ISRAEL & PALESTINA: A banalidade do mal
É absolutamente lamentável, quase criminosa, a omissão da imprensa internacional sobre as verdadeiras causas do massacre perpetrado contra os palestinos pelo Estado de Israel. A palavra massacre não é sequer mencionada nos órgãos da grande imprensa, formadores da opinião pública. Durante o recente agravamento do conflito, muito poucas palavras a imprensa dedica à usurpação territorial e às chamadas colônias, que constituem uma provocação sem precedentes na história recente da Humanidade. Nos tempos modernos, é absolutamente inédito um país ampliar a colonização de um povo aumentando a dominação do seu território. Durante o século 20,vários países colonialistas enfrentaram guerras coloniais, mas em nenhum caso o território colonizado aumentou. A grande imprensa nada fala a respeito do ineditismo de tal fenômeno.
“Estupra, mas não mata.” Se pode evitar o assassinato, pelo menos apenas estupre. A vítima agradecerá a “graça” concedida pelo agressor estuprando-a e salvando-lhe a vida. O tratamento dispensado por Israel ao povo palestino obedece ao princípio dessa frase cunhada por ninguém menos do que o notório Paulo Maluf. Paradoxal que possa parecer, o caso envolvendo a Palestina equivale a “massacrar para não desocupar”. O mal menor passa a ser o massacre. Ao executá-los periodicamente, Israel desloca do centro da discussão a questão da ocupação ilegal da Palestina (proibida pela Comunidade Internacional através da Resolução 242 da ONU) para o simples fim do massacre. A “graça” é a interrupção do massacre. Cessado, a Comunidade Internacional agradece a “graça” concedida e a questão da usurpação territorial torna-se secundária.
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