sábado, 31 de outubro de 2015

"Ensaios sobre a Arrogância"

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A partir dos últimos trinta anos assistimos a uma valorização da arrogância que reveste diferentes formas de relações humanas e produz efeitos devastadores. A arrogância é um termo que cresceu com o individualismo contemporâneo, com aquilo que denominamos de narcisismo de sociedades individualistas e, no presente, com o neoliberalismo.
Para ler o texto completo de Claudine HarocheMyriam Bahia Lopes e Yves Déloye clique aqui

Reino Unido torna-se o primeiro país do mundo a aplicar a FIV com três pais


A lei, que já fora aprovada pelo Parlamento britânico em Fevereiro deste ano, entrou agora em vigor.
Para ler o texto completo de Ana Gerschenfeld clique aqui

O sonho europeu de voltar ao passado

Imigrantes europeus nos Estados Unidos

As recentes eleições na Suíça e na Polônia são bons indicadores do que vai ocorrer em outros países da Europa devido à crescente e imparável onda de refugiados. Vamos situar os acontecimentos num contexto mais vasto, mas primeiro é necessário fazer algumas considerações cruciais, sobre as quais existe um consenso cada vez maior.
Para ler o texto completo de Roberto Savio clique aqui

Zizek: superar capitalismo, ou viver em mundo triste

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Para filósofo, nada garante que revoluções derrubarão ordem atual: tudo depende de nossos gestos. E ações mais radicais são, às vezes, as que parecem menos heroicas. 
Para ler a entrevista de Slavoj Žižek clique aqui

Sicário: Soberania, uma ideia em desuso?

reprodução

Filme com Benício del Toro mostra que a CIA ainda age de modo tão brutal quanto os senhores do tráfico. 

Para ler o texto completo de Léa Maria Aarão Reis clique aqui

Razão e consciência do dano social: relato literário e histórico

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Inspiram-me nesta abordagem, de forma mais direta, o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas e os contos “Pai contra Mãe”, “A Igreja do Diabo” e “O Enfermeiro”, todos de autoria de Machado de Assis.
E por que buscar a literatura para tratar de um tema jurídico?
Para ler o texto completo de Jorge Luiz Souto Maior clique aqui

Conversa sobre Colonialismo Invertido

Joana Barrios em Cacheu, de Filipa César

A crise econômica em Portugal enviou os portugueses para as praias de antigas colônias em busca de emprego, como é evidenciado numa quantidade de artigos publicados nos últimos anos na imprensa internacional. Ao mesmo tempo, os investimentos de países como Brasil e Angola são cada vez mais importantes para a economia portuguesa. Uma expressão comum entre os portugueses é “500 anos depois, estamos a ser colonizados por eles”, numa referência a esses investimentos na economia portuguesa. Embora seja verdade que os ricos e politicamente poderosos angolanos estão a comprar parcelas de empresas portuguesas, isso não tem comparação possível com a colonização. Os angolanos não estão, por exemplo, a criar colônias em Portugal, nem a alterar a natureza e o caráter das instituições educativas, governamentais e culturais locais.
Para ler o texto completo clique aqui

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A constituição das identidades de gênero no espaço escolar com os perpasses do discurso religioso


Na pós-modernidade, as releituras incessantes na academia de estudiosos(as), as análises das práticas cotidianas, bem como são encaradas as minorias identitárias ao longo de toda a História Social provocaram pertinentes debates sobre temas-tabus, que por influência de alguns discursos que regulam e controlam a moral social, a práxis social, sob influência, velada ou latente, de uma postura castratória da Igreja ou de frentes que exercem o poder, tem possibilitado um feito positivo e mobilizado setores os mais variados nessa sociedade mais crítica, mais aberta aos diálogos que algumas de outrora; mais inquieta diante de algumas proposições e teorias plasmadas ao longo de um grande processo histórico. Essas leituras deram lugar a reflexões e revisões de posturas institucionais perante determinados sujeitos, que desde sempre foram invisibilizados e, de certa forma, legitimaram suas reivindicações por equidade e reconhecimento. 
Para ler o texto completo de Benedito Leite de Souza Júnior clique aqui

BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS: O que está em causa


É um fenômeno global a agressividade que a direita utiliza para enfrentar qualquer desafio à sua dominação. 
Para ler o texto completo de Boaventura de Sousa Santos clique aqui

"Toda a mulher é flor" - Zack Magiezi


Toda a mulher é flor

Toda a mulher é flor
e algum desavisado irá dizer:
"sim, elas são um poço de fragilidade".
não,
definitivamente não.
as flores persistem,
resistem ao frio que afasta a vida,
resistem aos duros golpes das tempestades,
ao calor que agride.
toda a flor é uma selvageria,
alma exposta em pétala,
delicadeza indomada
que perfura o mundo.
por isso eu digo:
"toda a mulher é flor" 

Zack Magiezi

O Grupo UAKTI anuncia seu fim


O grupo UAKTI anunciou seu fim no dia 15 de outubro de 2015. Grupo  de música instrumental de Belo Horizonte, teve diversas formações ao longo de sua carreira (1978 a 2015). A composição mais duradoura foi formada por Marco Antônio Guimarães, Artur Andrés Ribeiro, Paulo Sérgio Santos e Décio Ramos. O Grupo tornou-se conhecido por utilizar instrumentos musicais não convencionais, projetados por seu líder e construídos pelo próprio grupo. Durante 37 anos este grupo tão espetacular foi um grande exemplo de criatividade e compromisso com a música e a arte acima de tudo. Realizou parcerias com grandes nomes da música e até da dança, como Milton Nascimento, Philip Glass, Paul Simon, Grupo Corpo, e muitos outros...O principal compositor do UAKTI, Marco Antônio Guimarães, tem formação erudita e utiliza em suas composições um estilo composto de estruturas rítmicas complexas. Normalmente mais de um compasso é utilizado na mesma composição, quando não é utilizada métrica livre. A melodia e harmonia são compostas de forma a aproveitar as características de execução do instrumental. O estilo do UAKTI já foi comparado ao minimalismo de Steve Reich e Philip Glass. Se por um lado, as técnicas composicionais são contemporâneas, a sonoridade dos instrumentos, por outro, empresta um caráter primitivo à música do grupo. Esta dicotomia é o segredo do som do UAKTI.

Os instrumentos não convencionais construídos por Marco Antônio Guimarães são os responsáveis pela sonoridade característica do grupo. A seguir se descrevem apenas alguns dos instrumentos utilizados com mais frequência:

Pans (Tubos de PVC de diversos comprimentos, montados de forma a que suas extremidades estejam alinhadas, em uma disposição muito semelhante à de uma flauta de pan);

Marimbas (as teclas são dispostas sobre duas caixas de ressonância independentes que podem ser invertidas ou deslocadas);

Instrumentos de cordas com arco (Iarra, Chori Smetano,Torre); 

Tambores (menbranofones);

Instrumentos tradicionais (atabaques, surdos, tablas, flautas transversais, tambores tradicionais indianos. Ocasionalmente também são utilizados instrumentos de cordas como o violão e o piano, embora sua execução normalmente seja feita com baquetas e em afinações alternativas.
Para ver a interpretação de "Tiquiê River/Japurá River" clique no vídeo aqui

