O artista plástico Antonio Veronese reage à matéria publicada no jornal O Globo e diz que a grande revolução é a da educação e da cultura
A reação do artista plástico Antonio Veronese ao fato de o site do jornal O Globo ter dado no seu caderno de Cultura um espaço para contar quantas vezes as meninas se masturbaram no último BBB é precisa e lúcida na crítica que faz à televisão brasileira, à baixa qualidade do que é produzido por aqui e vendido como cultura pela coerente mídia nacional, e à decadência dos tempos atuais em comparação com anos passados. Entre outras coisas, ele diz: “a grande revolução é a da educação e da cultura, senão, continuaremos a ser um país de terceira classe, apesar de nosso crescimento”. Seu questionamento sobre o que é dado para o público consumir, faz lembrar uma frase de Cervantes, presente em Dom Quixote, em que o escritor não perdoa os escritos que desprezam a arte e o método, com a desculpa de que as massas leriam uma novela ou assistiriam a uma comédia apenas para entreter-se, e que as novelas deixariam de agradar a todos à medida que se tornassem mais refinadas do ponto de vista estético, e dá um recado que serviria tanto para aqueles que produzem “arte” atualmente, como para aqueles que produzem “conteúdo”, ou seja, a mídia nacional: “O problema não está no vulgo, que pede disparates, mas naqueles que não sabem representar outra coisa”.
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