Nadine Gordimer: Nobel da Literatura que denunciou o apartheid, faleceu em Joanesburgo
(1923-2014) A escritora sul-africana “morreu pacificamente” ontem, aos 90 anos, na sua casa de Joanesburgo, na presença dos seus filhos Oriane e Hugo, disse um comunicado da família. Esta filha de imigrantes judeus nasceu na cidade de Spings, uma cidade mineira dos arredores de Joanesburgo: o pai, joalheiro, vinha da Lituânia e a mãe de Londres, com origens judaicas. Desde o berço lhe foi crescendo um sentimento de revolta contra a discriminação racial e o mito da supremacia branca, nomeadamente com gestos da mãe que, impressionada com o modo como eram tratadas as crianças negras, abriu uma creche para dar apoio gratuito a essas crianças.
Autora de mais de 30 livros, na sua maioria crónicas e ensaios sobre a deterioração social que afectou a África do Sul durante o regime do apartheid, começou logo aos 15 anos a escrever pequenas histórias que publicaria em 1949 com o título de Face to Face. Estudou na Universidade de Witswatersrand, Joanesburgo, e viajou bastante por África e pela América do Norte. Dois casamentos, uma filha e um filho a viver fora da África do Sul (a filha em França e o filho em Nova Iorque). Está traduzida em mais de trinta línguas e recebeu inúmeros prémios. Em 1984 foi-lhe atribuído um doutoramento honorário em Literatura pela sua “enorme contribuição para a literatura e para a transformação da África do Sul”.
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