quinta-feira, 3 de julho de 2014

Para não perder onda das novas energias renováveis

Vale Solar, em Dezhou, China: maior central de geração fotovoltaica do mundo. Maior produtor do mundo, país instalou, só em 2013, 12 Gw de geradores solares -- quase uma Itaipu

É nefasta a defesa, por parte da diplomacia brasileira, de que nas negociações climáticas, os direitos de emissão de gases de efeito estufa devem contabilizar o que cada país lançou na atmosfera desde 1850. Em primeiro lugar, não se justifica responsabilizar alguém por uma ação cujos impactos não eram conhecidos à época em que foi tomada. O German Advisory Council on Global Change também preconiza uma contabilidade das emissões per capita, levando em conta o passado, mas parte de 1990, momento em que a comunidade científica internacional tornou públicas as evidências de que os gases de efeito estufa eram destrutivos para o sistema climático e de origem antrópica [1]. Além de ser eticamente indefensável, voltar a 1850 é inviabilizar qualquer acordo, pela carência de informações sobre o que se emitia à época.
É preciso reconhecer, claro, a imensa desigualdade na ocupação do espaço carbono global: segundo o último relatório do IPCC, as emissões médias per capita dos países de baixa renda são nove vezes menores que as dos países mais ricos. É, em última análise, sobre a base dessa constatação que se estabeleceu o Protocolo de Kyoto, o único compromisso legalmente vinculante nas negociações climáticas. O problema é que há uma incontornável armadilha em seu arcabouço: ele só atribui metas obrigatórias de redução aos países mais ricos.
Para ler o texto completo de Ricardo Abramovay clique aqui

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