segunda-feira, 19 de maio de 2014

Carl Hart: o "problema" da guerra às drogas no Brasil me lembra o Apartheid

Isabela Palhares
Na última terça-feira (13/05), o neurocientista e professor de Psicologia e Psiquiatria da Universidade de Columbia nos Estados Unidos, Carl Hart esteve presente no debate Drogas e Saúde na casa Matilha Cultural em São Paulo. Conhecido pelo seu trabalho sobre o vício e o abuso de drogas, Hart apontou para as questões polemicas que costuma abordar em suas pesquisas. 
Como o primeiro negro a se tornar professor de ciências na Universidade de Columbia, desde pequeno vive entre contradições. Nasceu pobre em periferia além de ter usado e traficado drogas. No decorrer de sua vida, graças a programas sociais, iniciou os estudos em neurociência e tornou-se doutor. Assustado com os preconceitos sociais e raciais de seu país, começou a questionar as opiniões cristalizadas da sociedade e a refutá-las. 
Mediada por Bruno Torturra, jornalista do Mídia Ninja, a conversa em São Paulo começou com uma  menção ao termo "Cracolândia". Segundo Carl, o termo usado no Brasil só serve para denegrir usuários e expôr uma situação que não é o que parece ser. Se referindo às “crack houses” norte-americanas, o professor salientou como é inapropriado o termo uma vez que, nessas “crack houses”, o uso do crack não comanda as atividades cotidianas. As pessoas não vão para lá somente para fumar. O mesmo acontece na "Cracolândia".
Leia a entrevista de Carl Hart clicando aqui

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