Jogos Olímpicos na mira dos índios da Amazónia
Oito índios estão lado-a-lado, de arco e flecha na mão. Olham
concentradíssimos para o horizonte. Respiram fundo. Erguem o arco, puxam o
braço atrás e apontam, fechando um dos olhos e encostando a corda à boca e ao
nariz. Sustêm a respiração, sempre em silêncio absoluto. Esperam o momento
certo. É agora. Largam a corda e a flecha sai a grande velocidade. O alvo foi
atingido em cheio. A missão foi cumprida. Só que a missão não é mais uma sessão
de caça no meio da Amazónia, mas sim um treino na vila olímpica de Manaus.
Inha
Quira, Mui Piruata, Iagoara, Ywytu, Wanaiu, Ii Seen, Yaci e Wyrauassu são oito
jovens índios que deixaram as suas aldeias para viver um ano em Manaus. O arco
e a flecha sempre fizeram parte da vida deles. Os rapazes usam-nos para pescar
e caçar logo pela manhã, quando saem para o rio ou a floresta com os pais. As
meninas também se aventuram, quanto mais não seja pela brincadeira de acertar
num lagarto ou num rato. Agora, os oito indígenas, com idades entre os 14 e os
21 anos, passam a maior parte do tempo a usar os seus nomes brasileiros
(Nelson, Anderson, Drean, Gustavo, Jardel, Josiel, Graziela e Guibson) e a
treinar-se para um dia serem atletas olímpicos.
Para ler o texto completo de Hugo Daniel Sousa clique aqui
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