Quando a África nos faz lembrar que tudo o que está em movimento tem ritmo
“Na elaboração futura da nova visão de mundo holística, a
noção de ritmo provavelmente desempenhará um papel fundamental. A abordagem
sistêmica mostrou que os organismos vivos são intrinsecamente dinâmicos, sendo
suas formas visíveis manifestações estáveis de processos subjacentes. Processo
e estabilidade, entretanto, são compatíveis somente se os processos formam
modelos rítmicos – flutuações, oscilações, vibrações, ondas. A nova biologia
mostra que as flutuações são decisivas na dinâmica da auto-organização. Elas
constituem a base da ordem no mundo vivo: as estruturas ordenadas resultam de
modelos rítmicos. A mudança conceitual de estrutura para ritmo pode ser
extremamente útil em nossas tentativas para encontrar uma descrição unificadora
da natureza. Os modelos rítmicos parecem manifestar-se em todos os níveis. Os
átomos são modelos de ondas probabilísticas, as moléculas são estruturas
vibratórias e os organismos são modelos multidimensionais e interdependentes de
flutuações. (…) As imagens de objetos separados somente existem em nosso mundo
interior de símbolos conceitos e ideias. A realidade à nossa volta é uma
contínua dança rítmica, e nossos sentidos traduzem algumas de suas vibrações para
modelos de frequência que podem ser processados pelo cérebro”.
Fritjof Capra, em “O ponto de mutação”
A vida tem um ritmo, ele está em constante movimento. A
palavra para ritmo (usado por uma etnia da Guiné-Conakry, país da África
Ocidental) é FOLI. É uma palavra que engloba muito mais do que percussão,
dança ou som. É encontrada em qualquer situação da vida cotidiana.
Neste filme, você não apenas pode ouvir e sentir o ritmo, mas
pode vê-lo. É uma extraordinária mistura de imagem e som que alimenta
os sentidos e tudo nos faz lembrar como ela é essencial.
Para ver como esta etnia vivencia o ritmo em seu cotidiano,
clique aqui
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