sábado, 15 de fevereiro de 2014

Num grande livro, o caleidoscópio Coutinho

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Sujeito discreto, avesso à glamorização do próprio trabalho, fumante inveterado aos 80 anos, barba e cabelos brancos, Eduardo Coutinho é o mais importante documentarista brasileiro, não apenas pelo currículo extenso, mas também pelo amadurecimento de um modo de fazer e refletir sobre o registro documental. Diretor do clássico “Cabra marcado para morrer” (1984), de “O fio da memória” (1991), “Santo forte” (1999), “Edifício Master” (2002), “Peões” (2004) e “Jogo de cena” (2007), entre outros, Coutinho começou a carreira nos anos 1960, na efervescência do Cinema Novo, como roteirista e diretor de ficção. Trabalhou também para a televisão, na equipe do Globo Repórter, no final dos anos 1970.
Sob coordenação de Milton Ohata, a Cosac Naify e o Sesc lançaram Eduardo Coutinho, uma obra monumental que reúne, em 700 páginas, textos de e sobre o cineasta cujos filmes foram pautados numa relação direta e intensa com os personagens que entrevistou: trabalhadores rurais, moradores de comunidades cariocas, romeiros, religiosos, prostitutas, metalúrgicos, catadores de lixo, velhos, velhos pobres, pobres e pretos, artistas populares, entre uma infinidade de vozes raramente percebidas pelo cinema e pela televisão.
Para ler o texto completo de Maurício Cardoso clique aqui

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