quarta-feira, 23 de julho de 2014

TV ABERTA: Adivinha quem está inovando?


O mais velho dos axiomas televisivos acaba de voltar à tona no Brasil. Ele estabelece que o público da televisão aberta não é sensível à qualidade. Há muitos anos as emissoras respondem a isso da maneira mais segura: confirmando a aparência da verdade, oferecendo ao público o lixo que, na sua visão, representa o auge do que o espectador tem condições de consumir.
Por uma aritmética simples, quanto mais bem posicionada estiver a emissora, menos ela terá condições de arriscar. Pode arriscar quem estiver no traço (embora isso não aconteça) porque não tem nada a perder. Não se movimenta, por razões óbvias, quem estiver com 40 pontos; e, dessa maneira, gira a roda. O corolário do sucesso é, assim, o engessamento; e os padrões nos quais esse engessamento se assenta são o que vão moldar toda a cadeia das emissoras que vem logo a seguir.
Só que, no Brasil, a TV aberta é um caso especial. É ela que constrói o repertório intelectual do seu público. Gostar ou não gostar, portanto, torna-se muito menos importante do que aderir. A adesão acontecerá, sem dúvida. A questão está nas perdas que certamente acontecerão enquanto isso. Não existe na história do conhecimento humano (e muito menos na história da televisão) processo inovador imediatamente assimilado pelas massas. Essa é uma das razões pelas quais, num cenário competitivo de emissoras privadas, o jogo da invenção é disputado no campo de defesa. As outras razões correm por conta da burrice, pura e simples.
Para ler o texto completo de Nelson Hoineff clique aqui

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