PORTUGAL/MOÇAMBIQUE: Os "filhos espúrios" que a República enviou para o Niassa
Carlos Tavares de Andrade Afonso dos Santos
ficou conhecido na história da literatura portuguesa com o pseudónimo de Carlos
Selvagem, mas nos primeiros dias de Junho de 1916, quando era a hora de
recolher à sua camarata do vapor Moçambique que o levava para a guerra na
fronteira do Rovuma, no Norte de Moçambique, a sua identidade literária soava a
falso. Selvagem ficava perturbado e sensível. Na escuridão do navio, na solidão
do mar, rodeado por mais de mil almas que entre a ignorância e o enjoo não
tinham a mais breve ideia do que os esperava, não conseguia fugir ao vazio, ao
medo e à saudade. E chorava. “Na escuridão, por pudor, pode livremente
chorar-se, em silêncio, com uma volúpia amarga. E chora-se, chora-se,
mansamente, por muito tempo. O que será de nós, em alguns meses?!...”
Para ler o texto completo de Manuel Carvalho
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