domingo, 8 de junho de 2014

Como nascem os monstros

geraldo

Na avalanche de títulos que estão entrando em cartaz neste último fim de semana antes da Copa, merecem destaque dois excelentes filmes brasileiros: Riocorrente, de Paulo Sacramento, e O lobo atrás da porta, de Fernando Coimbra. Sobre o primeiro, escreviaqui por ocasião de sua exibição no Festival de Brasília. Vamos então ao segundo.
Ambientado nos dias de hoje no subúrbio do Rio de Janeiro, O lobo pode ser enquadrado, grosso modo, no gênero policial. Há um crime (o sequestro de uma criança), há suspeitos, há uma investigação para descobrir o que aconteceu. Sem perder o fio da tensão e do suspense, o filme transcende os limites e convenções do gênero por vários lados.
O tempo presente da narrativa é o do inquérito policial: um delegado (Juliano Cazarré) interroga parentes da vítima, suspeitos, testemunhas. Reconstituem-se então os acontecimentos em sucessivos flashbacks, a partir dos diversos depoimentos. Só que, embora encenadas sempre com a mesma densidade realista, nem todas as versões são “verdadeiras” (se é que alguma é). Resulta daí que temos flashbacks falsos, à maneira do que acontecia no clássico Testemunha de acusação, de Billy Wilder.
Para ler o texto completo de José Geraldo Couto clique aqui

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