O bi(multi)linguismo literário caboverdiano: Sobre Sonhu Sonhado, Sonho Sonhado, Dreamt Dream, de Carlota de Barros
É sabido que o bilinguismo é uma das características fundamentais das comunidades caboverdianas residentes nas ilhas e nas diásporas, consideradas em conjunto ou de forma isolada. Se no solo pátrio das nossas ilhas, a língua materna caboverdiana convive com o português, desde há muito, desde a hora inicial do seu parto a partir também do ventre co-matricial dessa língua europeia que era o português arcaico desses recuados tempos quinhentistas, persistindo esse convivo até à actualidade dos nossos dias, no quadro da diglossia ainda predominante no nosso país, nas diásporas, a língua caboverdiana e as suas diferentes variantes dialectais insulares e regionais andam de mãos dadas com as línguas dominantes nas respectivas comunidades dos países de acolhimento dos expatriados caboverdianos, também eles muitas vezes, se quiserem, pátrias natais de acolhimento dos descendentes dos imigrantes das nossas ilhas afro-crioulas. Neste contexto, diferenciado e linguisticamente multifacetado, o crioulo ou, melhor, a língua caboverdiana, foi e continua a ser o principal signo identitário e, por isso mesmo, ainda que em alguns casos somente em potência, o principal elo de ligação, de identificação e de comunicação entre os caboverdianos de todos os tempos e lugares, situados nas ilhas e nas diásporas, localizados nos lugares do passado, do presente e do futuro do nosso povo disperso pelo mapa-mundo da sua alma migratória e dos pés andarilhos do globo dos seus filhos emigrantes e da sua demanda de sempre de uma vida cada vez melhor.
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