domingo, 30 de abril de 2017

"Não sou nada ..." - Casimiro de Brito

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Não sou nada e nada
tenho. Amo-te apenas. Não sou
jovem nem audacioso nem belo
nem coisa nenhuma sou. Mas amo-te
e é como se fosse capaz de tocar numa estrela
quando em ti toco. Amo-te
e mais nada. Esse o meu poder os meus
teres e haveres e mais não quero
senão amar-te saibas ou não
quem eu sou onde estou sequer
se existo. Que tu existas
faz-me feliz. Deito-me nu na areia
e penso que és tu quem a meu lado
repousa. E depois
mergulho nas águas tépidas
e sinto que é em ti que
mergulho e que por lá fico
oceano e gota de água
extasiado.


Casimiro de Brito

Milagre ou construção? Há uma Fátima diferente para cada um

Centenas de milhares de pessoas fazem todos os anos centenas de quilómetros até Fátima

O PÚBLICO falou com personalidades sem crença religiosa de diversas áreas para tentar perceber como olham para o fenômeno que nasceu na Cova da Iria. 
Para ler o texto completo de Camilo Soldado clique aqui

O que faz de alguém um extraordinário altruísta?

Eva Carasol/PÚBLICO

Há pessoas generosas, altruístas e depois há as que valorizam o bem-estar de estranhos de uma forma rara, invulgar. São as que, por exemplo, doam um rim a um completo desconhecido. São os extraordinários altruístas. Um estudo publicado esta sexta-feira na edição online da revista Nature Human Behaviour revela que este comportamento extremo não está relacionado com uma percepção distorcida das distâncias sociais e que, na verdade, acontece porque estas pessoas se preocupam mesmo mais com o bem-estar de estranhos. 
Para ler o texto completo de Andrea Cunha Freitas clique aqui

Filme "Central do Brasil"

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Dora (Fernanda Montenegro) trabalha escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ainda que a escrivã não envie todas as cartas que escreve - as cartas que considera inúteis ou fantasiosas demais -, ela decide ajudar um menino (Vinícius de Oliveira), após sua mãe ser atropelada, a tentar encontrar o pai que nunca conheceu, no interior do Nordeste.
Para assistir a esta obra prima de Walter Salles clique no vídeo aqui

Os números não mentem: rolo compressor midiático trabalha em favor das reformas


Em junho do ano passado, Otávio Frias Filho, diretor editorial e um dos herdeiros da Folha de S.Paulo, participou de uma conferência em Londres em que se discutiu o papel da mídia na crise política brasileira. Uma das convidadas era a jornalista britânica Sue Branford, que criticou a falta de pluralidade da imprensa e apontou o maciço apoio dos grandes veículos de comunicação ao processo de impeachment de Dilma. Irritado, Frias tentou desqualificá-la ao dizer que sua visão correspondia à da “militância do PT” e completou dizendo que a “mídia não manipula ninguém”. Em outro momento da conferência, defendeu a Folha ao dizer que a empresa tratou de forma igualmente crítica os governos FHC, Lula e Dilma – e que o mesmo aconteceria com Temer.
Quem acompanha o noticiário com um mínimo de atenção e está com as faculdades mentais em ordem, sabe que essa é uma grande falácia. A cobertura da grande mídia é tendenciosa e alinhada aos interesses das forças políticas conservadoras, do mercado financeiro e à agenda ultra neoliberal hoje representada por PMDB e PSDB. 
Para ler o texto completo de João Filho clique aqui

Leia “A polêmica cobertura da greve geral” de Francisco F. Ladeira e Vicente de Paula Leão clicando aqui

Para o autor da biografia proibida de Roberto Carlos não há outro rei no Brasil


Paulo César de Araújo escreveu a história de Roberto Carlos mas os livros ficaram no armazém. Nunca deixou de ouvir as canções e de adorar o rei: "Sou um dos milhões de amigos que ele desejou ter”. 
Para ler o texto de Luis Freitas Branco clique aqui

