Os grandes bancos organizam a evasão fiscal de forma massiva à escala internacional
A UBS (Union des Banques Suisses),
que foi salva da falência, em Outubro de 2008, por uma injeção maciça de
dinheiro público na Suíça, está envolvida no escândalo da Libor, no caso da
manipulação do mercado de câmbios (a UBS é alvo de um inquérito exaustivo por
parte das autoridades dos Estados Unidos, do Reino Unido, de Hong Kong e da
Suíça) e no caso das vendas abusivas de produtos hipotecários estruturados nos
Estados Unidos. A UBS, tal como o HSBC e o Credit Suisse1 nomeadamente,
especializou-se na organização da evasão fiscal sistémica das grandes fortunas
dos Estados Unidos, da Europa e de outros locais2.
“Cerca
de cento e vinte encarregados de negócios suíços estariam presentes
clandestinamente em França para angariar as grandes fortunas gaulesas, o que é
estritamente proibido por lei, mas realizado, segundo Antoine Peillon, com
conhecimento de causa pela casa-mãe, na Suíça. Cada balcão estava munido dum
manual do Private Banking 'verdadeiro guia da evasão fiscal'”3. O
testemunho de um ex-funcionário da UBS, publicado em Janeiro de 2014, reforça
as acusações feitas por Antoine Peillon. “O testemunho dum ex-funcionário suíço
do banco, feito em tribunal, a que o Le
Parisien-Aujourd’hui, em França (edição de 21 de janeiro), teve
acesso, mostra que o maior banco helvético, que desde 2012 é objeto de um
inquérito judicial em França, teria organizado um sistema bem montado para
levar os franceses à fraude fiscal. Guillaume Daïeff e Serge Tournaire, juízes
parisienses especialistas em crime financeiro, encarregues do caso, suspeitam
que a Union des Banques Suisses (UBS) teria montado um vasto sistema de
angariação ilícita de clientes franceses, incentivando-os a abrir contas não
declaradas na Suíça nos anos 2000”4.
Para
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