A felicidade é deprimente


A felicidade é deprimente

Contardo Calligaris

29/10/2015

É possível que a depressão seja o mal da nossa época.
Ela já foi imensamente popular no passado. Por exemplo, os românticos (sobretudo os artistas) achavam que ser langoroso e triste talvez fosse o único jeito autêntico de ser fascinante e profundo.
Em 1859, Baudelaire escrevia à sua mãe: "O que sinto é um imenso desânimo, uma sensação de isolamento insuportável, o medo constante de um vago infortúnio, uma desconfiança completa de minhas próprias forças, uma ausência total de desejos, uma impossibilidade de encontrar uma diversão qualquer".
Agora, Baudelaire poderia procurar alívio nas drogas, mas ele e seus contemporâneos não teriam trocado sua infelicidade pelo sorriso estereotipado das nossas fotos das férias. Para um romântico, a felicidade contente era quase sempre a marca de um espírito simplório e desinteressante.
Enfim, diferente dos românticos, o deprimido contemporâneo não curte sua fossa: ao contrário, ele quer se desfazer desse afeto, que não lhe parece ter um grande charme.
Alguns suspeitam que a depressão contemporânea seja uma invenção. Uma vez achado um remédio possível, sempre é preciso propagandear o transtorno que o tal remédio poderia curar. Nessa ótica, a depressão é um mercado maravilhoso, pois o transtorno é fácil de ser confundido com estados de espírito muito comuns: a simples tristeza, o sentimento de inadequação, um luto que dura um pouco mais do que desejaríamos etc.
De qualquer forma, o extraordinário sucesso da depressão e dos antidepressivos não existiria se nossa cultura não atribuísse um valor especial à felicidade (da qual a depressão nos privaria). Ou seja, ficamos tristes de estarmos tristes porque gostaríamos muito de sermos felizes.
Coexistem, na nossa época, dois fenômenos aparentemente contraditórios: a depressão e a valorização da felicidade. Será que nossa tristeza, então, não poderia ser um efeito do valor excessivo que atribuímos à felicidade? Quem sabe a tristeza contemporânea seja uma espécie de decepção"¦
Em agosto de 2011, I. B. Mauss e outros publicaram em "Emotion" uma pesquisa com o título: "Será que a procura da felicidade faz as pessoas infelizes?" (migre.me/rWgNC). Eles recorreram a uma medida da valorização da felicidade pelos indivíduos e, em pesquisas com duas amostras de mulheres (uma que valorizava mais a felicidade e a outra, menos), comprovaram o óbvio: sobretudo em situações positivas (por exemplo, diante de boas notícias), as pessoas que perseguem a felicidade ficam sempre particularmente decepcionadas.
Numa das pesquisas, eles induziram a valorização da felicidade: manipularam uma das amostras propondo a leitura de um falso artigo de jornal anunciando que a felicidade cura o câncer, faz viver mais tempo, aumenta a potência sexual –em suma, todas as trivialidades nunca comprovadas, mas que povoam as páginas da grande imprensa.
Depois disso, diante de boas notícias, as mulheres que tinham lido o artigo ficaram bem menos felizes do que as que não tinham sido induzidas a valorizar especialmente a felicidade.
Conclusão: na população em geral, a valorização cultural da felicidade pode ser contraprodutiva.
Mais recentemente, duas pesquisas foram muito além e mostraram que a valorização da felicidade pode ser causa de verdadeiros transtornos. A primeira, de B. Q. Ford e outros, no "Journal of Social and Clinical Psychology", descobriu que a procura desesperada da felicidade constitui um fator de risco para sintomas e diagnósticos de depressão (migre.me/rWhcK).
A pesquisa conclui que o valor cultural atribuído à felicidade leva a consequências sérias em saúde mental. Uma grande valorização da felicidade, no contexto do Ocidente, é um componente da depressão. E uma intervenção cognitiva que diminua o valor atribuído à felicidade poderia melhorar o desfecho de uma depressão. Ou seja, o que escrevo regularmente contra o ideal de felicidade talvez melhore o humor de alguém. Fico feliz.
Enfim, em 2015, uma pesquisa de Ford, Mauss e Gruber, em "Emotion" (migre.me/rWhp4), mostra que a valorização da felicidade é relacionada ao risco e ao diagnóstico de transtorno bipolar. Conclusão: cuidado, nossos ideais emocionais (tipo: o ideal de sermos felizes) têm uma função crítica na nossa saúde mental.
Como escreveu o grande John Stuart Mill, em 1873: Só são felizes os que perseguem outra coisa do que sua própria felicidade. 

FONTE: Aqui

O homem branco naquela fotografia


Às vezes as fotografias enganam. Esta, por exemplo. Representa o gesto de rebeldia de John Carlos e de Tommie Smith no dia em que ganharam medalhas pelos 200 metros nas Olimpíadas de Verão de 1968, na Cidade do México e é certo que me enganou a mim durante muito tempo. 
Para ler o artigo completo de Ricccardo Gazzaniga clique aqui

Mia Couto: "Quem é que não tem um pouco de realismo mágico?"


