Saída de cena do Subcomandante Marcos reflete nova etapa do EZLN em Chiapas
“Queria pedir paciência, tolerância e compreensão às companheiras e companheiros, porque essas serão minhas últimas palavras em público antes de deixar de existir”. Já era madrugada de 25 de maio quando os milhares de milicianos, insurgentes e bases de apoio do EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional), perfilados e encapuzados no centro do caracol de La Realidad, puderam ouvir o discurso do Subcomandante Insurgente Marcos. Marcos falou sobre a morte do zapatista Galeano, assassinado durante ataques paramilitares no dia 2 de maio.
O que ninguém esperava é que a cerimônia de homenagem a mais um combatente que cai desde que o EZLN declarou guerra ao Estado mexicano, em 1º de janeiro de 1994, fosse marcar também a saída de cena de seu porta-voz e principal figura pública. A substituição pelo indígena Moisés, também Subcomandante, representa mais do que o fim de um “personagem”, como o próprio Marcos se define.Ela é resultado de uma série de transformações pelas quais os neozapatistas passaram desde 17 de novembro de 1983, data em que o movimento foi fundado na Selva Lacandona de Chiapas. Na época, contavam com apenas seis membros – cinco homens e uma mulher, sendo três indígenas e três mestiços – como Marcos, que só chegaria à Selva em 1984.
Para ler o texto completo de Júlio Delmanto clique aqui
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