Como nascem os monstros
Na avalanche de títulos que estão entrando em cartaz neste último fim de semana antes da Copa, merecem destaque dois excelentes filmes brasileiros: Riocorrente, de Paulo Sacramento, e O lobo atrás da porta, de Fernando Coimbra. Sobre o primeiro, escreviaqui por ocasião de sua exibição no Festival de Brasília. Vamos então ao segundo.
Ambientado nos dias de hoje no subúrbio do Rio de Janeiro, O lobo pode ser enquadrado, grosso modo, no gênero policial. Há um crime (o sequestro de uma criança), há suspeitos, há uma investigação para descobrir o que aconteceu. Sem perder o fio da tensão e do suspense, o filme transcende os limites e convenções do gênero por vários lados.
O tempo presente da narrativa é o do inquérito policial: um delegado (Juliano Cazarré) interroga parentes da vítima, suspeitos, testemunhas. Reconstituem-se então os acontecimentos em sucessivos flashbacks, a partir dos diversos depoimentos. Só que, embora encenadas sempre com a mesma densidade realista, nem todas as versões são “verdadeiras” (se é que alguma é). Resulta daí que temos flashbacks falsos, à maneira do que acontecia no clássico Testemunha de acusação, de Billy Wilder.
Para ler o texto completo de José Geraldo Couto clique aqui
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