REDES SOCIAIS: O novo ovo da serpente
Depois de se revelarem o paraíso dos selfies, narcisistas, exibicionistas e voyeurs, estão virando também, às vésperas de mais um ano eleitoral, palanque para todo tipo de crítico ou defensor do partido A ou B. Inicialmente saudadas como plataforma universal e suprassumo da liberdade de opinião, as redes sociais estão se tornando uma preocupante torrente de inverdades, acusações irresponsáveis e inconsequentes e incontáveis baboseiras.
Antes que me acusem de ser contra as redes sociais, é bom que se diga que a vida inteira defendi a plena liberdade de opinião e de expressão e sempre me posicionei contra qualquer tipo de censura ou autoritarismo. Sempre defendi o livre arbítrio, fosse para ir à rua protestar contra o governo, fosse para mudar de canal porque discorda da postura política ou ideológica dos donos de uma emissora de TV. Mas o que está sendo gestado nas redes sociais é, deveras, para se botar as barbas de molho.
Enquanto, em Brasília, alguns parlamentares se mobilizam para tentar aprovar absurdas regulamentações de uso das redes sociais – em que qualquer comentário ou opinião nelas publicada, contrária ou crítica da atuação política de nossos governantes e congressistas, pode ser passível de uma ação judicial contra seu autor – o que fazem os usuários dessas redes? Usam e abusam de acusações levianas contra políticos de partidos A ou B; replicam informações de fontes fantasmas, anônimas, parciais ou notoriamente inconfiáveis; divulgam dados infundados e pesquisas sem o mínimo critério científico que possam sustentar qualquer argumento ou denúncia. Ou seja: agindo assim, de maneira irresponsável, inconsequente e até ingênua, muitos internautas só dão argumentos para esses políticos da banda podre que, por não aceitarem a crítica, sempre preferem calá-la.
Para ler o texto completo de José Carlos Aragão clique aqui
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