sexta-feira, 25 de abril de 2014

MORTE ANUNCIADA: Gabo segundo o ‘Jornal da Globo’

O espectador sem familiaridade com o universo literário, que tenha recebido a notícia da morte de Gabriel García Márquez por meio do Jornal da Globo (quinta-feira, 17/4), continua sem a mínima ideia da importância do escritor colombiano, de seu blending único de memória afetiva, imaginação prodigiosa e talento narrativo, de seu universo literário a um tempo realista e mágico, fincado em povoados míticos mas de expressão universal, da posição central que a América Latina – da qual tornou-se um ícone e um dos principais representantes – ocupa em sua obra e em sua vida.
A julgar pela matéria exibida pelo telejornal noturno, a impressão que fica é que García Márquez não passava de um escritor de gosto musical deplorável (pois fã dos boleros de Nelson Ned) e com afinidades políticas igualmente execráveis, notadamente pela amizade com “ditadores”, plural referente a Fidel Castro, como as imagens então exibidas corroboraram. Os altos números de vendagem de suas obras e a outorga do Prêmio Nobel foram os únicos pontos positivos mencionados, porém sem dar ao espectador a mínima chance de saber que méritos justificaram tais conquistas.
Para ler o texto completo de Maurício Caleiro clique aqui

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