sexta-feira, 23 de maio de 2014

Apertem os cintos, o piloto sumiu

14.05.22_Souto Maior_Greve
E, de repente, os ônibus de São Paulo pararam, em flagrante ilegalidade. Pode ser que assim alguém se refira ao fato ocorrido ontem na cidade paulistana, mas estará incorrendo em grave equívoco de perspectiva, falando sobre um mundo que já não existe.
Primeiro, os fatos sociais não simplesmente brotam do nada, ou seja, não ocorrem “de repente”. Há sempre um contexto histórico que os embasam. Segundo, não são os ônibus que param e sim os motoristas, que são, de fato, trabalhadores. Dar vida a seres inanimados, no caso os ônibus, serve apenas para negar existência aos seres humanos que se relacionam ao fato, a não ser para puni-los, quando se trata de mobilização popular. E, terceiro, a legalidade não é suficiente para qualificar o fato ocorrido e, ademais, seu parâmetro tradicional é abalado, fazendo irromper uma sensível mudança. Afinal, não são os fatos sociais que devem se adaptar ao direito e sim o direito que deve refletir esses mesmos fatos.
 Para  ler o texto completo de Jorge Luiz Souto maior clique aqui

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