França: um exemplo do poder destruidor que podem ter as redes sociais
As linhas que seguem são um reflexo verbal da realidade, e não uma piada forjada no coração de uma das grandes democracias do Ocidente. Se alguém duvida do poder destruidor que podem alcançar as redes sociais e os instrumentos de comunicação mais avançados, a última crise francesa fornece uma prova ao mesmo tempo demolidora e cômica acerca da influência desses dispositivos na opinião pública.
Um falso rumor propagado por católicos de ultradireita através de Facebook, Twitter e SMS fez com que dezenas de milhares de pessoas acreditassem que o Executivo se preparava para ensinar a masturbação nos jardins de infância, para dar cursos sobre a famosa teoria de gênero ao mesmo tempo em que atribuiu à senadora socialista Laurence Rossignol a seguinte frase: “as crianças não pertencem aos pais, mas sim ao Estado”.
O resultado desta campanha foi devastador: o governo se encontrou em sérios apuros quando milhares de pais decidiram participar de uma greve e se negaram a levar seus filhos às escolas. Tudo, porém, é falso. Os grupos de ultradireita e os católicos integristas que, no ano passado, saíram às ruas para se manifestar contra a lei que aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo estão por trás dessa argúcia mentirosa difundida por meio das redes sociais. A mentira acertou no alvo.
Para ler o texto completo de Eduardo Febbro clique aqui
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