Em Mulheres de Cinza, I volume da trilogia As Areias do Imperador, Gungunhana ainda não é o protagonista. É mais uma presença ameaçadora que todos temem e ninguém viu. “Não quero fazer um romance histórico”, diz Mia Couto. Talvez esteja a tentar reinventar o gênero ao jeito africano.
Para ler a entrevista de Mia Couto clique aqui

Leia também “Um romance histórico relutante” de Luis Miguel Queirós clicando aqui

Leia um excerto do livro “Mulheres de cinza” de Mia Couto clique aqui

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

FILME "O último poema"


O documentário O Último Poema, da diretora Mirela Kruel, conta a história da gaúcha Helena Maria Balbinot Vicari. Helena guarda em casa, como um pequeno tesouro, uma pasta com correspondências endereçadas a ela, escritas pelo poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. Foram 24 anos de troca de cartas entre os dois, de 1962 a 1986.
Para ler o texto completo clique aqui

Eduardo Cunha, o nosso vilão do Batman


A sensação é cada vez mais estranha ao se abrir os jornais, ligar a TV no noticiário ou acessar os sites de notícias da internet. Dia após dia,Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz isso, afirma aquilo, declara aquele outro, alerta e ameaça. E nega as contas na Suíça. Tem lá sua assinatura, seu passaporte diplomático, seu endereço. Mas ele nega. O fato de negar o que a pilha de provas já demonstrou inegável é um direito de qualquer um. A maioria vai para a cadeia negando ter cometido o crime que a colocou lá. O problema são os outros verbos. Como é que tal personagem se tornou – e continua sendo – tão central na vida do país, a ponto de seguir manipulando e chantageando com as grandes questões do momento, com as votações importantes?
Para ler o texto completo de Eliane Brum clique aqui

Vamos fazer um escândalo. Não sabe o que é assédio sexual? Veja este vídeo


Na última semana, as discussões sobre assédio ganharam as redes por conta dos comentários com conotação sexual de que foi alvo uma participante do programa MasterChef Júnior, da TV Bandeirantes. Em resposta às mensagens, o coletivo feminista Think Olga lançou a campanha #PrimeiroAssédio, em que diversas pessoas, sobretudo mulheres, compartilharam episódios de abuso sofridos durante a infância e adolescência. 
Para ver o vídeo da campanha clique aqui

"Amor Líquido" - Zygmunt Bauman: Uma Resenha


Este é talvez o livro mais popular de Zygmunt Bauman no Brasil e não é uma grande surpresa. É em "Amor Líquido" que o autor explica sua análise de maneira mais próxima do cotidiano, focando as relações amorosas (até mais, analisando as relações sociais como um todo) e fornecendo material para entendermos o que é a liquidez do mundo moderno.
Para ler a resenha do livro "Amor Líquidode Vinicius bem como à versão integral clique aqui


A ideologia vermelha do Enem

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Nos anos 1990 a Folha de São Paulo era considerada um jornal de esquerda. Diferente do Estadão, ela ocupava um lugar ativo na redemocratização do país, incluindo-se no movimento das Diretas Já e, posteriormente, dos Caras-pintadas que redundou na derrubada de Collor. 
Para ler o texto completo de Christian Dunker clique aqui

Amor x Paixão


Quase todas as pessoas que responderam à enquete acreditam existir diferença entre amor e paixão.
Êxtase, euforia, apreensão, dias inquietos, noites insones… Na paixão é possível estar entre muitas pessoas e ficar preso por uma única imagem. Todos desaparecem, até a realidade se afasta do cenário e a pessoa amada se torna a única presença significativa, a única que nos importa.
Para ler o texto completo de Regina Navarro Lins clique aqui