A memória da escravatura é "dolorosa de se ver" e não cabe numa vitrine


Exposição do museu de Arqueologia associa-se a um projeto que quer resgatar das coleções de museus, arquivos e bibliotecas de Lisboa testemunhos do tráfico de escravos, em que Portugal teve um papel central durante 400 anos. 
Para ler o texto completo de Lucinda Canelas clique aqui

sábado, 29 de abril de 2017

"Bebo na fonte — sou um vento... " - Casimiro de Brito

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Bebo na fonte — sou um vento
que separa as flores secas
das raízes humildes dos últimos
jardins — tal as lágrimas felizes
bebo o teu perfume a tua promessa
de vinho. Procuro nos teus caminhos secretos
o fim do luto o silêncio dos abismos tranquilos
onde a sombra do lago é uma cama
esquecida. Entro
na ardência oculta
saboreando a migração das noites brancas.
O meu sangue converte-se em laranja.
E tu, meu amor, o que esperas tu,
deste navegador das trevas?


Casimiro de Brito

Resenha a Geometrias da Memória: configurações pós-coloniais

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O livro Geometrias da Memória: configurações pós-coloniais é o primeiro volume da série “Memoirs – Filhos de Império”, do grupo de pesquisa de mesmo nome MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-memorias Europeias financiado pelo Conselho Europeu de Pesquisa (ERC). Organizado por António Sousa Ribeiro e Margarida Calafate Ribeiro, o livro interroga o lugar da memória e da pós memória colonial na narrativa da historia europeia.
Para ler o texto completo de Fernanda Vilar clique aqui

Pesquisadores da UFABC abrem financiamento coletivo para 'imprimir' e montar laboratório maker

Montagem do que seria o WikiLab no campus da UFABC, em São Bernardo do Campo

WikiLab irá abrigar, em casa 'impressa' em painéis de madeira encaixáveis, a comunidade hacker e maker da região e o Laboratório de Tecnologias Livres da universidade. 
Para ler o texto completo clique aqui

"Arca Russa" de Aleksandr Sokúrov - Filme Completo

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Um aristocrata francês passeia pelos corredores de um museu e encontra diversos personagens notáveis da história da Rússia. Arca Russa foi filmado numa única tomada ininterrupta, sendo assim, é contínuo tal qual no teatro. O filme toma emprestado o mito da Arca de Noé, neste caso, o Museu Hermitage, de São Petesburgo, com suas obras de arte de valor incalculável, seria a arca que enfrentaria o "dilúvio", no caso a Revolução Russa de 1917.
Arca Russa, é uma deslumbrante obra-prima do russo Aleksandr Sokúrov, um dos maiores cineastas da atualidade.
Ela apresenta um museu como um ser vivo, uma entidade que respira e tem personalidade própria. Sokúrov empresta alma ao colossal palacete do Hermitage, em São Petersburgo, um dos maiores museus do mundo, testemunho da saga russa ao longo dos séculos. Arca Russa foi filmado em um plano-sequência único, sem cortes, que dura 97 minutos e atravessa 35 salas do museu, transformando a tela de cinema em um quadro vivo por onde desfilam três séculos de história: Pedro, o Grande; Catarina II; Nicolau l; Nicolau II e Alexandra Feodorovna; a última ceia dos Romanov, que é contraposta à Santa Ceia; o baile que encerra o filme e funciona como metáfora para os derradeiros brilhos do Império Russo.
Foram utilizados cerca de três mil figurantes na filmagem, que aconteceu em 23 de dezembro de 2001. Contudo, lembra Sokúrov, é um erro dizer que o filme foi feito em um único dia: a ideia surgiu há 15 anos e só a preparação levou sete meses. O filme ganhou o prêmio IFC Visions no Festival de Cinema de Toronto 2002 como melhor filme.
Simbiose perfeita de cinema, história e artes plásticas, Arca Russa é uma experiência visual única e inesquecível.

Para ver o filme clique no vídeo aqui

Um sardo no mundo grande e terrível

Um sardo no mundo grande e terrível

O pensamento de Antonio Gramsci demonstra vitalidade na periferia do capitalismo, 80 anos após a sua morte. 

Para ler o texto completo de Alvaro Bianchi clique aqui


Leia "Gramsci vivo, 80 anos depois de sua morte" de Carlos Eduardo Rebuá clique aqui

Ana Moura - "O meu amor foi para o Brasil"

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Para assistir à interpretação de "O meu amor foi para o Brasil" na voz de Ana Moura clique aqui

Governo diz que greve foi fracasso. Mas aguenta esse "fracasso" todo mês?

