quarta-feira, 30 de julho de 2014

PORTUGAL/MOÇAMBIQUE: Os "filhos espúrios" que a República enviou para o Niassa


Carlos Tavares de Andrade Afonso dos Santos ficou conhecido na história da literatura portuguesa com o pseudónimo de Carlos Selvagem, mas nos primeiros dias de Junho de 1916, quando era a hora de recolher à sua camarata do vapor Moçambique que o levava para a guerra na fronteira do Rovuma, no Norte de Moçambique, a sua identidade literária soava a falso. Selvagem ficava perturbado e sensível. Na escuridão do navio, na solidão do mar, rodeado por mais de mil almas que entre a ignorância e o enjoo não tinham a mais breve ideia do que os esperava, não conseguia fugir ao vazio, ao medo e à saudade. E chorava. “Na escuridão, por pudor, pode livremente chorar-se, em silêncio, com uma volúpia amarga. E chora-se, chora-se, mansamente, por muito tempo. O que será de nós, em alguns meses?!...”
Para ler o texto completo de Manuel Carvalho clique aqui

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