Por que liberar armas aos "cidadãos de bem"? Para matar índio

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Nutro uma certa inveja por pessoas que demonstram um pensamento binomial. Para eles, a vida é tão simples! É A ou Z – e só. Não existe outra coisa entre um polo e outro, nenhuma área cinzenta, nenhuma dúvida, nada.
Para ler o texto completo de Leonardo Sakamoto clique aqui

terça-feira, 27 de outubro de 2015

"NATO mobiliza-se em defesa do Estado Islâmico" - José Goulão


A seita terrorista e sanguinária conhecida por “Estado Islâmico”, que também poderá designar-se Al-Qaida, Al-Nusra e Exército Livre da Síria – tiradas a limpo as consequências da existência deste – deixou de estar impune. Praticamente incólume desde que há um ano o todo-poderoso Pentágono anunciou que ia fazer-lhe guerra, bastaram-lhe agora uns dias sob fogo cerrado russo para entrar em pânico. Ou a aviação e a marinha da Rússia têm mais pontaria que as suas congêneres dos Estados Unidos da América e da NATO, o que é bastante improvável tendo em conta que não existem discrepâncias de fundo entre as tecnologias de ponta ao serviço destas potências, ou a diferença está simplesmente entre o que uns anunciam e os outros fazem. Diferença simples, mas de fundo, entre ser contra o terrorismo ou ser seu cúmplice.
Para ler o texto completo de José Goulão clique aqui

Uma janela para a mente de Marlon Brando


Este fim-de-semana no DocLisboa, Listen to me Marlon mostra pela primeira vez o resultado do mergulho de Stevan Reiley nas cerca de 300 horas de gravações áudio deixadas pela estrela.
Para ler o texto completo de Joana Amaral Cardoso clique aqui

Proposta de economista para que pobre compartilhe esposa gera protesto na China

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Um professor de economia despertou polêmica na China ao sugerir que homens de classe baixa do país compartilhem esposas como forma de lidar com a desproporcionalidade populacional de gênero no país.
Xie Zuoshi, da Universidade de Zhejiang, argumenta que relações poligâmicas evitarão o que ele considera uma “competição desleal” por parceiras nas próximas décadas.
A China tem um dos maiores desequilíbrios entre populações masculinas e femininas do mundo: para cada 100 meninas que nascem, vêm ao mundo 118 meninos. Tal desproporcionalidade é atribuída a uma combinação de dois fatores: a Política do Filho Único, instituída pelo governo chinês em 1978 como forma de controle populacional, e a estrutura patriarcal da sociedade chinesa.
Para ler o texto completo clique aqui

"Jura secreta 34" - Artur Gomes


Jura Secreta 34

te amo e amor não tem nome
pele ou sobrenome
não adianta chamar
que ele não vem quando se quer
porque tem seus próprios códigos
e segredos mas não tenha
medo pode doer pode sangrar
e ferir fundo
mas é razão de estar no mundo
nem que seja por segundo
por um beijo mesmo breve
porque te amo
no sol no sal no mar na neve

Artur Gomes


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Pode escutar este poema na voz de May Pasquetti clicando aqui

Eduardo Cunha, o misógino

Valter Campanato / Agência Brasil

É cada vez mais escandalosa a permanência do presidente da Câmara dos Deputados deste país legislando e ainda instalado na cadeira de segundo sucessor do cargo máximo da República; mesmo a considerar a histórica lentidão da justiça seletiva classista praticada no Brasil. Espantoso também é o relativo silêncio (embora esta semana, dia 28 às 18 horas, esteja marcado protesto de organizações femininas, na Cinelândia, no Rio de Janeiro) que ronda as mulheres não apenas diante das pautas de votações e aprovações que tal patético personagem vem propiciando na sua prática de chantagem desabusada ao sabor de interesses pessoais e compromissos vergonhosos com a bancada religiosa, de sua propriedade.
Para ler o texto completo clique aqui

HUMOR: Seja homem, já que sua mãe não foi!


A frase que intitula este texto era, numa época, em alguns lugares, uma forma brincalhona de chamar um sujeito à responsabilidade, a tomar uma atitude decente.
Bem, o que é “ser homem”? Há muitos conceitos: sociológico, biológico e outros funcionando mais como adjetivos.
Para ler o texto completo de Mouzar Benedito clique aqui

FERNANDO SAVATER: "É importante escutar os problemas dos professores"


Espanhol, de origem basca, Fernando Savater é filósofo por formação, mas não se considera propriamente um pensador, e sim um Professor de filosofia. É no Ensino, não apenas como profissão, mas como militância, que Savater vem desenvolvendo a maior parte de sua atividade intelectual desde 1970: é autor de oito dezenas de livros, alguns traduzidos para mais de 20 idiomas, muitos deles dedicados a provocar leitores jovens sobre questões cruciais da ética e da filosofia.
Para ler a entrevista de Fernando Savater clique aqui

