Você está a favor ou contra a Copa do Mundo?
Uma parte influente da grande imprensa no Brasil tem conduzido o debate sobre a Copa a partir de uma visão de mundo maniqueísta, estabelecendo dois polos em torno dos quais todos os leitores, ouvintes ou espectadores devem se posicionar: ou a) é um evento imaculado, capaz de despertar os melhores sentimentos nas pessoas e cuja realização traz uma série de benefícios para o País – portanto, é um privilégio que deve ser recebido sem reservas; ou b) é um evento obscuro, controlado por uma instituição corrupta que impõe exigências descabidas, marcado por propaganda enganosa e gasto irresponsável de dinheiro público – portanto, é um engodo cuja conta está sendo paga pelos contribuintes.
Essa maneira simplista de colocar a questão – opondo argumentos retirados de uma interpretação estilizada dos fatos e separando a opinião pública entre aqueles que se declaram totalmente a favor da Copa e aqueles que assumem uma postura absolutamente contrária ao evento – põe em dúvida a intenção dos formadores de opinião. Em alguns casos, fica em segundo plano o respeito à diversidade de opiniões – fundamento do debate público que deveria animar as democracias modernas –, predominando a manipulação das discussões para direcionar a insatisfação de amplas parcelas da população.
Essa maneira simplista de colocar a questão – opondo argumentos retirados de uma interpretação estilizada dos fatos e separando a opinião pública entre aqueles que se declaram totalmente a favor da Copa e aqueles que assumem uma postura absolutamente contrária ao evento – põe em dúvida a intenção dos formadores de opinião. Em alguns casos, fica em segundo plano o respeito à diversidade de opiniões – fundamento do debate público que deveria animar as democracias modernas –, predominando a manipulação das discussões para direcionar a insatisfação de amplas parcelas da população.
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