sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Pobres e invisíveis, no coração do Império

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Desta vez, o fogo vem da invisibilidade. Nossa sociedade espera que a polícia mantenha longe dos nossos olhos e mentes os afro-descendentes desempregados e com pouca educação formal. Quando, de repente, sobem ao palco, iluminado pelos flashes e pela centelha dos coquetéis molotov, simulamos surpresa.
A última causa da agitação em Ferguson, no estado de Missouri, meio-oeste dos EUA, foi a morte do garoto de 18 anos de idade, Michael Brown. Segundo uma testemunha, ele foi parado por um policial branco por andar na rua, e não na calçada. O oficial, Darren Wilson, atirou em Brown pelo menos seis vezes. Duas das balas atingiram sua cabeça. Aí temos novamente a narrativa familiar: outro homem negro desarmado, assassinado injustamente. Brown, portanto, junta-se a uma lista longa e triste, que parece não ter fim.
Este enredo é indiscutível. Para sustentar que etnia não é um fator importante nestes encontros fatais, seria preciso citar exemplos de jovens brancos e desarmados sendo mortos pela polícia ou por autoproclamados vigilantes. Nomes e datas, por favor.
Para ler o texto completo de Eugene Robinson clique aqui

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