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Após uma ação que divide opiniões, como uma greve geral, é natural que grupos envolvidos declarem que ela foi um sucesso ou um fracasso. O que inclui governo, sindicatos, movimentos sociais, mídia. Essa disputa tem como objetivo tentar colar junto à sociedade um significado no que aconteceu para que, a partir daí, os desdobramentos caminhem na direção que cada grupo defende. 
Para ler o texto completo de Leonardo Sakamoto clique aqui

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Leia o texto "Greve nacional impulsionada pela conhecida dinâmica global de corrupção e impunidade da elite" de Glenn Greenwald clicando aqui

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Filme "Lavoura Arcaica": A primeira obra-prima do cinema brasileiro do século XXI

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“Lavoura Arcaica” é um filme brasileiro de 2001, do gênero drama, dirigido por Luiz Fernando Carvalho. O roteiro é baseado no romance homônimo de Raduan Nassar, publicado em 1975. Lavoura Arcaica narra em primeira pessoa a história de André, que se rebela contra as tradições agrárias e patriarcais impostas por seu pai e foge para a cidade, onde espera encontrar uma vida diferente da que vivia na fazenda de sua família. Quando é encontrado em uma pensão suja em um vilarejo por seu irmão Pedro, passa a contar-lhe, de forma amarga, as razões de sua fuga e do conflito contra os valores paternos. Sem ordem cronológica, André faz uma jornada sensível a sua infância, contrapondo os carinhos maternos e os ensinamentos quase punitivos do pai. Este valoriza acima de tudo o tempo, a paciência, a família e a terra, fiado na doutrina cristã. Mas André não aceita esses valores. Ele tem pressa, quer ser o profeta de sua própria história e viver com intensidade incompatível com a lentidão do crescimento das plantas. Nesse trajeto, a paixão incestuosa por sua irmã Ana, e sua rejeição, exercem papel fundamental na decisão de fugir da casa da família. A mãe desesperada manda o primogênito Pedro buscá-lo para tentar reconstruir a paz familiar. Trazido de volta para a fazenda, André é recebido por seu pai em uma longa conversa e uma festa que, ao invés de resolverem o conflito, evidenciam a distância intransponível entre as gerações. Por essa razão, a história é muitas vezes descrita como uma versão invertida da parábola do filho pródigo.
A trilha sonora foi realizada com a presença do compositor Marco Antônio Guimarães, líder do grupo instrumental mineiro Uakti, durante as leituras do filme. A música de Guimarães utiliza temas típicos da música árabe e faz uma citação d'A paixão segundo São Mateus de Bach. Muitas cenas não têm diálogos, apenas a música, que toca às vezes por vários minutos.
Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Considerado por muitos como um trabalho brilhante e um dos melhores filmes brasileiros dos últimos anos, Para o escritor e psicanalista Renato Tardivo, autor de Porvir que vem antes de tudo – literatura e cinema em Lavoura Arcaica, o filme é uma das mais importantes obras do cinema brasileiro “de todos os tempos”. O crítico Carlos Alberto de Mattos (do jornal Estado de São Paulo) considera “Lavoura Arcaica”  “A primeira obra-prima do cinema brasileiro do século XXI”. A obra foi celebrada pela crítica em diversos países e, segundo a revista francesa Cahiers du Cinéma, Lavoura Arcaica é "um poema bárbaro às margens da alucinação, de um poder extraordinário". Sem receio de exagero estamos perante um Bergman dos trópicos! Um poema visual (sedução, erotismo e violência simbólica), numa história contada com mão segura sobre facetas menos luminosas da instituição familiar. Excepcional desempenho dos principais protagonistas.
O filme teve uma carreira bem-sucedida em diversos festivais nacionais e internacionais, recebendo mais de 50 prêmios.
Para ler uma crítica do filme por Luiz Santiago clique aqui

Para ver o filme completo clique no vídeo aqui

Mulher: o elo mais fraco da "guerra às drogas"

