sábado, 1 de fevereiro de 2014

CINEMA O sangue é mais forte que a cultura?

Divulgação
Hirosaku Kore-Eda, de 42 anos, diretor do filme Pais e Filhos, venceu o premio especial do júri no Festival de Cannes do ano passado. A expectativa geral era a de que ganharia o premio máximo. Mas competiu com Azul é a cor mais quente e por um triz não levou para casa a Palma de Ouro. Mas com seus outros trabalhos (Tão distante e, em especial, Ninguém pode saber) já mostrou que é dos legítimos herdeiros de uma ilustre linhagem de filmes orientais. No seu caso em particular, do cinema japonês.
O cinema de Kore-Eda já foi comparado ao de um talento cinematográfico, Hou Hsiao-Hsien, de 67 anos, chinês educado em Taiwan, autor de, entre outros, Flores de Shangai e de Three Times – dois filmes excepcionais - e, mais além, no passado, ao de um cineasta clássico, Yasujiro Ozu, morto há nove anos e autor de filmes imperdíveis e inesquecíveis: Dia de outono, Era uma vez em Tóquio, Fim de verão, Pai e filha e mais uma bagatela de cinquenta outras produções, todas impecáveis. Algumas delas atualmente estão sendo reapresentadas no Brasil.
Ao receber o prêmio conferido a Pais e filhos em annes, Kore-Eda repetiu as palavras da cineasta francesa Claire Denis e homenageou o seu mestre: “Somos todos filhos de Ozu”, disse, emocionado. Tem razão. Tanto ele como Ozu têm a família como tema central do seu trabalho. Este, esmiuçando as relações familiares de antes e do pós-guerra no Japão, a forte influência cultural americana que se iniciava sob grande pressão a partir de 45, e as formidáveis mudanças que começavam naquela sociedade.
Para ler o texto completo de Léa Maria Aarão Reis clique aqui

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