quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Para quê serve o Oscar?


As indicações para os Oscars 2012 foram anunciadas, e como de costume, a imprensa começou a lançar suas apostas, seus preferidos, suas indignações sobre tal grande ator que não foi indicado ou tal filme medíocre que teria roubado a indicação de outra obra considerada melhor. Paralelamente, as mesmas vozes contrárias aparecem para dizer que o Oscar não serve para nada, que a cerimônia não reflete uma verdadeira noção de qualidade.
Estes dois pontos de vista são simplistas demais, ou melhor, eles não fazem sentido, por não partirem dos mesmos critérios. Reclamar que “tal filme não é tão bom assim” ou que outro era “bem melhor que o vencedor” são frases de efeito sem significação, a não ser que os valores do julgamento sejam explicitados e colocados em contexto – o que quase nunca ocorre. O filme X é bom para quê, ou para quem? Transformers pode ser um melhor filme do que A Separação se o critério em questão for a diversão, a bilheteria, enquanto a obra iraniana pode ser considerada melhor se o valor em jogo for a capacidade de refletir sobre a sociedade contemporânea.
Dizer que o Oscar não serve para nada é um aforismo dos mais fáceis a contradizer. Sim, o prêmio serve para muitas coisas: para lançar novas estrelas de cinema, para aumentar a bilheteria dos filmes vencedores, para estabelecer uma certa noção de gosto e de competência técnica e artística, para ditar algumas tendências de moda, para conquistar uma boa audiência na televisão, para enviar um símbolo que a indústria cinematográfica vai bem etc. A questão sobre a capacidade deste prêmio a determinar a qualidade de um filme já é outra história. Para ler o texto completo de Bruno Carmelo clique aqui

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