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A desigualdade de gênero permeia nossa vida em sociedade. No mercado de trabalho, nas universidades e no aparato burocrático do Estado muitas mulheres sofrem com o machismo estrutural, ficando à margem dos cargos, discussões e do desenvolvimento de políticas [situação que se agrava quando analisamos as diferenças de raça e classe]. Problema que transcende para o mundo da criminalidade. O resultado observado é um círculo vicioso de discriminação e penalização de centenas de mulheres. 
Para ler o texto completo de Helena Salim de Castro clique aqui

Aula Pública com Rodolpho Santos: imprensa inventou expressão 'disco voador' durante Guerra Fria


Da Guerra Fria à análise de jornais brasileiros, professor do IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais) explica como a representação de extraterrestres foi construída historicamente. 
Para ler o texto completo e assistir ao vídeo da Aula Pública de Rodolpho Santos clique aqui

Um ano depois do golpe, 10 fatos provam: a vida dos pobres virou um inferno


Um ano depois do golpe de Estado perpetrado pelas elites do país que tomaram de assalto os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, é possível identificar claramente:1) o objetivo único da operação;2) o método da operação
Para ler o texto completo de Mauro Lopes clique aqui

"Branco no branco, cantou..." - Casimiro de Brito

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Branco no branco, cantou
Bashô. Despes o vestido,
dispo o teu corpo.
A tua sombra na parede
branca. Sorris.
Apagas a luz.
Sabes que a tela da tua pele
me vai iluminar.
Debruças-te no meu peito:
sabes que o teu hálito me vai
acender. Branco
no branco.
Derramados
um no outro. Quem é luz?
Quem é sombra?
A cotovia
começa a cantar.


Casimiro de Brito

Mãe, a guerra

Delta Moreira, 90 anos

Abril de 1974 pôs fim a uma guerra colonial devastadora da juventude portuguesa e geradora de oceanos de dor em milhares de mães destroçadas pela morte dos filhos. 
Para ler o texto completo de Valdemar Cruz clique aqui

O sino da morte está batendo para o licenciamento — e ninguém dá a mínima


EU SEI, está difícil competir pelo noticiário com a delação da Odebrecht e as ameaças de guerra nuclear entre Estados Unidos e Coreia do Norte. Mas peço um segundinho da atenção do leitor para dar um aviso singelo: o licenciamento ambiental está sendo implodido no país neste exato momento. E, aparentemente, ninguém está dando a mínima. 
Para ler o texto completo de Claudio Angelo clique aqui

Criolo - "Espiral de Ilusão" (Álbum Completo) - 2017

Criolo

O rapper paulistano Criolo lançou nesta sexta-feira, 28, um novo álbum de inéditas. Espiral de Ilusão, que está disponível no YouTube – além das plataformas de streaming e download gratuito –, é o quarto disco solo cheio da carreira do artista. Em seu mais novo álbum, Criolo decidiu mostrar uma nova faceta sua para o público. Ligado ao universo do rap e hip hop, o artista lançou todo um álbum dedicado ao samba de raiz. "Espiral de Ilusão" tem 10 faixas inéditas em pouco mais de 30 minutos que não escondem seu débito para com gigantes como Cartola, Noel Rosa, Paulinho da Viola e Martinho da Vila. Os arranjos com instrumentação acústica - com violão de sete cordas, cuíca, flauta.. - ajudam a criar o clima intimista, algo fundamental nos grandes discos do gênero. Apesar da mudança de estilo, as letras do artista seguem contestatórias e politizadas, com muitas delas tratando de problemas do Brasil atual. 
Ouça o disco na íntegra clicando aqui

Por que a América Latina está matando jornalistas

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México registra três assassinatos apenas em março. Homicídios dispararam a partir de 2010, em todo o continente: oligarquias locais sentem-se impunes para frear investigações a bala.
Para ler o texto completo de Guilherme Henrique clique aqui

Os sonhos estético-políticos de Antonioni

170426-Zabriskie

Começa retrospectiva completa de grande diretor italiano. Vale conhecer, em especial, fase em que, além da experimentação formal, ele vasculha temas atualíssimos como cultura pop, utopias erótico-libertárias e fraturas geopolíticas globais.
Para ler o texto completo de José Geraldo Couto clique aqui

Partidos são cartórios

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Como os cartórios, eles são intermediários privados entre o cidadão e o Estado. E não muito mais que isso. 
Para ler o texto completo de Denis R. Burgierman clique aqui