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"Todo preconceituoso é covarde. O ofendido precisa compreender isso", Mario Sergio Cortella

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Violência urbana, desconfiança no outro, terrorismo. As ameaças do cotidiano que minam nossas forças são o tema desta conversa com o filósofo Mario Sergio Cortella. E ele sugere como agir diante das aflições sem perder a alegria de viver.
Para ler a entrevista de Mario Sergio Cortella clique aqui

A filha do "Cavaleiro da Esperança"


Luiz Carlos Prestes chefiou duas revoltas militares e determinou a vida do Partido Comunista do Brasil durante cinco décadas. A filha e historiadora Anita Prestes lança agora a sua biografia política.
Para ler o texto de São José Almeida clique aqui

"Confidência" - Mia Couto


Confidência
                                                                                         
Diz o meu nome
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem os lábios
sopra-o com a suavidade
de uma confidência
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça


Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno


Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci


Porque a minha mão infatigável
procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos


No húmido centro da noite
diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome.

Mia Couto

Khilá (des)encontros da voz na travessia Brasil - Moçambique


Esta tese é o desdobramento e aprofundamento de uma investigação sobre a voz como devir. Nela constata-se que a literatura, a filosofia e a arte são instrumentos fundamentais para que a voz reverbere não só na produção de uma composição, mas também no efeito que ela causa. Busca-se destacar que a voz, como presença, silêncio, escuta, música, testemunho, transmissão e memória pode ser articulada a partir das enunciações de Deleuze e Guattari, Roland Barthes, Derrida, Wassily Kandinsky, Paulette Roulon-Doko, Paul Zumthor, como também dos moçambicanos Malangatana Ngwenya, Francisco Noa, Isabel Noronha, Ungulane Ba Ka Khossa e Mia Couto. O resultado constitui uma reflexão sobre a viagem e a formação a partir dos movimentos que se concretizam pela escrita tornada voz no rastro traçado num diário de bordo. Partindo do princípio de que todo professor e toda professora são viajantes, o que encontramos nessa viagem chamada Educação? Enquanto produção de voz que esta tese evoca, o diário torna-se metáfora de um espaço de escrita reflexiva, de atenção a si próprio, constitui-se como instrumento de criação de pausa para que a experiência se dê.
Para ler a tese completa de Roselete Fagundes de Aviz de Souza clique aqui
Observação: O autor do blog foi co-orientador de Roselete e fez parte desta banca de doutorado realizada na Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis em 2012.

Adele - "Hello'


Para ver a interpretação de "Hello'  na voz de Adele clique no vídeo aqui

Assim funcionam os tribunais de exceção do capital


Reportagem investiga ponto cego da globalização: os tribunais paralelos em que corporações processam Estados, quando estes ousam ampliar direitos e questionar lógica do lucro máximo. 
Para ler o texto completo de Claire Provost e Matt Kennard clique aqui

Retrocessos nos direitos e obscurantismo: quem ganha com a onda ultra-conservadora que ameaça a democracia no Brasil?

flávia biroli blog da boitempo retrocesso

Um conjunto de retrocessos nos direitos das pessoas está em curso no Congresso Nacional hoje. Baseados em visões contrárias aos direitos dos trabalhadores, aos direitos humanos e aos direitos individuais que concernem a expressão, a sexualidade e a autonomia das mulheres, poderão anular décadas de conquistas e os passos dados para a construção de uma sociedade mais democrática e mais justa.
Para ler o texto completo de Flavia Biroli clique aqui

sábado, 24 de outubro de 2015

"Não o Sonho" - Manuel António Pina


Não o Sonho

Talvez sejas a breve
recordação de um sonho
de que alguém (talvez tu) acordou
(não o sonho, mas a recordação dele),
um sonho parado de que restam
apenas imagens desfeitas, pressentimentos.
Também eu não me lembro,
também eu estou preso nos meus sentidos
sem poder sair. Se pudesses ouvir,
aqui dentro, o barulho que fazem os meus sentidos,
animais acossados e perdidos
tacteando! Os meus sentidos expulsaram-me de mim,
desamarraram-me de mim e agora
só me lembro pelo lado de fora.


