PT paga o preço da conciliação
Na Europa
medieval, os monarcas absolutistas ordenavam a tortura ou a execução dos
criminosos em praça pública, com um claro objetivo político, ou melhor,
biopolítico, diria Michel Foucault: tratava-se de propiciar um espetáculo, tanto
na acepção banal do termo – criar cenas impactantes, de apelo visual, emocional
e afetivo – quanto no sentido de imprimir no imaginário de cada espectador o
temor face à possibilidade de, no futuro, ser ele o punido. O espetáculo servia,
em resumo, como entretenimento e advertência.
A Idade Média
ainda não foi superada no Brasil contemporâneo, onde os criminosos continuam
sendo expostos e humilhados em praça pública. Mas, claro, não todos os
criminosos, apenas aqueles que, pela cor de sua pele, por sua origem social e/ou
pela ideologia que defendem - ou que, pelo menos, parecem defender - incorrem na
ira do rei. Não há outra maneira de entender a fúria que se abateu contra os
réus condenados do mensalão.
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