Por que precisamos da criptografia

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Em tempos de vigilância e controle, cresce interesse pela CryptoRave — evento anual que difunde técnicas e ferramentas para garantia de privacidade. 
Para ler o texto completo de Marina Pita clique aqui

Os muros do mundo: 21 fronteiras históricas

Ao longo da fronteira entre o México e os Estados Unidos, quase a mesma distância que há entre Porto Alegre e Salvador, é possível encontrar todos os ambientes possíveis. Desde agitadas cidades como Tecate, Nogales e Reynosa aos misteriosos desertos de Sonora e Chihuahua. Dos rios Bravo e Colorado à discreta presença dos indígenas Kumiai, Hopi e Paipai e às fábricas e maquilas de Cidade Juárez. Nos 3.185 quilômetros de fronteira entre dois países, o uivo dos coiotes e o zumbido do vento são ouvidos com a mesma naturalidade com que os arbustos se movem de um para o outro lado da linha divisória, arrastados pelo vento.

Barreiras fronteiriças são construídas para evitar a entrada de migrantes, traficantes ou inimigos. Depois da queda do Muro de Berlim, restavam apenas 11 deles no mundo. Atualmente, a cifra subiu para 70. 

Para ver 21 dessas fronteiras históricas clique aqui

4 pontos para prestar atenção na greve geral de 28 de abril

Metrô de São Paulo em greve

Centrais sindicais e diversas categorias prometem parar o país em protesto contra as reformas. Atos podem ser relevantes para momento político do governo Temer.
Para ler o texto completo de Lilian Venturini clique aqui

Leia "Vagabundo" não é quem faz greve. É quem se nega a estudar História" de Leonardo Sakamoto clique aqui


quarta-feira, 26 de abril de 2017

"Cântico Lamento" - Encandescente

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Cântico Lamento


-Que farás quando eu me for?
-Procurar-te-ei em todos os recantos
Percorrerei todas as ruas
Pisarei todas as calçadas
Refarei todos os teus passos
Gritarei nas ruas o teu nome
Acordarei a cidade
E até te reencontrar não dormirei.
-E se não me encontrares?
-Então...
Ficarei preso no tempo
Em que estavas presente
Voltarei aos lugares
Onde juntos fomos um
Amaldiçoarei as estrelas
Por brilharem sem tu estares
Cantarei revolta à lua
Por sem ti não se extinguir
E direi baixinho o teu nome
Para que ouças o meu lamento
E viverei para o momento
Em que sejas de novo presente
E te direi:
-Meu amor quanta demora.

Futuro do Brasil enfrenta semana decisiva

.

Praticamente toda população economicamente ativa será atingida pela fragilização

e precarização da força de trabalho, e será impedida de recorrer à justiça. 

Para ler o texto completo de Edson Carneiro Índio clique aqui

Quem são os 'disfóricos de gênero'? A relação entre cultura e saúde mental no DSM-5


Não há nenhum indicador objetivo, quantificável, repetível para se definir os 'disfóricos de gênero'. São as normas sociais hegemônicas definidoras do que é apropriado às meninas e aos meninos que guiam o olhar do psiquiatra. 
Para ler o texto completo de Berenice Bento clique aqui

Dez filmes sobre a Revolução dos Cravos no Youtube


O Esquerda.net fez uma seleção de filmes no Youtube dedicados ao 25 de abril, que inclui uma ficção documental, documentários e entrevistas. Destaque para a série ficcionada “A Hora da Liberdade”, para documentários como “Bom povo português” e “25 de Abril - Uma Aventura Para a Demokracya”, e para a última entrevista de Salgueiro Maia, um dos principais protagonistas dos acontecimentos do dia 25 de Abril de 1974. 
Para assistir aos dez filmes clique aqui

Nakba: Quando Israel promoveu sua "limpeza étnica"

170422-Nakba

Sai, no Brasil, livro que relata realidade sempre ocultada: a expulsão de centenas de milhares de palestinos, em 1948, para criar Estado judeu no Oriente Médio.
Para ler o texto completo de Reginaldo Nasser clique aqui

Leia “A Casa Vermelha, onde o massacre palestino começou” de Ilan Pappé clicando aqui




Quer dizer, então, que a periferia é liberal?

