Desconstruindo Bonner - uma análise das entrevistas de Dilma, Aécio e Campos
O diabo mora nos detalhes, diz um famoso provérbio. No entanto, às vezes não é preciso descer tanto a eles para verificar a validade de uma determinada situação. No caso das entrevistas feitas com os presidenciáveis no Jornal Nacional até ontem (18), rever os programas e verificar quais perguntas foram feitas a cada um e como se comportaram os entrevistadores pode revelar muito sobre o direcionamento do programa e da Rede Globo.
A postura e a forma incisiva como são feitas as questões, muitas vezes beirando a falta de educação ou simples pirraça, como nas ocasiões em que o entrevistador aparenta não gostar da resposta dada, pode passar a impressão de que William Bonner e Patrícia Poeta são “imparciais” e “apertam” os entrevistados de forma indistinta. No entanto, os temas e até mesmo as palavras mostram que a igualdade de tratamento passou longe.
Na entrevista de ontem, o tema central que ocupou quase metade da entrevista (7 minutos e 16 segundos dos 15 minutos e 58 totais) foi corrupção. Desde a pergunta inicial de Bonner, que enumerou sete ministérios e uma estatal onde teriam havido “escândalos”, durante um minuto e sete segundos, até a pergunta de Patrícia Poeta sobre saúde, que se iniciou com um “Corrupção não é o único problema”, o termo foi dito dez vezes pela dupla do telejornal, sete somente na primeira questão. Na entrevista com Aécio, a palavra apareceu somente em três oportunidades em uma pergunta de Poeta – em uma das vezes, relacionada ao PT –, e nenhuma na participação de Eduardo Campos.
Para ler o texto completo de Glauco Faria e Maíra Streit clique aqui
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