Marxismo americano, este desconhecido
A esmagadora maioria dos brasileiros, mesmo entre o público culto em geral e o de esquerda em particular, imagina que o marxismo é uma presença negligenciável nos EUA, país famoso porque lá mesmo as camadas populares são partidárias do individualismo e da privatização total da economia – em suma, do liberalismo mais radical. No entanto, se mantém nos EUA uma tradição marxista que já dura mais de 150 anos sem outras quebras de continuidade que não a mundialmente bem conhecida dança das diferentes correntes, ora predominando umas, ora ascendendo outras.
Prova disso é o livro Marxism in the United States – a history of the american left, de autoria do historiador, professor universitário e militante Paul Buhle, 69 anos, lançado este ano pela Verso, em terceira edição revista e atualizada. A primeira edição surgiu em 1987, e a segunda, apenas quatro anos depois, em 1991, o que demonstra o grande interesse que a obra despertou entre o público americano naqueles anos de crise financeira. Retomada a “normalidade” capitalista, o interesse por uma terceira edição só surgiu agora, com os sofrimentos da população americana em meio à crise estrutural que se arrasta desde 2008.
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