Gavin Adams é artista plástico e pesquisador

O que uma pesquisa recente revela sobre os limites do pensamento científico. E os possíveis caminhos para uma ciência comprometida com formas de vida mais solidárias e emancipatórias.
Para ler o texto completo de Alana Moraes, Henrique Parra, Hugo Albuquerque, Jean Tible e Salvador Schavelzon clique aqui

Teresa Cristina: "O samba reflete o machismo, mas de um modo menos hipócrita"

Teresa Cristina Caetano

A sambista carioca evita letras machistas que embalam clássicos da música popular

Teresa parte para a Espanha, onde se apresenta em dueto com Caetano Veloso. 

Para ler a entrevista de Teresa Cristina clique aqui

terça-feira, 25 de abril de 2017

Qual o resultado da combinação entre Salvador Dalí e realidade virtual

Quadro de Dalí em perspectiva diferente em realidade virtual.

Obra do artista espanhol, um dos mais badalados do século 20, pode ser vista neste vídeo 360º. 
Para ler o texto de Matheus Pimentel e assistir ao vídeo clique aqui


"Beijemos o que nos falta beijar..." - Casimiro de Brito

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Beijemos o que nos falta beijar
aproxima-se a noite e a noite
cerrará nossos lábios de pedra

E em nossa carne estenderá
seus cabelos luminosos beijemos
quem temos para beijar

Enquanto a lâmina das lágrimas
excede a música do poema
beijemos quem nos falta beijar

Aproxima-se a noite a morte
que nos separa de nós mesmos
beijemos quem não beijámos ainda


Casimiro de Brito

Mr. Brightside - 1940s Rat Pack Style The Killers Cover ft. Blake Lewis

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Para assistir à interpretação de "Mr. Brightside - 1940s Rat Pack Style" pelos The Killers Cover ft. Blake Lewis clique no vídeo aqui

'Maafa': o grande desastre


A cultura portuguesa ostenta, ainda hoje, escassíssima consciência de um facto histórico indisputável: Portugal escravizou ao longo de três séculos um número de pessoas bem superior ao da sua população à data da abolição da escravatura e foi responsável por quase metade de toda a escravização africana ao longo do período colonial.  Milhões, pelo menos três — talvez cinco ou mesmo seis —, são a nossa conta no multissecular facto a que a antropóloga africanista Marimba Ani chamou em Swuali ‘Maafa’: o grande desastre. Para ler o texto completo de André Barata clique aqui

Robert Fisk: as crianças que não contam

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Duas semanas depois de curioso ataque com gás sarin, terroristas financiados pelo Ocidente explodiram comboio de refugiados, matando 126 sírios, entre os quais 80 crianças. Desta vez, ninguém chorou.
Para ler o texto completo de Robert Fisk clique aqui

Tiradentes, herói sem nenhum caráter?

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“Joaquim”, filme de Marcelo Gomes, humaniza o líder da Inconfidência, apresentando-o como personagem contraditório de uma civilização embrionária e brutal — porém fecunda, múltipla e, portanto, desafiadora.
Para ler o texto completo de José Geraldo Couto clique aqui
Leia “Joaquim” de Amanda Aouad clicando aqui

Para assistir ao trailer do filme “Joaquim” clique aqui

"Mentira pura!": desmontando argumentos do governo sobre a reforma da previdência


"Tem muita gente falando muitas mentiras a respeito da Previdência”, alerta logo de início o vídeo “Minuto da Previdência” produzido pelo governo federal. Publicado no canal do YouTube “Portal Brasil” no dia 13 de abril e replicado em canais de televisão desde então, o vídeo afirma que uma das falácias disseminadas seria a necessidade de trabalhar 49 anos para ter aposentadoria integral. “Mentira pura!”, afirma categoricamente a apresentadora. Cinco dias depois, no entanto, um documento produzido pela equipe do deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da reforma, propunha a redução dos tais 49 anos para 40 anos. O vídeo — e o constrangimento — permanece no ar. 
Para ler o texto completo de Helena Borges clique aqui

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Gil, Elza e mais artistas se unem em canção de 14 minutos a favor de índios

