domingo, 5 de janeiro de 2014

O direito de morrer com dignidade

Muitos somos os que vimos pessoas muito queridas que, devido à doença que tinham, tiveram uma morte longa, penosa, dolorosa e humilhante. E era a própria pessoa que estava morrendo que desejava morrer o mais cedo possível, ir sem pena e sem dor, e sobretudo, com dignidade. E, ao contrário, era muito pouco o que o doente e seus familiares podiam fazer para ajudar-lhe. A lei não permitia.
A maior razão disso é um preconceito religioso que, como no caso do aborto, fala da santidade da vida, sem ser sensível ao significado e qualidade de dita vida. Está, como todo sentimento religioso, baseado em fé, em crenças, e escapa a qualquer raciocínio. E é um indicador a mais do enorme poder da Igreja e de sua influência negativa na cultura popular que tal possibilidade sequer tenha sido considerada pelos chamados representantes da população.
Não é necessário dizer que é um tema complexo, pois pode dar lugar a abusos, ou seja, que este direito seja utilizado pelos familiares ou pessoas próximas ao doente como maneira de aliviar seu próprio desconforto, acrescentando pressão ao doente para que assine e dê seu consentimento para que lhe ajudem a morrer.
Para ler o texto completo de Vicenç Navarro clique aqui

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