Philomena, ou o ator como autor
Philomena, diga-se logo, é um filme extremamente interessante e agradável como costumam ser os trabalhos de Stephen Frears. Um tanto impessoal, também, uma vez que Frears parece ser daqueles diretores empenhados menos em exibir um estilo próprio do que em “contar uma boa história” ou “abordar um assunto relevante” de modo claro e incisivo.
Se seus filmes raramente apresentam grandes voos criativos e ousadias de linguagem, por outro lado quase sempre atestam um artesanato seguro, uma clareza narrativa a toda prova, um controle absoluto do tom e um cuidado especial com a direção de atores.
Com Philomena não é diferente. A “boa história” aqui é o drama de uma senhora irlandesa septuagenária (Judi Dench, a Philomena do título) em busca do filho que lhe foi tirado quando tinha dois ou três anos de idade. E o “assunto relevante” é a opressão e exploração de mães solteiras adolescentes pela Igreja Católica na Irlanda do Norte. Quer dizer, esse é o assunto principal, mas há outros, como o jornalismo, o conservadorismo da era Reagan, a Aids etc.
Para ler o texto completo de José Geraldo Couto clique aqui
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