sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

''Haveria sociedade humana sem a participação dos animais?'


No dia 22 de janeiro de 2012, várias capitais do Brasil realizaram a manifestação “CRUELDADE NUNCA MAIS”, que visava a penalização para crimes de maus-tratos aos animais. O sociólogo Caetano Kayuna Sordi Barbará Dias e o advogado Daniel Braga Lourenço, explicam como se dá, na contemporaneidade, a relação dos humanos e não-humanos e por que os direitos destes últimos, muitas vezes, não são preservados.
Segundo Caetano Kayuna Sordi Barbará Dias, há uma diferença bastante grande entre proteger privadamente os animais e lutar na esfera pública pelos seus direitos. “No primeiro caso, o animal ocupa um lugar tutelado. No segundo, é um sujeito de direitos. Se o animal passa receber outro estatuto ontológico e moral por parte de algumas pessoas, é natural que surjam manifestações públicas (destas mesmas pessoas) por uma revisão da legislação a respeito”, diz.
Já o advogado Daniel Braga Lourenço acredita que “a dinâmica dos sistemas econômico e político, bem como da cultura midiática, tende a desvalorizar e a despersonalizar os animais”. Ademais, afirma, enfático, que “a certeza da punição é um fator sociológico importante”.
“Valendo-me da expressão utilizada pelo jurista norte-americano Gary Francione, poderíamos dizer que a humanidade sofre de uma aguda esquizofrenia moral em relação aos animais. Da mesma forma com que tratamos alguns como verdadeiros membros de nossas famílias, relegamos outros a um completo descaso. Esse é o caso dos animais utilizados na alimentação, na experimentação científica, no entretenimento (rodeios, vaquejadas, circos, zoológicos, corridas, etc.), na indústria da moda, de medicamentos e cosméticos, entre tantas outras instituições opressivas”, completa Lourenço.
Confira a entrevista  de Caetano Kayuna Sordi Barbará Dias e Daniel Braga Lourenço aqui

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