A questão do outro e o diálogo
Considerando o caráter interativo do processo pedagógico, a compreensão da relação entre o eu e o outro, entre o próprio e o estranho, amplia a discussão ética, com largas consequências para a educação em sociedades pluralistas. Como não podemos supor nenhuma certeza social nem antropológica de determinada forma de moral para daí em diante ordenar o mundo da vida e suas condições de aplicação,
os esforços a respeito das questões éticas em educação devem se direcionar a uma “heurística moral do pensamento e da ação pedagógica” (Zirfas, 1999, p. 33),1 o que inclui múltiplas tarefas, desde a justificação das normas até o esclarecimento das motivações da ação moral e de seus paradoxos. Nessa perspectiva, assume relevância a pergunta pelo outro e se é possível a educação fazer justiça à sua singularidade, o que invoca também a pergunta pela possibilidade de o diálogo constituir-se em um modo de acesso ao outro. Esse tema interpela o processo formativo, trazendo o confronto com os limites de pressupostos teóricos que apresentam dificuldades históricas no reconhecimento daquilo que escapa aos padrões idealizados.
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