sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

EDUARDO COUTINHO (1933-2014): Um humanista radical, em constante reinvenção

A notícia golpeia e atordoa: Eduardo Coutinho morto a facadas, provavelmente pelo próprio filho. O que fazer diante dessa tragédia, senão silenciar em sinal de respeito ao mistério do mundo?
Sobre o homem que o Brasil perde, há muito, no entanto, para falar. Eduardo Coutinho, nascido em São Paulo, teve suas incursões pelo cinema de ficção. No entanto, é no documentário que se destaca como o mais importante cultor do gênero no País e um dos grandes do mundo.
Difícil dizer qual o ponto alto da carreira de Coutinho, tantos foram eles. Mas uma aposta segura pode ser feita em Cabra Marcado para Morrer, filme que define toda uma época, do início da ditadura até a abertura política.
De fato, Cabra começa como documentário romanceado sobre a morte do líder camponês João Pedro Teixeira, assassinado em 1962. A produção é interrompida com o golpe de 1964 e a família Teixeira, que dela participava, cai na clandestinidade, inclusive a viúva, dona Elizabeth Teixeira. O filme será retomado em 1984, já nos estertores da ditadura, com Coutinho saindo à procura de Elizabeth, que será localizada no Rio Grande do Norte, onde vivia incógnita. Cabra Marcado para Morrer une, assim, duas pontas da história brasileira, o começo e o fim do regime de exceção, devolvendo a dona Elizabeth uma simbólica carta de cidadania que havia lhe sido roubada pelo golpe.
Mas como falar de Coutinho sem evocar a magnífica fase de títulos tão extraordinários como Santo Forte. Babilônia 2000 e Edifício Master
Para ler o texto completo de Luiz Zanin Oricchio clique aqui
Leia o texto "Mestre absoluto, cineasta ainda poderia chegar muito longede Inácio Araujo clicando aqui

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