terça-feira, 27 de maio de 2014

A misteriosa desaparição do subcomandante Marcos

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Meu imaginário militante foi forjado pelo personagem Marcos. Seu autor (não importa quem ele seja) construiu conscientemente um arquétipo muito poderoso quando vestiu um passa-montanha e afirmou: a história nãoacabou, nem nunca acabará. Da Selva Lancadona, no México, emitia seus comunicados, belíssimos textos de inestimável valor político e estético, que nós, ainda adolescentes, sorvíamos por meio das traduções do Emílio Genari. O nosso guerrilheiro ideal era um escritor que fazia uso da nascente internet para chegar a corações e mentes do mundo todo. E era também o SUP, porque o comando sempre esteve nas mãos do povo, dos indígenas de Chiapas. Um líder/plataforma, por meio do qual a linguagem de um agrupamento político se expressava nos termos exigidos por nosso ocidentalismo. E agora Marcos já não existe…já não é mais necessário, como sua carta final anuncia. Persistirá como linguagem e como afeto, o que talvez seja tudo o que tenha sido (Rodrigo Savazoni, em sua página no Facebook).
O subcomandante insurgente Marcos anunciou esta madrugada (25.05) numa coletiva de imprensa que a partir de hoje deixa de existir como tal entre as filas do Exército Zapatista de Liberação Nacional (EXLN), para dar passagem a sua nova identidade e personagem, o subcomandante insurgente Galeano. E, brincando, disse do personagem anterior: “Foi uma máscara”.
Para ler o texto completo de Isaín Manjuano clique aqui

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