segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Os grandes bancos organizam a evasão fiscal de forma massiva à escala internacional


UBS (Union des Banques Suisses), que foi salva da falência, em Outubro de 2008, por uma injeção maciça de dinheiro público na Suíça, está envolvida no escândalo da Libor, no caso da manipulação do mercado de câmbios (a UBS é alvo de um inquérito exaustivo por parte das autoridades dos Estados Unidos, do Reino Unido, de Hong Kong e da Suíça) e no caso das vendas abusivas de produtos hipotecários estruturados nos Estados Unidos. A UBS, tal como o HSBC e o Credit Suisse1 nomeadamente, especializou-se na organização da evasão fiscal sistémica das grandes fortunas dos Estados Unidos, da Europa e de outros locais2.
“Cerca de cento e vinte encarregados de negócios suíços estariam presentes clandestinamente em França para angariar as grandes fortunas gaulesas, o que é estritamente proibido por lei, mas realizado, segundo Antoine Peillon, com conhecimento de causa pela casa-mãe, na Suíça. Cada balcão estava munido dum manual do Private Banking 'verdadeiro guia da evasão fiscal'”3. O testemunho de um ex-funcionário da UBS, publicado em Janeiro de 2014, reforça as acusações feitas por Antoine Peillon. “O testemunho dum ex-funcionário suíço do banco, feito em tribunal, a que o Le Parisien-Aujourd’hui, em França (edição de 21 de janeiro), teve acesso, mostra que o maior banco helvético, que desde 2012 é objeto de um inquérito judicial em França, teria organizado um sistema bem montado para levar os franceses à fraude fiscal. Guillaume Daïeff e Serge Tournaire, juízes parisienses especialistas em crime financeiro, encarregues do caso, suspeitam que a Union des Banques Suisses (UBS) teria montado um vasto sistema de angariação ilícita de clientes franceses, incentivando-os a abrir contas não declaradas na Suíça nos anos 2000”4.
Para ler o texto completo de Éric Toussaint clique aqui 

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