EUA: os super-ricos exigem nova classe de criados
Nos Estados Unidos, muitas pessoas ainda acham que empregados domésticos são algo pertencente a uma era distante, uma época menos igualitária e democrática do que a nossa, como a Grã-Bretanha da série sobre a aristocracia inglesa Downton Abbey. Mas à medida que entramos em uma segunda “Era Dourada”, o relógio parece estar voltando atrás, e os super-ricos estão cada vez mais dependendo de criados para cuidar de sua alimentação e das roupas, e também para se sentirem confortáveis. A “recuperação” econômica quase não produz empregos suficientes, mas o setor dos empregados domésticos certamente está crescendo.
As agências estão sendo inundadas por pedidos de mordomos, cozinheiros, motoristas e outros empregados. De que serve um jato particular sem um atendente de bordo? De que serve um iate sem um massagista? De acordo com Claudia Khan, fundadora de uma agência de recrutamento de empregados, em Los Angeles, os ricos estão requisitando “serviços do tipo de Downton Abbey” para igualar o que veem na TV. Ela observa que uma governanta trabalhando para um bilionário pode ganhar US$ 60 mil por ano (o salário médio no setor é de menos de US$ 20 mil), mas uma “empregada exclusiva para uma senhora” pode receber US$ 75 mil dólares. Mordomos em período integral podem conseguir US$ 70 mil por ano, e alguns que viajam com a família em iates e jatos particulares chegam a ganhar até US$ 200 mil por ano.
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