EURÁBIA: O mito da invasão árabe-mulçumana
O outono europeu de 1956, a França e o Reino Unido, aliados de Israel, ocuparam durante alguns dias o Canal de Suez, que acabara de ser nacionalizado pelo presidente egípcio. Porém, sob pressão soviética e norte-americana, as tropas viram-se forçadas a se retirar. Em reação a esse ataque, o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser decidiu expulsar milhares de judeus do país. Entre eles se encontrava uma jovem cujo olhar sobre o mundo seria de várias formas determinado pelo trauma da expatriação: Gisèle Orebi, mais tarde célebre sob o nome de Bat Ye’or (“filha do Nilo”, em hebraico), desenvolveu a versão mais radical do complô muçulmano contra o Ocidente.
Depois de “gangrenar” o Velho Continente, afirma ela, a “civilização árabe-muçulmana” vai conquistá-lo. Essa perspectiva apocalíptica constitui a trama do best-seller que ela publicou nos Estados Unidos em 2005, após várias décadas de maturação: Eurábia, traduzido em hebraico, italiano, holandês e francês. O subtítulo, O eixo euro-árabe, remete às “forças do Eixo” que compuseram a coalizão em torno da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Conforme Bat Ye’or, citada no manifesto do terrorista norueguês de extrema direita Anders Behring Breivik, um mundo árabe-muçulmano conquistador estaria prestes a submergir uma Europa decadente e cínica. Esta teria barganhado, em troca de uma chuva de petrodólares, seu apoio indefectível à Palestina, a abertura escancarada de suas fronteiras mediterrâneas e a aceitação, em última análise, da islamização.
Para ler o texto completo de Raphaël Liogier clique aqui
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