarolo clique aqui

FILME "45 anos" - Como vivemos as perdas na velhice

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Kate Mercer (Charlotte Rampling) está planejando a festa de comemoração dos 45 anos de casada. Porém, cinco dias antes do evento, o marido recebe uma carta: o corpo de seu primeiro amor foi encontrado congelado no meio dos Alpes Suíços. A estrutura emocional dele é seriamente abalada e Kate já não sabe se vai ter o que comemorar nos seus 45 anos de casada.
Para ler o texto completo de Fernanda Villas Boas clique aqui

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Em O Regresso, o cinema contra a criação autônoma

Alejandro Yñarrítu e Leonardo di Caprio: muito dinheiro e muito realismo digital para tentar esconder pobreza dramática

Forte concorrente ao Oscar, filme de Alejandro Yñárritu expõe limites da arte-mercadoria: muito dinheiro e técnica para inundar com imagens marcantes as plateias, como se elas não soubessem imaginar.
Para ler o texto completo de José Geraldo Couto clique aqui

Mulheres, minorias étnicas e LGBTs sofrem com 'epidemia de invisibilidade' em Hollywood, diz estudo


Pesquisa da Universidade do Sul da Califórnia conclui que indústria de cinema dos EUA vive 'crise de inclusão' e que TV é 'reduto promissor' para minorias.
Para ler o texto completo de Carolina de Assis clique aqui

Mia Couto - "Para ti"


Para ti

Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida

Mia Couto

A corrupção endêmica e o aparelhamento tucano em SP


Segundo um dos maiores juristas do país, o PSDB conseguiu aparelhar um sistema de controle sobre a Assembleia Legislativa, as Polícias, o Judiciário e o MP.

Para ler o texto completo de Tatiana Carlotti clique aqui 

Uma harpa e uma kora: duas culturas unidas para nos encantar


Catrin Finch e Seckou Keita. Ela, harpista de relevo. Ele, mestre da kora. As tradições celta e mandingo tornadas numa só. Um encontro de uma graciosidade imponente.
Para ler o texto completo clique aqui

Veja a interpretação de “Les Bras De Mer” por Catrin Finch and Seckou Keita clicando aqui

Viagem às raízes do Brasil negro

Réplica de um navio negreiro no Museu Afro de SP

Um passeio pelo Museu Afro Brasil emociona quem vai aberto a conhecer as raízes brasileiras. Com mais de 6.000 obras distribuídas em 7.000 metros quadrados, esse é o maior museu do país dedicado à cultura afro-brasileira, sediado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, em meio ao verde do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Lá, ícones nacionais como o escritor Machado de Assis, o abolicionista Luiz Gama e o guerrilheiro Carlos Marighella ganham rostos. E, para a surpresa de muitos ainda hoje, são rostos negros.
Para ler o texto completo de Camila Moraes clique aqui

Boulos: Educação sob Estado de sítio

160218-Goiás2

O ovo da serpente está sendo chocado em Goiás, na forma de militarização do ensino. Gestão militar das escolas adestra os jovens de hoje para a gestão militar da sociedade
Para ler o texto completo de Guilherme Boulos clique aqui

Cidades submarinas e arranha-céus subterrâneos: a vida dentro de 100 anos

  • Para especialistas, o fundo dos oceanos será um bom lugar para construir 'cidades-bolhas'
Um grupo de arquitetos e cientistas sugere que a vida nas cidades daqui a cem anos pode envolver drones que carregam uma casa inteira, alimentos que podem ser "impressos" em casa, cidades submarinas e prédios gigantes e subterrâneos.
Para ler o texto completo clique aqui

Hoje na História, 21 de Fevereiro de 1933 nascia Nina Simone

Nina Simone - A Single Woman - Inside photo 2

Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo nome artístico Nina Simone (Tryon, 21 de fevereiro de 1933 – Carry-le-Rouet, 21 de abril de 2003) foi uma pianista, cantora, compositora e ativista pelos direitos civis norte-americanos. É bastante conhecida nos meios musicais do jazz, mas trabalhou com diversos estilos musicais na vida, como música clássica, blues, folk, R&B, gospel e pop.
Para ler o texto completo e assistir a cinco vídeos clique aqui

O dia em que a dor foi fotografada

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Para ver uma série de fotos que retratam a dor da separação clique aqui

Claude Nougaro - "Tu Verras"


Para assistir à interpretação de "Tu Verras" na voz de Claude Nougaro clique no vídeo aqui

Por que a separação é tão difícil?


A questão da semana é o caso da internauta casada há 19 anos e que se sente muito infeliz. Ela não suporta a presença do marido ao seu lado. Diz sentir nojo dele. A questão é que ela nunca trabalhou e não tem como se separar.
Para ler o texto completo de Regina Navarro Lins clique aqui 

Batalhas e preces na nova Guerra Fria


A secretária da Força Aérea dos EUA, Deborah Lee James, e o chefe do Estado Maior dessa Força, general Mark A. Welsh III, depuseram perante a Comissão de Orçamento do Senado americano, em 10 de fevereiro, buscando convencer os membros da Câmara Alta do Congresso Nacional da necessidade de aprovar mais recursos para essa área militar, no ano fiscal de 2017, conforme notícia da própria Força Aérea.
Ambos enfatizaram que o poder aéreo do país precisa continuar aumentando e que a distância entre a Força Aérea dos EUA e a de seus mais próximos “perseguidores” continua diminuindo.
Para ler o texto completo de José Monserrat Filho clique aqui

A centelha | Bernie Sanders e o socialismo nos EUA

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Após vencer em New Hampshire e empatar em Iowa, Bernie Sanders transformou-se em um sério competidor na corrida para ser escolhido candidato do Partido Democrata nas eleições presidenciais americanas de novembro. Algumas boas razões concorrem para explicar resultados tão expressivos: em primeiro lugar, Sanders soube vocalizar as demandas das duas campanhas nacionais que atualmente inspiram os movimentos sociais estadunidenses em escala nacional, isto é, a campanha pelo salário mínimo de 15 dólares (atualmente, o salário mínimo é um pouco superior a 7 dólares) e a campanha “Black Lives Matter” em resposta à perseguição e aos assassinatos de jovens negros pela polícia. Além disso, sua plataforma eleitoral promete educação universitária e assistência à saúde gratuitas.
Para ler o texto completo de Ruy Braga clique aqui

domingo, 21 de fevereiro de 2016

ENTREVISTA / ANTÓNIO COIMBRA DE MATOS "Somos um país de medrosos"


É provavelmente o nome mais respeitado da psicanálise em Portugal. António Coimbra de Matos, 86 anos, dedicou grande parte da sua atividade ao estudo da depressão. Admite que estaremos provavelmente a viver um período de depressão colectiva. Deitamos o país no divã do psicanalista.
Para ler a entrevista clique aqui

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