MULHERES NO JORNALISMO: Quando as críticas se reduzem a ofensas machistas
Em 2009, escrevi um artigo de capa para a revista Wired sobre o movimento antivacina e um perfil de Paul Offit, um dos principais defensores da vacinação infantil. Offit é homem. Eu sou mulher. Isso foi motivo suficiente para que as coisas ficassem feias.
Nos comentários do site e por e-mail, fui chamada de prostituta e também daquela outra palavrinha que começa com “P”. J.B. Handley, um crítico da vacinação infantil e fundador do grupo sobre autismo Generation Rescue, juntamente à atriz Jenny McCarthy, enviou-me um artigo intitulado “Paul Offit estupra (intelectualmente) Amy Wallace e a revista Wired” (em tradução livre). Nele, Handley sugeria que meu entrevistado havia me dado um “Boa noite, Cinderela”. [Posteriormente, o artigo foi modificado por J.B. Handley. Em um comentário de seu blog, ele explica os motivos da edição e da mudança no título.] Mais tarde, um site antivacinação fez uma montagem no Photoshop colando minha cabeça no corpo de uma mulher com um vestido tomara-que-caia ao lado do Dr. Offit em uma mesa de jantar festivo. O prato principal? Um bebê.
Pensei nisso no início deste mês, quando vi mais um trabalho no Photoshop. Um grupo chamado Food Democracy Now (FDN) ficou insatisfeito com um artigo publicado no New York Times sobre as audiências públicas a respeito de uma proposta de proibição de organismos geneticamente modificados (OGM) no Havaí; o artigo apontou que muitos dos argumentos antiOGM ignoravam a ciência. Em resposta, o FDN cortou a cabeça da autora do artigo, Amy Harmon, e a colou na imagem de uma mulher usando maiô com estampa de leopardo.
Para ler o texto completo de Amy Wallace clique aqui
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