'PROVOCAÇÕES': O pan-provocador Antônio Abujamra
Com ele não é fácil. É uma no cravo e outra na envergadura. Bocudo e extremamente lúcido. Fora do sério é fora de série. Figura meio Mefistófeles, meio gnomo, meio homem-rã. Incrível no crível. Boca do inferno uma ova: a unanimidade é turva. Se as uvas estão verdes, ele é raposa de spotlight. Mussumnaímico. Um Adoniran de rédeas soltas. Chulo nos chistes, sério no improviso, alegre, topa tudo por encrencas das grossas. Sorte nossa.
Para alguns, ele não existe de verdade. É fotomontagem. Para outros, é desbocado no seu talk-show. Avis rara. Quase uma bananeira que já deu goiaba. Perigoso no seu tatami-palco. Sob holofotes, só se salva pelo fogo-fátuo. Com provocações, torna inteligente a tevê burra-decadente. Periga ver.
Ama ser odiado. Imaginação superior. Canastrão de ofício. Self-service. Mas nada ególatra feito um tapuia depois da lepra. A palavra é sua navalha na acne. É um palcoator. Inteiriço é o signo de uma geração. Existem ostras? Efêmero pela própria desnatureza. Julga-se um armário de coisas embru/tecidas... Acredite, se quiser. A coxilha por testemunha.
Respostas prontas. Fala antes de pensar. Aliás, fala antes de falar. Se não fosse ele, estaria órfã a TV Cultura(ideias, ideias). De longe cheira seda nova. De perto, sai de baixo. Um velho que oxigena ideias novas. Um atorapresentador que, aleluia, Brecht, faz sentido.
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