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Foi lançado nesta segunda-feira (24) o clipe da música "Demarcação Já", composição de Carlos Rennó com Chico César. Com mais de cem versos divididos em 21 partes, a canção manifesto reuniu grandes nomes da de várias gerações da música e das artes. Com 14 minutos de duração, "Demarcação Já" é cantada por Gilberto Gil, Elza Soares, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho, Lenine, Céu, Criolo, Arnaldo Antunes, Tetê Espíndola, Zélia Duncan, Zeca Baleiro, Nando Reis, Dona Onete, Felipe Cordeiro, Lira, Margareth Menezes, Marlui Miranda, Russo Passapusso, a atriz Letícia Sabatella e o diretor de teatro Zé Celso, além do próprio compositor, Chico César. 
Para assistir ao clipe "Demarcação Já" clique no vídeo aqui

Advertência póstuma do filósofo Zygmunt Bauman

Zygmunt Bauman, filósofo e sociólogo polonês, em Burgos em 2015.

Ensaios póstumos do pensador analisam a busca da utopia em um passado idealizado. 

Para ler o texto de Antonio Pita clique aqui

O Haiti sem a ONU: "órfão sem irmãos" novamente?

Operation unified Response

Termina missão internacional que Brasil liderou. Teve objetivos ambiciosos, mas desviou-se deles. Questão essencial é: que será do país, agora?
Para ler o texto completo de Tadeu Morato Maciel clique aqui

Marine Le Pen no segundo turno é o que acontece quando se estende a mão ao racismo


Que vergonha de todo mundo. Líderes franceses dos mais variados matizes não conseguiram evitar que a candidata da extrema-direita (que já negou que o governo de Vichy tenha tido qualquer participação no Holocausto) chegasse ao segundo turno das eleições presidenciais. 
Para ler o texto completo de Mehdi Hasan clique aqui

Leia "Esquerdismo: o derrotismo da pureza" de João Telésforo clicando aqui

Vida a dois em silêncio

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A questão da semana é o caso do internauta, 30 anos, que está há dez meses no seu primeiro namoro. Diz que ele e a namorada são irônicos um com o outro, cada um acha que está com a razão. Já viajaram juntos e ficaram quase dois dias sem se falar. Ele quer saber o que fazer para lidar com suas personalidades impulsivas e que têm produzido silêncios infinitos.
Para ler o texto completo de Regina Navarro Lins clique aqui

"Estamos tomando água poluída, de mercúrio. O povo yanomami vai sumir"

VICTOR MORIYAMA

Davi Kopenawa, líder yanomami, denunciou na ONU a situação dos indígenas

e criticou o Governo Temer. Em entrevista, afirma: "Nossa mãe, a Funai, já morreu". 

Para ler sua entrevista clique aqui

120 anos de Pixinguinha, palavra que resume a música popular brasileira

OS BATUTAS: PIXINGUINHA É O TERCEIRO DA ESQUERDA PARA A DIREITA, NO SAXOFONE
Também neste ano, comemora-se o centenário de ‘Carinhoso’, clássico da MPB de sua autoria. Como músico, compositor e arranjador, ele teve participação definidora no que se entende hoje pela música brasileira. 
Para ler o texto completo de Juliana Domingos de Lima clique aqui

domingo, 23 de abril de 2017

"Amo-te porque ..." - Casimiro de Brito

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Amo-te porque sou dependente do teu odor.
Amo-te porque balanças nos ventos futuros.
Porque sou uma árvore que se abriga à tua sombra.
Amo-te porque só sei respirar na cidade de Eros.
Amo as marcas indecifráveis de todas as etnias
que produzem a beleza do teu rosto.
Bebo nas tuas coxas o linho molhado da minha infância.
Amo-te porque és alucinação e mulher real
no mesmo corpo volátil. Amo-te
porque também de noite és o meu sol quotidiano.
Amando-te não preciso de correr por montes e vales
em busca da mais antiga das mães. Tu, a irmã
da minha vagabundagem sempre inaugural. Amo-te
porque deixei de ter pressa. Um poema infinito,
uma cascata em cada sílaba. Uma lua que me engole
quando começo a ser sábio. A vegetação
no jardim que foi de pedra. Conheci na tua carne
a lama do meu reino luminoso. Amo-te
porque me fazes saltar o coração e lá vai ele
a caminho do país dos cedros. E assim renasço
no enigma da tua carne que no chão deitada, voa.


Casimiro de Brito

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