sábado, 8 de fevereiro de 2014

"A internação do menor infrator deve ocorrer em último caso"

Frederico Guimarães
Chave de fenda, alicate e uma faca de cozinha para arrumar uma tomada em um abrigo para menores em Guarulhos, na Grande São Paulo. É assim que Marlon de Renato Ferreira, de 21 anos, se lembra do incidente que lhe fez cumprir um ano de medidas socioeducativas na Fundação Casa. “Fui a sala dos coordenadores, peguei a chave, o alicate e uma faca para descascar o fio. Quando voltei, o assistente social estava discutindo com um menino deficiente e eu resolvi intervir. Nisso, ele começou a dizer que eu não era nada, que eu não trabalhava no abrigo e que estava ali há pouco tempo para dizer o que ele deveria fazer. No calor da discussão, ele me ofendeu e como eu estava muito nervoso parti para cima dele gritando: vou te matar, vou te matar”, relembra o ex-interno, que foi condenado por tentativa de homicídio. 
Assim como Marlon, diversos adolescentes são internados em instituições socioeducativas por motivos banais, segundo a presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Maria Izabel da Silva. “Precisamos fazer um diálogo com o sistema de justiça para compreender que lógica é essa que está levando os juízes a determinarem sentença para atos infracionais tão pequenos como esse. No Piauí, um garoto foi internado por ter dado um empurrão na madrasta. E aí? Como é que fica a prestação de serviço e comunidade? Como é que fica a questão de reparar o dano?”, critica a presidente do Conanda.
Para ler o texto completo de Frederico Guimarães clique aqui

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