Um dos grandes benefícios que as neurociências estão trazendo para a educação, principalmente para a educação na infância, é uma revisão da ideia de que o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem ocorrem em uma progressão ou em escala ascendente, em que estágios sucessivos e interdependentes são galgados passo a passo, como blocos de habilidades que se adquirem, se sobrepõem e se completam uns aos outros sucessivamente.
De maneira um tanto quanto diferente disso, o que se tem sugerido, com base nos resultados de pesquisas dessa nova superárea do conhecimento, é a ideia de que nascemos com mais capacidades inatas do que se imaginava.
Muitas habilidades, segundo os defensores dessa nova linha de interpretação do desenvolvimento cognitivo, já estariam disponíveis para nós ao nascermos. Entre elas, aquelas que justamente nos habilitam a adquirir conhecimentos e nos tornam exímios aprendizes na infância.
Dia após dia, acumulam-se evidências de pesquisa de que as crianças são mais capazes do que supomos.
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