Ariano Suassuna, uma conversa
Esta
entrevista se frustrou em 1989. Anotei-a um ano depois, em 1990.
Conversando, Ariano Suassuna
nada tem de ariano. Conversando, Ariano é um brasileiro mestiço. Conversando, a
sua referência passa ao largo das antiquíssimas gentes do tempo dos vários
Afonsos e de Dom Sebastião. Conversando, a referência de Ariano é coisa mais
recente, tão recente que talvez seja moderna, e de um recente tão plebeu, que
talvez seja inconveniente lembrar tal referência a um acadêmico: tudo o que
Chico Anysio, Lima Duarte e Rolando Boldrin tentam fazer na televisão,
conversando, há muito Ariano vem fazendo: ele é um humorista narrador de casos,
ajeitados à feição de vivíssimos causos. Ele é um showman sem smoking, metido em roupa de caroá,
ou em calça e camisa de brim cáqui.
Um dia chegamos para
entrevistá-lo, ao fim do horário de suas aulas na universidade. Isso foi há
mais de quinze anos. Ele foi logo dizendo que tinha desistido da entrevista,
acertada antes. Sentamo-nos então em um banco de pedra, no pátio da Escola de
Artes.
Para ler o texto completo de Urariano Mota
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