domingo, 8 de junho de 2014

O inquieto universo de Dali


Diariamente, o imenso Teatro-Museu construído por Salvador Dalí (1904-1989) em sua cidade natal, a pequena Figueras, na Catalunha, recebe uma multidão ansiosa para ter contato com o trabalho do artista. Intercalados por estatuetas douradas, os ovos gigantes alinhados no telhado do edifício já dão uma pista do que encontrar em seu interior. É proveniente deste complexo, criado para ser o maior objeto surrealista do mundo, boa parte da exposição que chega ao Rio de Janeiro dia 29 deste mês e a São Paulo em outubro, 25 anos após a morte do criador.

A ideia é mostrar a trajetória de Dalí em sua obra e vida, duas coisas dissociáveis. De adolescente com talento para a pintura a um jovem provocador, expulso da Academia de Artes, Dalí casou-se cedo com Gala (Éluard, 1894-1982), sua musa e empresária ao longo da vida. Teve experiências no impressionismo, no dadaísmo e no cubismo, até se situar no movimento surrealista, em Paris, da década de 1920. Foi para os EUA, onde conheceu Andy Warhol e colaborou com Alfred Hitchcock. Desenhou joias, roupas, objetos de decoração. Atraiu a atenção para si em diversos momentos, seja ao dar uma festa na qual o jantar era servido em sapatos, seja ao participar de um popular programa de TV. Atraiu também fúria e ironia de André Breton ao se declarar simpatizante do ditador espanhol Francisco Franco, o que causou sua expulsão do movimento surrealista – fato que ele ignorou, afirmando ser o próprio surrealismo. Em sua controversa postura política, dizia-se anarquista e monarquista.
Para ler o texto completo de Adriana Terra clique aqui

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