CINEMA: Como aprendi a começar a me preocupar e parar de amar a bomba
Filme do diretor Stanley Kubrick critica Guerra Fria por meio do humor absurdo
Filme de Kubrick que parodia guerras, governos e bombas continua atual cinquenta anos após lançamento
Existe algum tipo de estranho amor entre a humanidade e o aparentemente inescapável desejo por guerra. Seja com aviões copulando em pleno ar, casos com secretárias ou nomes ambíguos, o filme Dr. Strangelove: Or How I Learned to Stop Worrying and Start Loving the Bomb (traduzido para Dr. Fantástico no Brasil) descreve essa relação um tanto obscura, mas potencialmente perigosa. Lançado em 29 de janeiro de 1964 e recheado de ótimas atuações e sátiras, uma das obras-primas de Stanley Kubrick ainda tem o que dizer meio século depois.
Por que é a guerra o maior prazer do homem? O escritor norte-americano Walker Percy fez a pergunta em 1975, em seu livro Message in the Bottle. Doze anos antes, Kubrick e seu sócio Jones Harris estavam tentando criar um screenplay para um filme baseado em um livro chamado Red Alert, de Peter George (mal sabiam eles que o livro já havia sido distribuído pelo Comitê do Pentágono para Mísseis Balísticos). Os drinques durante a noite, no entanto, deixaram a dupla com a impressão de que nada além de humor deveria ser o objetivo de sua empreitada. Em tempos de um possível holocausto nuclear e tendo lido mais de cinquenta livros sobre questões nucleares, como explica o crítico Alexander Walker no making of do filme, os artistas queriam expressar o modo pelo qual pessoas aceitavam fatalistamente seu destino – e escolheram fazer isso retratando possibilidades absurdas dentro de contextos realistas.
Para ler o texto completo de Ana Carolina Marques clieqe aqui
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