Manuel António Pina

Rússia, China e Obama já perceberam que EUA não são mais uma "hiperpotência"


Toda iniciativa de Vladimir Putin suscita, em geral, dois tipos de reação no Ocidente. Com admiração, as pessoas se surpreendem diante do grande estrategista do Kremlin, um gênio no cenário internacional. Com consternação e um tanto de condescendência, as pessoas se questionam quanto à passividade de Barack Obama, um receoso num mundo de brutos.
Para ler o texto completo de Alain Frachon clique aqui

Sebastião Salgado: A anarquia da luz


As imagens de O sal da Terra são excepcionalmente belas. Mais que isso: contundentes, impressionantes, intensas. E tristes. Trata-se de uma beleza crua, na maioria das vezes entalhada em dor profunda, maciça. Quem já teve a oportunidade de ver as fotografias produzidas por Sebastião Salgado, atendo-se aos olhos dos personagens sofridos, quase sempre destacando-se de corpos esquálidos, dificilmente se esquecerá da imagem. Porém, se por um lado as cenas expostas na tela provocam desconforto, por outro prevalece o consolo falsamente protetor garantido pela distância entre espectador e imagem. O trabalho de Salgado se propõe a fazer essa ponte, aproximando mundos. No documentário, é mostrada de forma poética a saga do mineiro de Aimorés que, depois de já formado em economia, se encanta com a fotografia. Vivendo na Europa, casado e pai, renuncia a um promissor emprego burocrático em sua área de formação e sai pelo mundo retratando cenas fortes de violência, miséria e natureza exuberante.
Para ler o texto completo de Glaucia Leal clique aqui

Casadas mantêm mais relações sexuais indesejadas do que as prostitutas


A questão da semana é o caso do internauta que é casado há 11 anos, mas de cinco anos para cá sua mulher foge do sexo. Ele já tentou tudo, mas não tem jeito. Ela sempre evita dizendo que está cansada. Ele não sabe se termina o casamento ou procura outras mulheres.
O problema que o internauta está vivendo é mais comum do que se imagina. É grande o número de mulheres, que amam seus maridos, mas não sentem vontade fazer sexo com eles, que precisam se impacientar, reclamar, para que elas se submetam aos seus desejos.
Para ler o texto completo de Regina Navarrro Lins clique aqui

"Um filme de horror" - Vladimir Safatle


Alguém que tivesse ido embora do Brasil em 2011 e voltasse agora acreditaria ter errado de país. Nada sobrou daquele país que acreditava estar em marcha irresistível para se transformar na quinta economia mundial e cuja presidenta alcançava cumes de popularidade. País que se vangloriava de ter escapado da crise de 2008 com uma impressionante velocidade de recuperação, além de vender para o mundo a imagem de ser o único BRIC que poderia realmente dizer possuir uma democracia consolidada.
Para ler o texto completo "Um filme de horror" de Vladimir Safatle clique no título 13 aqui

Charleston na cidade do Porto (Portugal)


Quando a paixão pela dança acompanha a beleza da cidade a magia acontece. 
Confira esta afirmação usufruindo da dança e da beleza da cidade do Porto clicando aqui

Libertar-se do papel de macho-idiota ou ser vetor do sofrimento alheio?


Faz tempo que não sentia tanta vergonha alheia como nos últimos dias. A quantidade de besteira que escorreu em blogs e nas redes sociais como resposta de muitos homens (sic) às mulheres que resolveram não ficarem caladas diante da violência sexual digital contra uma participante de 12 anos do programa Masterchef foi deprimente.
Para ler o texto completo de Leonardo Sakamoto clique aqui

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Estudantes dizem: Tirem a bandeira do Mississippi do nosso campus!

Abaixem a bandeira, afirmavam estudantes em manifestação contra símbolos confederados. Fonte: Will Frierson/The Nation

Em votação histórica, associação dos alunos de universidade aprovam retirada de símbolo confederado da instituição. 

Para ler o texto completo de Luka clique aqui

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