domingo, 18 de maio de 2014

Entre vales: tragédia e incerta redenção

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Os seis ou sete minutos iniciais de Entre vales, de Philippe Barcinski, estão ali para produzir, por meios essencialmente cinematográficos, um desconcerto no espectador.
Primeiro um homem (Ângelo Antônio) dirige perigosamente numa estrada, à noite, entornando uma garrafa de bebida. Em seguida, esse mesmo homem aparece num lixão, disputando restos de material reciclável com outros catadores. Por fim, o mesmo Ângelo Antônio surge limpinho, bem vestido e barbeado, como um engenheiro que visita com o filho (Matheus Restiffe) e com um sócio o local onde se constrói um aterro sanitário.
Por um momento, chegamos a pensar que talvez sejam sósias, ou gêmeos apartados, todos vividos por um único ator. Mas logo percebemos que se trata de três momentos da vida do mesmo homem, embaralhados fora de ordem. Por fim compreenderemos que o momento da estrada é a passagem entre os dois extremos existenciais do personagem, a travessia de um vale a outro. O restante do filme se encarregará de preencher as lacunas, dar sentido a esses bruscos contrastes.
Para ler o texto completo de José Geraldo Couto clique aqui

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